Associação das PME's "estupefacta" com apoio do Governo à Renault/Nissan
(JN) 8.12.09 O presidente da associação, Fernando Morais, afirmou que as PME's se sentem "desigualadas" com as condições oferecidas à Renault/Nissan.
A Associação Nacional das PME (pequenas e médias empresas) disse hoje querer explicações do primeiro-ministro sobre os apoios financeiros a dar para a construção da nova fábrica de baterias da Renault/Nissan.
"Seria bom que o senhor primeiro-ministro informasse claramente os pequenos e médios empresários, quais as condições de aprovação destes IDE's, uma vez que, não sendo Portugal um país competitivo, a decisão deste grande grupo internacional de investir em Portugal causa, à partida, muita estranheza", afirma a associação em comunicado.
O presidente da associação, Fernando Morais, afirmou que as PME's se sentem "desigualadas" com as condições oferecidas e exige esclarecimentos de José Sócrates sobre se a Caixa Geral de Depósitos irá ou não financiar esta operação, no valor de 250 milhões de euros, como terá feito com a fábrica de Sines.
"Estamos estupefactos com esta decisão do senhor primeiro-ministro, do Governo, de fazer grandes investimentos", afirmou, acrescentando que se as PME's tivessem "estas condições, muitas não estariam em estado de insolvência".
A associação diz ainda ter apurado que estas "aplicações da NISSAN/RENAULT, são pagas ou garantidas pelo Estado", acrescentando que "a Caixa Geral de Depósitos já garantiu o investimento da fábrica de Sines no valor de 160 milhões de euros" e agora "vai por certo garantir mais 250 milhões para a unidade complementar das baterias".
"É no mínimo devido ao senhor primeiro-ministro um esclarecimento, sobre as condições de aprovação destes projectos da Renault/Nissan, uma vez que as PME, sentindo-se desigualadas nos procedimentos (demoras inadmissíveis na aprovação de projectos, falta de uniformidade de critérios e indiferença para o cumprimento dos prazos de pagamento dos incentivos), querem uma explicação", reivindicam.
O ministro da Economia, Vieira da Silva, prometeu hoje que o Estado irá apoiar financeiramente o projecto de construção da nova fábrica de baterias da Renault/Nissan, mas adiantou que o volume de apoio só será definido mais tarde.
"Haverá apoios financeiros, fiscais ou apoios do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional], como há em qualquer outra empresa. O seu volume não está ainda determinado porque isso far-se-á contra o projecto de investimento que está ainda em fase de desenvolvimento", afirmou Vieira da Silva.
Vieira da Silva, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de anúncio da localização da Fábrica de baterias da Nissan, que será construída em Cacia, Aveiro, salientou, contudo, que a primeira contrapartida que foi dada à aliança Renault/Nissan foi a garantia que Portugal iria desenvolver uma rede de abastecimento dos veículos eléctricos.
A localização da nova fábrica foi anunciada hoje por José Sócrates, numa cerimonia onde anunciou ainda a antecipação para meados de 2011 da rede nacional de carregamento para veículos eléctricos.
(JN) 8.12.09 O presidente da associação, Fernando Morais, afirmou que as PME's se sentem "desigualadas" com as condições oferecidas à Renault/Nissan.
A Associação Nacional das PME (pequenas e médias empresas) disse hoje querer explicações do primeiro-ministro sobre os apoios financeiros a dar para a construção da nova fábrica de baterias da Renault/Nissan.
"Seria bom que o senhor primeiro-ministro informasse claramente os pequenos e médios empresários, quais as condições de aprovação destes IDE's, uma vez que, não sendo Portugal um país competitivo, a decisão deste grande grupo internacional de investir em Portugal causa, à partida, muita estranheza", afirma a associação em comunicado.
O presidente da associação, Fernando Morais, afirmou que as PME's se sentem "desigualadas" com as condições oferecidas e exige esclarecimentos de José Sócrates sobre se a Caixa Geral de Depósitos irá ou não financiar esta operação, no valor de 250 milhões de euros, como terá feito com a fábrica de Sines.
"Estamos estupefactos com esta decisão do senhor primeiro-ministro, do Governo, de fazer grandes investimentos", afirmou, acrescentando que se as PME's tivessem "estas condições, muitas não estariam em estado de insolvência".
A associação diz ainda ter apurado que estas "aplicações da NISSAN/RENAULT, são pagas ou garantidas pelo Estado", acrescentando que "a Caixa Geral de Depósitos já garantiu o investimento da fábrica de Sines no valor de 160 milhões de euros" e agora "vai por certo garantir mais 250 milhões para a unidade complementar das baterias".
"É no mínimo devido ao senhor primeiro-ministro um esclarecimento, sobre as condições de aprovação destes projectos da Renault/Nissan, uma vez que as PME, sentindo-se desigualadas nos procedimentos (demoras inadmissíveis na aprovação de projectos, falta de uniformidade de critérios e indiferença para o cumprimento dos prazos de pagamento dos incentivos), querem uma explicação", reivindicam.
O ministro da Economia, Vieira da Silva, prometeu hoje que o Estado irá apoiar financeiramente o projecto de construção da nova fábrica de baterias da Renault/Nissan, mas adiantou que o volume de apoio só será definido mais tarde.
"Haverá apoios financeiros, fiscais ou apoios do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional], como há em qualquer outra empresa. O seu volume não está ainda determinado porque isso far-se-á contra o projecto de investimento que está ainda em fase de desenvolvimento", afirmou Vieira da Silva.
Vieira da Silva, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de anúncio da localização da Fábrica de baterias da Nissan, que será construída em Cacia, Aveiro, salientou, contudo, que a primeira contrapartida que foi dada à aliança Renault/Nissan foi a garantia que Portugal iria desenvolver uma rede de abastecimento dos veículos eléctricos.
A localização da nova fábrica foi anunciada hoje por José Sócrates, numa cerimonia onde anunciou ainda a antecipação para meados de 2011 da rede nacional de carregamento para veículos eléctricos.
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