Portuenses que residem no Amial, junto à VCI, expostos a níveis perigosos de benzeno
(Público) 8.12.09 Aníbal Rodrigues
O docente e investigador, que participou na conferência Mobilidade na Área Metropolitana do Grande Porto, - organizado pela UFP e pelo semanário Grande Porto e que também contou como oradores com responsáveis da STCP, da CP e da Metro do Porto - avisou contudo que não quer criar "alarme social" com esta conclusão e recomendou "precaução" na sua análise. Isto porque os resultados não foram efectivamente medidos, mas antes obtidos através de cálculos complexos. Porém - conforme completou Nélson Barros -, algumas medições pontuais efectuadas no terreno corroboraram as conclusões obtidas pela UFP.
O valor limite de protecção para a saúde humana é de cinco microgramas de benzeno por cada metro cúbico de ar. Mas no estudo dedicado às emissões de benzeno na VCI os investigadores da UFP apuraram 6,0 microgramas na zona do Amial. E também não se pode dizer que os outros pontos da VCI analisados se encontrem num estado excelente: apurou-se 4,7 microgramas na Prelada, 4,4 na Boavista e 3,5 nas Antas.
A VCI produz 71,8 toneladas/ano de benzeno. Mas bastava que em Portugal se passasse da actual taxa de 1,4 ocupantes por automóvel para 2 ocupantes e tudo seria bem diferente. Nesse caso, a VCI passaria a emitir 54,9 toneladas anuais, o que corresponderia a uma redução de 23,6 por cento. No caso da zona do Amial, tal seria o suficiente para atingir o máximo admíssivel de 5,0 microgramas de benzeno por metro cúbico de ar.
Curiosamente, se 20 por cento dos passageiros que circulam em veículos ligeiros passassem para pesados de passageiros, o decréscimo da emissão de benzeno não seria tão expressivo para o conjunto da VCI: menos 12,5 por cento, com 62,3 toneladas/ano. No caso do Amial, as emissões fixar-se-iam nos 5,4 microgramas por metro cúbico de ar.
O estudo apresentado por Nélson Barros concluiu ainda que se poderiam obter diminuições na emissão de benzeno se a velocidade máxima na VCI baixasse dos actuais 90 km/h para, por exemplo, 80 km/h. No entanto, se a redução da velocidade máxima fosse mais drástica - passar, por exemplo, para um limite de 30 ou 40 km/h - então a medida seria "contraproducente", como referiu Nélson Barros, e as emissões seriam claramente mais altas do que com o actual máximo de 90 km/h.
(Público) 8.12.09 Aníbal Rodrigues
O docente e investigador, que participou na conferência Mobilidade na Área Metropolitana do Grande Porto, - organizado pela UFP e pelo semanário Grande Porto e que também contou como oradores com responsáveis da STCP, da CP e da Metro do Porto - avisou contudo que não quer criar "alarme social" com esta conclusão e recomendou "precaução" na sua análise. Isto porque os resultados não foram efectivamente medidos, mas antes obtidos através de cálculos complexos. Porém - conforme completou Nélson Barros -, algumas medições pontuais efectuadas no terreno corroboraram as conclusões obtidas pela UFP.
O valor limite de protecção para a saúde humana é de cinco microgramas de benzeno por cada metro cúbico de ar. Mas no estudo dedicado às emissões de benzeno na VCI os investigadores da UFP apuraram 6,0 microgramas na zona do Amial. E também não se pode dizer que os outros pontos da VCI analisados se encontrem num estado excelente: apurou-se 4,7 microgramas na Prelada, 4,4 na Boavista e 3,5 nas Antas.
A VCI produz 71,8 toneladas/ano de benzeno. Mas bastava que em Portugal se passasse da actual taxa de 1,4 ocupantes por automóvel para 2 ocupantes e tudo seria bem diferente. Nesse caso, a VCI passaria a emitir 54,9 toneladas anuais, o que corresponderia a uma redução de 23,6 por cento. No caso da zona do Amial, tal seria o suficiente para atingir o máximo admíssivel de 5,0 microgramas de benzeno por metro cúbico de ar.
Curiosamente, se 20 por cento dos passageiros que circulam em veículos ligeiros passassem para pesados de passageiros, o decréscimo da emissão de benzeno não seria tão expressivo para o conjunto da VCI: menos 12,5 por cento, com 62,3 toneladas/ano. No caso do Amial, as emissões fixar-se-iam nos 5,4 microgramas por metro cúbico de ar.
O estudo apresentado por Nélson Barros concluiu ainda que se poderiam obter diminuições na emissão de benzeno se a velocidade máxima na VCI baixasse dos actuais 90 km/h para, por exemplo, 80 km/h. No entanto, se a redução da velocidade máxima fosse mais drástica - passar, por exemplo, para um limite de 30 ou 40 km/h - então a medida seria "contraproducente", como referiu Nélson Barros, e as emissões seriam claramente mais altas do que com o actual máximo de 90 km/h.
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