sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Onde páram os cadáveres políticos duma tragédia chamada Maria de Lurdes Rodrigues e seus ajudantes de campo? Quem assume a responsabilidade política por 4 anos "horibilis" de instabilidade e ineficiência do ensino português resultante da perseguição aos professores e da entrada no sistema da mentalidade tecnocrata no seu pior? Onde estão os pataroucas que afirmavam que os professores não queriam ser avaliados? Do trágico rasto dos últimos 4 anos de autoritarismo da incompetência, do mais profundo desprezo pelo espírito democrático, ainda há muito a remover, mas o enterro do passado sombrio é o nascer dum novo dia. Para um ensino público estatal que não trabalhe para a farsa, a estatística e o populismo, que não se preocupe sobretudo em agradar aos eleitores encarregados de educação e às cifras internacionais, mas que pugne pelo rigor no estudo, na avaliação e na classificação, pela formação da juventude, pelo espírito de disciplina, pelo espírito de tolerância, pela ciência, pela cultura e pela técnica, pelo desenvolvimento individual respeitando o ritmo de cada jovem, que tenha sobretodos os valores do humanismo e seja bitola a impor-se sobre os outros tipos de ensino! Pena é que não possam voltar os que, sempre dedicados e com espírito de missão, foram forçados a abandonar por não terem mais condições de trabalho enquanto professores!
Politicamente, estes 4 anos, foram a demonstração dos "malefícios da maioria". Bem piores que os do tabaco (PB)
Ao fim de mais de 14 horas de negociações
Acordo põe fim a quatro anos de conflito entre Governo e professores
08.01.2010 - 01:03 Clara Viana (Público)
Um corrupio por quatro salas, quatro pisos e mais de 14 horas de negociações. Ontem, no Ministério da Educação (ME), foi o tudo por tudo por um acordo, que chegou já durante esta madrugada.

4 comentários:

Frederico Bessa Cardoso disse...

A própria foi agora nomeada presidente da Fundação Luso-Americana...adivinhem lá quem a nomeou?
Eu suponho que este é um prémio de "avaliação pelo desempenho"...

Paulo MB disse...

Estou plenamente convencido que se não tivesse havido uma Maria de Lurdes Rodrigues os professores continuariam a escalar até ao topo da carreira, mesmo que nada ensinassem.
Foi um exagero? Por vezes é preciso dar um passo destes para que se faça justiça. A avaliação finalmente vai avançar (lembram-se como era antes de MLR?) e a velocidade da subida passa a ser correspondente ao mérito.
Não é assim para os outros portugueses.
Parabéns ao ME e aos Sindicatos, que finalmente perceberam qual ocaminho a trilhar.

Nunes da Silva disse...

O caminho que Lurdes Rodrigues e o patrão Sócrates nunca descortinaram. Os professores hão-de vir a poder chegar ao topo da carreira todos os que tenham mérito. Tal como os alunos terão 20 ou 19 ou 18 todos os que o mereçam, não por quotas. Claro que a gente compreende que cada um tenha de criar o equilíbrio interno da consciência entre as asneiras que, com a melhor intenção ou com um pontilho de ideias-feitas, preconceito ou fanatismo, foi pensando... Ninguém é perfeito. Agora as consequências para este paÍs de cauda do consulado Rodrigues & Cambada só não percebe que é trágico quem só vê a escola como a gaiola dos fiulhos donde hão-de sair umas coisas com um diploma na mão, independentemente de que coisas são...

Anónimo disse...

Subscrevo, na íntegra as palavras de PMBarbosa sobre o acordo assinada entre esta Equipa Ministerial e os Sindicatos. O presente acordo foi possível, porque houve um antes. Se este não tivesse existido, não tinha sido possível chegar ao presente. Como Professora conheço bem a comunidade educativa. Tenho encontrado excelentes Professores, dedicados, competentes e rigorosos, mas há outros que....
Quanto á recente nomeação da MLR dou os meus parabéns ao PM por ter reconhecido quem, ao longo de quatro anos, muito fez pelo sistema educativo. Reconheçamos o trabalho feito, porque se vamos pelo caminho do diz mal de tudo, não nos diferenciamos de um BE, que ainda não se percebeu o que pretende, para o País, ou seja todos percebemos que não querem nada a não ser explorar descontentamentos. Julieta Sampaio