sábado, 30 de janeiro de 2010

Segundo o "Expresso" de hoje, o Governo quer acordo de sustentação governamental com o PSD e o CDS por três anos. Estamos a caminho do Bloco Centro-Direita ou se preferirmos de uma coligação de Direita incluindo PS-PSD-CDS. Pior, em relação à leitura dos resultados eleitorais, e para o futuro do país, não podia ser, até porque estes são os partidos do regime que, alternadamente ou coligadamente, com um momento ou outro excepcionalmente diferente, levaram o país à situação nunca vista em que está. Pior ainda não podia ser em relação às presidenciais. Com este tipo de gente de direita a liderar o Partido Socialista, com uma estratégia política de coligação centro-direita, não só as prebendas a distribuir pelo PSD e CDS (além das do PS) vão ficar caras ao país, (claro que com o aperto de cinto para a maioria), como as perspectivas presidenciais tornam-se negras, porque a conjunção destes três partidos vai apostar (o PS dissimulada e artificiosamente como fez da última vez) na reeleição de Cavaco Silva, o patrono natural do centro-direita. Torna-se pois possível, a actual direcção do PS lançar um candidato para dividir os socialistas e tentar quebrar a campanha de Alegre. No entanto, isso não só provocará uma cisão no PS, ( em princípio a todos os níveis)como fará aumentar o entusiasmo, vindo da força moral, nas hostes dispostas a apoiar Alegre e uma vez que haja 2ª volta tudo pode acontecer, porque sendo este Cavaco o PR mais desgastado de sempre é imagem de marca de um regime unitarista e centralista em crise, para não dizer falido. Alegre pode ganhar mesmo com os Sócrates e os Vitorinos a torcerem pelo candidato da direita na 2ªvolta, depois de terem lançado um empecilho para a 1ª. Oxalá não se confirme este cenário, mas muito está a apontar para ele. Mas também, muitas vezes, há males que vêm por bem porque está na altura, se o cenário se confirmar, de o tiro lhes sair pela culatra. Como tantas vezes (lhes) tem acontecido. (P.B.)

2 comentários:

Pedro Aroso disse...

Portugal parece ter entrado finalmente no bom caminho. Esta coligação dos partidos democráticos faz todo o sentido e não me surpreende. José Sócrates é um social-democrata responsável, empenhado em defender os interesses do país e dos portugueses, por isso tem todo o meu apoio e merece o meu aplauso incondicional.

Anónimo disse...

Não á dúvida que os militantes do PSd e toda a direita estão satisfeitos...