servir o porto

A vergonha da imposição da disciplina de voto pelos directórios, para lá do que sustenta a governabilidade e, pior, dos "deputados" que deixam que a sua consciência seja imposta pela dos outros, transformando-se em meros calhaus, chama à actualidade as palavras de Sampaio Bruno há mais de um século:

"(...) O parlamento é constituído no nosso país por tudo o que a mediocridade tem de mais charro e por tudo o que a intriga possui de mais vil. Um ou dois meses antes do dia marcado para eleições gerais no território da nação, o Estado começa de anunciar: - Onde há aí um safado que queira vender antigas convicções? Quem é o primo bacharel do influente Tal? O capitalista Três estrelas terá um afilhado que saiba ler? Precisa-se com urgência dum lote sortido de desavergonhados e de parvos que se prestem nos pontos melindrosos a dizer que sim e a dizer que não, conforme se lhes mandar.(...)"

Sampaio Bruno, A FOLHA NOVA, Porto, Ano I, Nº 236, 3 Março 1882

Com a agravante que, neste circo, há "liberdade" para uns e para outros não, ou seja uns são deputados, outros meros verbos de encher. Porquê? Porque uns se impõe, outros, a grande maioria, vão para lá fazer de capachos e aguentar a vidinha... (P.B.)
Assis admite mais duas excepções à disciplina de voto na adopção homossexual
07.01.2010 - 08:02 (Público) Maria José Oliveira
O PS vai abrir não duas, mas quatro excepções, entre os deputados socialistas, na liberdade de voto à adopção por homossexuais. Além de Sérgio Sousa Pinto e Duarte Cordeiro, mais dois deputados do PS poderão aprovar amanhã os diplomas do Bloco de Esquerda (BE) e de Os Verdes (PEV). Francisco Assis escusou-se a identificá-los.