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JF (Portugal Diário) 2008/03/17 22:21
O dirigente socialista António Vitorino, elogiou esta segunda-feira o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, admitindo que o PS será «obrigado a meditar» se ele chegar à liderança do PSD antes das eleições legislativas de 2009, noticia a Lusa.
As declarações de António Vitorino foram feitas no seu programa semanal de comentário político, intitulado «Notas Soltas», na RTP.
No capítulo em que analisava a actual situação interna do PSD, o ex-comissário europeu identificou «algumas características comuns» entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e o presidente da Câmara do Porto e ex-secretário-geral do PSD durante a liderança de Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo Vitorino, tanto Rio como Sócrates têm uma lógica de «cortar a direito» na acção política.
Sem se referir ao seu trabalho enquanto presidente da Câmara do Porto, Vitorino fez no entanto uma alusão ao diferendo que Rui Rio tem travado com o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa
«[Rui Rio] tem um activo importante: demonstrou no País que o futebol não é tudo», observou o dirigente socialista.
Já em relação ao actual líder social-democrata, Luís Filipe Menezes, o ex-ministro de António Guterres afirmou já ter estado mais convencido de que chegaria como líder do PSD às próximas eleições legislativas.
Na opinião de Vitorino, Luís Filipe Menezes está a actuar contra a lógica de um líder que chega ao poder de um partido com pequena vantagem, provocando uma escalada dos conflitos internos em vez de os pacificar.
Vitorino considerou ainda que Menezes está a seguir uma estratégia perigosa como presidente do PSD, colocando «bases contra elites» e seguindo uma lógica leninista: «Quem não está comigo está contra mim».
O dirigente socialista referia-se então a recentes declarações do presidente do PSD na SIC, em que advertiu que quem não trabalhasse «iria para a lista de transferências».
1 comentário:
As declarações de António Vitorino só provam uma coisa! Como se torna urgente travar a luta pela Regionalização. É que as coisas que chegam lá baixo nada tem a ver com a realidade local.
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