Estudantes falam em repressão de manifestações por parte das autoridades da Educação
11.01.2010 - 16:47 Lusa
Os estudantes falam ainda de "grande repressão" e de "patrulhas enormes" chamadas para acompanhar as manifestações
"Viemos aqui denunciar os atropelos à liberdade e democracia dos estudantes", disse hoje Nicole Santos, representante do distrito do Porto na Delegação Nacional de Associação de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS), à saída de uma reunião com o secretário de Estado adjunto da Educação.
De acordo com aquela responsável, há "alunos que estão envolvidos em processos no DIAP por se manifestarem, participarem ou convocarem manifestações".
Só no distrito do Porto, "sete estudantes estão envolvidos em processos no DIAP", segundo informações de Nicole Santos, que avançou ainda que destes alunos, "cinco estão a ser acusados apenas por estarem presentes em manifestações".
Segundo a aluna do 12º ano, este não é um caso isolado: "Já foi recolhida uma série de exemplos por todo o país de estudantes que são identificados". Por isso, a reunião de hoje serviu também para saber se o Ministério da Educação tinha conhecimento destas situações e "que medidas pretende tomar para parar com este flagelo".
Os estudantes falam ainda de "grande repressão" e de "patrulhas enormes" chamadas para acompanhar as manifestações e que servem para "meter medo" aos estudantes.
Além dos processos, Nicole Santos disse ainda que "em quase todas as escolas há histórias de impedimento de realização de RGA [Reunião Geral de Alunos]". A forma de bloquear estes encontros passa por "não darem salas para as reuniões, não justificarem as faltas dos alunos, não distribuirem as convocatórias", exemplificou a estudante.
Luís Encarnação, representante de Lisboa na DNAEEBS e que hoje também participou na reunião no Ministério da Educação (ME), acrescentou que existem "professores que querem assistir às RGA, o que é proibido".
Para este responsável, "não é o conselho executivo que é culpado, não é a polícia. Não se trata de casos isolados e a culpa é do Ministério da Educação". No entanto, o secretário de estado terá remetido a responsabilidade desta situação para o Ministério da Administração Interna.
No próximo dia 4 de Fevereiro, os estudantes vão sair à rua para se manifestarem contra a política de educação e para exigirem mais investimento nas escolas, melhores condições, mais funcionários e o inicio das aulas de educação sexual para todos.
11.01.2010 - 16:47 Lusa
Os estudantes falam ainda de "grande repressão" e de "patrulhas enormes" chamadas para acompanhar as manifestações
"Viemos aqui denunciar os atropelos à liberdade e democracia dos estudantes", disse hoje Nicole Santos, representante do distrito do Porto na Delegação Nacional de Associação de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS), à saída de uma reunião com o secretário de Estado adjunto da Educação.
De acordo com aquela responsável, há "alunos que estão envolvidos em processos no DIAP por se manifestarem, participarem ou convocarem manifestações".
Só no distrito do Porto, "sete estudantes estão envolvidos em processos no DIAP", segundo informações de Nicole Santos, que avançou ainda que destes alunos, "cinco estão a ser acusados apenas por estarem presentes em manifestações".
Segundo a aluna do 12º ano, este não é um caso isolado: "Já foi recolhida uma série de exemplos por todo o país de estudantes que são identificados". Por isso, a reunião de hoje serviu também para saber se o Ministério da Educação tinha conhecimento destas situações e "que medidas pretende tomar para parar com este flagelo".
Os estudantes falam ainda de "grande repressão" e de "patrulhas enormes" chamadas para acompanhar as manifestações e que servem para "meter medo" aos estudantes.
Além dos processos, Nicole Santos disse ainda que "em quase todas as escolas há histórias de impedimento de realização de RGA [Reunião Geral de Alunos]". A forma de bloquear estes encontros passa por "não darem salas para as reuniões, não justificarem as faltas dos alunos, não distribuirem as convocatórias", exemplificou a estudante.
Luís Encarnação, representante de Lisboa na DNAEEBS e que hoje também participou na reunião no Ministério da Educação (ME), acrescentou que existem "professores que querem assistir às RGA, o que é proibido".
Para este responsável, "não é o conselho executivo que é culpado, não é a polícia. Não se trata de casos isolados e a culpa é do Ministério da Educação". No entanto, o secretário de estado terá remetido a responsabilidade desta situação para o Ministério da Administração Interna.
No próximo dia 4 de Fevereiro, os estudantes vão sair à rua para se manifestarem contra a política de educação e para exigirem mais investimento nas escolas, melhores condições, mais funcionários e o inicio das aulas de educação sexual para todos.
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