quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Autarcas querem convencer ministro a suspender portagens na A28
(Público) 10.12.09 Andrea Cruz
O ministro das Obras Públicas vai receber em audiência, na próxima segunda-feira, a Plataforma do Entendimento, criada pelos autarcas de Viana do Castelo, Esposende, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde para tentar travar a introdução de portagens na Scut (via sem custos para o utilizador) do Norte Litoral. Apesar de António Mendonça já ter dado como resolvida esta questão, o lobby autárquico, liderado pelo presidente socialista de Viana do Castelo, "aconselha ponderação", até porque "o movimento começa a ganhar lastro". Actualmente, são já 15 as autarquias da região que integram a plataforma, com as adesões do município da Maia e dos nove concelhos que constituem a Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima.
Na reunião, os autarcas irão apresentar estudos que contrariam o relatório encomendado em Outubro de 2006 pelo ministério, para sustentar a cobrança de portagens.
Os municípios vão tentar desmontar os três critérios em que assenta esse documento, a começar pela inexistência de alternativa viária à A28, apresentando-se a Estrada Nacional nº 13 cheia de constrangimentos, das rotundas aos semáforos, além de certos troços não permitirem a circulação de pesados, como é o caso da ponte de Fão, em Esposende. Outra das razões prende-se com os índices de desenvolvimento da região, inferior à média nacional. O índice do poder de compra per capita do Norte situa-se abaixo dos 80 por cento e o PIB per capita regional abaixo dos 90 por cento".
De resto, a auto-estrada, para além de ligar os concelhos de Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Matosinhos ao Porto, permite o acesso à actividade económica e social dos concelhos do Alto Minho e a articulação com a rede de estradas nacionais. Os nove concelhos do distrito de Viana, Ponte de Lima, Caminha, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Vila Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Valença, Monção e Melgaço, para além da distância ao Porto (custo acrescido das despesas e tempo para as actividades económicas), serão fortemente penalizados com a introdução de portagens, que irão, segundo os autarcas, agravar a falta de coesão nacional.

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