Padres apelam ao referendo nas missas
Emília Monteiro (JN) 4.12.09
O presidente da Conferência Episcopal "louva a coragem" dos promotores do abaixo-assinado a pedir a realização de um referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, disponibilizado nas sacristias.
"A Igreja tem conhecimento da sua existência, mas não é a promotora da iniciativa. Contudo, a Igreja louva a coragem dos promotores do abaixo-assinado", afirmou ao JN o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga.
Em centenas de paróquias portuguesas, os católicos são convidados, no fim da celebração da missa, a "passar pela sacristia" para assinar a Iniciativa Popular de Referendo, pedindo a realização de um referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"Precisamos de 75 mil assinaturas para que se realize o referendo e estamos a recolher assinaturas em todos os locais e através de todos os meios que temos ao nosso dispor", disse Ribeiro e Castro, um dos mandatários da Plataforma Cidadania e Casamento.
"Estamos nas igrejas, nas associações e, por exemplo, também estivemos à entrada do estádio do Sporting no último jogo de futebol contra o Benfica", afirmou o ex-presidente do CDS/PP.
A Iniciativa Popular de Referendo, assinada já por milhares de pessoas, quer propor à Assembleia da República a realização de uma consulta popular.
A pergunta indicada pela plataforma é: "Concorda que o casamento posso ser celebrado entre pessoas do mesmo sexo?"; e as folhas para recolher as respectivas assinaturas já circulam por todo o país.
Matilde Sousa Franco, Ricardo Sá Fernandes, Teresa Venda, Maria José Nogueira Pinto, Telmo Correia, João César das Neves e António Gentil Martins, são alguns dos proponentes da Iniciativa Popular de Referendo.
"Depois de muito andar em voga, através de uma pequena parte da sociedade portuguesa política e religiosa, a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo e, porventura, consequente adopção de crianças, é cada vez mais importante e necessária a intervenção de todos na resolução deste conflito", refere o texto de apresentação do abaixo-assinado.
"Sabemos que há muitas paróquias a aceitar a petição e não existe qualquer impedimento para que não o façam", salientou ainda D. Jorge Ortiga em declarações ao JN, dando "liberdade a todas as paróquias para se associarem à plataforma se o pároco assim o entender".
Na diocese de Braga, de que D. Jorge Ortiga é arcebispo, dezenas de paróquias estão a mobilizar pessoas ligadas à Igreja para a recolha de assinaturas.
A Plataforma Cidadania e Casamento apresenta como endereço um apartado em Lisboa para onde devem ser enviadas as assinaturas até ao dia 14 de Dezembro. É também para o apartado que devem ser enviados os donativos financeiros que ajudem a suportar as despesas.
Emília Monteiro (JN) 4.12.09
O presidente da Conferência Episcopal "louva a coragem" dos promotores do abaixo-assinado a pedir a realização de um referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, disponibilizado nas sacristias.
"A Igreja tem conhecimento da sua existência, mas não é a promotora da iniciativa. Contudo, a Igreja louva a coragem dos promotores do abaixo-assinado", afirmou ao JN o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga.
Em centenas de paróquias portuguesas, os católicos são convidados, no fim da celebração da missa, a "passar pela sacristia" para assinar a Iniciativa Popular de Referendo, pedindo a realização de um referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"Precisamos de 75 mil assinaturas para que se realize o referendo e estamos a recolher assinaturas em todos os locais e através de todos os meios que temos ao nosso dispor", disse Ribeiro e Castro, um dos mandatários da Plataforma Cidadania e Casamento.
"Estamos nas igrejas, nas associações e, por exemplo, também estivemos à entrada do estádio do Sporting no último jogo de futebol contra o Benfica", afirmou o ex-presidente do CDS/PP.
A Iniciativa Popular de Referendo, assinada já por milhares de pessoas, quer propor à Assembleia da República a realização de uma consulta popular.
A pergunta indicada pela plataforma é: "Concorda que o casamento posso ser celebrado entre pessoas do mesmo sexo?"; e as folhas para recolher as respectivas assinaturas já circulam por todo o país.
Matilde Sousa Franco, Ricardo Sá Fernandes, Teresa Venda, Maria José Nogueira Pinto, Telmo Correia, João César das Neves e António Gentil Martins, são alguns dos proponentes da Iniciativa Popular de Referendo.
"Depois de muito andar em voga, através de uma pequena parte da sociedade portuguesa política e religiosa, a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo e, porventura, consequente adopção de crianças, é cada vez mais importante e necessária a intervenção de todos na resolução deste conflito", refere o texto de apresentação do abaixo-assinado.
"Sabemos que há muitas paróquias a aceitar a petição e não existe qualquer impedimento para que não o façam", salientou ainda D. Jorge Ortiga em declarações ao JN, dando "liberdade a todas as paróquias para se associarem à plataforma se o pároco assim o entender".
Na diocese de Braga, de que D. Jorge Ortiga é arcebispo, dezenas de paróquias estão a mobilizar pessoas ligadas à Igreja para a recolha de assinaturas.
A Plataforma Cidadania e Casamento apresenta como endereço um apartado em Lisboa para onde devem ser enviadas as assinaturas até ao dia 14 de Dezembro. É também para o apartado que devem ser enviados os donativos financeiros que ajudem a suportar as despesas.
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