(...) Mas essa é "uma sã divergência" com a qual "um grande partido" pode "conviver". Porque, avisou, ou se conseguem agora os "consensos políticos essenciais" quanto às cinco regiões, ou então a regionalização nunca passará do papel. Admitindo ainda que o "não" no referendo foi o resultado do PS de então, liderado por António Guterres, ter insistido na divisão do país em nove regiões.
"As cinco regiões administrativas recolhem hoje um consenso social e político que nos permite avançar", disse o líder do PS. A regionalização foi um dos temas centrais das jornadas e que o partido quer que seja discutido nos próximos meses, de modo a tentar um novo referendo depois das presidenciais de 2011.
"As cinco regiões administrativas recolhem hoje um consenso social e político que nos permite avançar", disse o líder do PS. A regionalização foi um dos temas centrais das jornadas e que o partido quer que seja discutido nos próximos meses, de modo a tentar um novo referendo depois das presidenciais de 2011.
Muito bem! Sócrates tem razão quanto a todas estas palavras: excepto no calendário. Que raio tem o referendo da regionalização a ver com as presidenciais? Pelo contrário, é preferível ser antes das presidenciais, porque, nas vésperas de eleições, o PR não tem condições para impor à AR. Não passa de um pretexto para o protelamento, na linha do que aconteceu nos últimos cinco anos! É preciso amarrar já o processo a um calendário, se não vai outra vez para as kalendas... O que o referendo pode estar dependente é das eleições internas do PSD, por aí sim, há que esperar, mas não ultrapassará meados de 2010. Se disessem que era preciso mais tempo para preparar diplomas, para esclarecer pessoas, era tema de discussão... Agora as eleições do PR, essa não. O país não pode ter a sua agenda de reformas subordinada à agenda dos partidos! Sobretudo quando elas são urgentes como agora reconhece Sócrates. Só que, por isso mesmo, a R. já deveria ter sido feita, e o PS devia ter aproveitado o período em que Menezes esteve na liderança do PSD, para o fazer. Mas aí a psiquê era outra, só existia o umbigo da maioria absoluta a cegar absolutamente e a mostrar também que a vontade do poder regionalizar é um bocado duvidosa, já que palavras não chagam, pois levam-nas o vento.
E há outra falha: o consenso sobre a R. passa também por um consenso de revisão constitucional para que as condições deste referendo sejam semelhantes às dos outros, nomeadamente retirando a obrigatoriedade das votações positivas nas cinco regiões. Quem quer, quer, quem não quer, não quer, amigo não empata amigo! (P.B.)
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