O rápido posicionamento de Manuel Alegre
Editorial (DN) 5.1.10
Manuel Alegre está pronto a anunciar a sua decisão e já ninguém acredita que esse pronunciamento seja outro que não o de que é mesmo recandidato à Presidência da República. Com agenda cheia, plena de convites dirigidos por apoiantes seus, o histórico socialista dá sinais de querer evitar aquele que foi o seu maior erro de 2005: prolongar a formalização da candidatura. Nessa altura, Alegre perdeu o comboio socialista; agora, pretende condicioná-lo à partida.
Na última semana, outro dirigente socialista veio a terreno deixar o alerta: o PS deve procurar rapidamente o seu candidato a Belém. Foi Carlos César, cujo desentendimento com Cavaco a propósito do Estatuto dos Açores marcou a história do fim da cooperação estratégica entre Belém e São Bento. César - que admitiu até o apoio a Alegre, a bem do entendimento da esquerda - tem um objectivo claro: derrubar Cavaco. E entende que para isso é preciso ser rápido nas escolhas, deixando menos espaço ao actual Presidente.
Essa estratégia será, também, a de Alegre. Mas está longe de reunir consensos no interior do PS. Em Dezembro, de resto, enquanto o poeta acelerava a ronda de contactos com o seu país de apoiantes, os mais altos dirigentes do partido mostravam a mesma indefinição de há quatro anos. Ora foram os soaristas a deitar nomes para a estrada (de Jaime Gama a Ferro Rodrigues); ora foram os mais próximos de Sócrates, como Pedro Silva Pereira e António Vitorino, a dizer que o assunto está longe da agenda de prioridades de quem decide.
O certo é que o mais que provável rápido posicionamento de Manuel Alegre vai mesmo obrigar os socialistas a uma decisão mais rápida. E as presidenciais, com Alegre no caminho e Cavaco também, vão mesmo marcar o início de 2010.
Editorial (DN) 5.1.10
Manuel Alegre está pronto a anunciar a sua decisão e já ninguém acredita que esse pronunciamento seja outro que não o de que é mesmo recandidato à Presidência da República. Com agenda cheia, plena de convites dirigidos por apoiantes seus, o histórico socialista dá sinais de querer evitar aquele que foi o seu maior erro de 2005: prolongar a formalização da candidatura. Nessa altura, Alegre perdeu o comboio socialista; agora, pretende condicioná-lo à partida.
Na última semana, outro dirigente socialista veio a terreno deixar o alerta: o PS deve procurar rapidamente o seu candidato a Belém. Foi Carlos César, cujo desentendimento com Cavaco a propósito do Estatuto dos Açores marcou a história do fim da cooperação estratégica entre Belém e São Bento. César - que admitiu até o apoio a Alegre, a bem do entendimento da esquerda - tem um objectivo claro: derrubar Cavaco. E entende que para isso é preciso ser rápido nas escolhas, deixando menos espaço ao actual Presidente.
Essa estratégia será, também, a de Alegre. Mas está longe de reunir consensos no interior do PS. Em Dezembro, de resto, enquanto o poeta acelerava a ronda de contactos com o seu país de apoiantes, os mais altos dirigentes do partido mostravam a mesma indefinição de há quatro anos. Ora foram os soaristas a deitar nomes para a estrada (de Jaime Gama a Ferro Rodrigues); ora foram os mais próximos de Sócrates, como Pedro Silva Pereira e António Vitorino, a dizer que o assunto está longe da agenda de prioridades de quem decide.
O certo é que o mais que provável rápido posicionamento de Manuel Alegre vai mesmo obrigar os socialistas a uma decisão mais rápida. E as presidenciais, com Alegre no caminho e Cavaco também, vão mesmo marcar o início de 2010.
4 comentários:
Cavaco não vai recandidatar-se. Consequentemente, o país vai passar a ser governado por um presidente, um governo e uma maioria relativa de deputados socialistas. Estou com alguma curiosidade para ver o resultado...
Cavaco vai candidatar-se pois, com o apoio do PSD e CDS, é a coisa mais clara deste mundo, pois a história das doenças não passa de treta. E se ganhar, será a mesma mediocridade na presidência do 1º mandato. Por isso há que mudar. Quem pode vencer, ajudar a um governo estável de centro-esquerda, mantendo significativa distância crítica do PS é Manuel Alegre e mais ninguém!
Distância crítica? Um Presidente+Governo+Maioria PS será a composição mais hegemónica de sempre.
Isso era se triunfasse o objectico de Sá Carneiro: uma maioria, um presidente, eram só carneiros.
É claro que Manuel Alegre teria sido muito mais crítico de Sócrates do que Cavaco que não passou de um palhaço, todo satisfeito com a política de direita, até que soou o gongue da campanha presidencial e toca a dar nas vistas. Cavaco e Sócrates estivran namaior no essencial porque são filhos da mesma mãe: a direita. Nãso é por acaso que Sócrates prederiu Cavaco a Alegre lançando o Soares a fazer de idota útil.
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