Após o embaraço provocado pela forte contestação à proposta de Lei dos "piercings", o presidente da federação distrital do Porto do PS tem alimentado nos órgãos de comunicação social a discussão em torno dos nomes e das escolhas de candidatos autárquicos, nomeadamente à cidade do Porto.
Calculamos que com intenção de desviar as atenções da palermices quando elabora uma proposta de Lei, o Presidente da Federação vêm lembrar que a escolha é da concelhia, mas acrecenta "em primeira instância" e a seguir ainda continua com a "articulação distrital e nacional".
Talvez seja a hora de lembrar ao Presidente da Federação que vai existir um congresso distrital, eleições para a federação e a sua opinião nesta matéria peca por falta de legitimidade. Ao contrário a concelhia do Porto tem sido ponderada e parece ter preparado o terreno para encetar um trabalho que já começa a preocupar os adversários.
Parece claro que os comentários em torno de Elisa Ferreira e outros nomes, da forma que tem sido feitos, só servem para prejudicar as aspirações dos potenciais candidatos, para expor dificuldades inexistentes (como aquela de articular com quer que seja as escolhas de uma concelhia que está completamente unida em torno de um objectivo) e assim demonstrar que é mesmo preciso mudar.
Como acreditamos que a nossa candidatura caminha a passos largos para o fortalecimento dos projectos políticos do distrito, temos que desvalorizar as declarações infelizes do presidente da Federação Distrital, porque o seu tempo provavelmente escasseia. A lucidez política também.
fonte:
Elisa só aceita avançar no Porto
Carla Soares
Elisa Ferreira, nome consensual no PS para uma candidatura à Câmara do Porto, também é desejada para Gaia. Mas, admitindo agora claramente uma participação nas próximas eleições autárquicas, a eurodeputada garante só avançar na Invicta."É o Porto que considero como única hipótese em termos de candidatura autárquica", adiantou Elisa Ferreira, ao JN, quando questionada sobre o facto do PS colocar um cenário alternativo. Gaia "não é de todo uma hipótese. Não faria sentido eu mobilizar-me para uma terra que não é a minha. Eu nasci e vivi no Porto", contrapôs aquela independente.Explicando que "o mais natural" seria continuar no Parlamento Europeu, deixou claro que só coloca uma alternativa "Teria que ter a ver com a minha terra e cidade, que é o Porto".Enquanto isso, o partido procura dar-lhe palco, como aconteceu no comício nacional de sábado, no Porto, em que José Sócrates convidou aquela independente para participar. Num tarde em que discursaram pesos pesados do partido, foi a única independente chamada ao palco. E esforçou-se por passar a mensagem de que, no geral, não tem divergências no que toca às políticas do Governo.Sobre a sua participação no comício, a eurodeputada manifestou-se satisfeita com o convite do secretário-geral para "ajudar num momento mais tenso da vida do PS e do Governo". "De facto, foi importante para mim", comentou, ao JN. "Obviamente que vejo isso como um voto de confiança" do secretário-geral, continuou, embora rejeitando uma relação directa entre o convite e as autárquicas.Por sua vez, explicou fonte do partido ao JN, o PS, ao mais alto nível, quis dar um voto de confiança a Elisa Ferreira e um sinal aos militantes de que ela é uma aposta do partido.
A aposta parece ser unânime, mas o JN sabe que o concelho ponderado não é unicamente o Porto. Entre dirigentes do PS, há quem considere que a eurodeputada seria melhor candidata em Gaia, por ser este um concelho mais fácil de ganhar, na opinião dos socialistas, uma vez que Luís Filipe Menezes sai. Por outro lado, no Porto, o receio é o de que Elisa seja desperdiçada, pela dificuldade em derrotar Rui Rio.Questionado sobre isso, o líder do PS/Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, que tem convidado a eurodeputada para iniciativas do partido, diz existir já uma "articulação muito forte" com as direcções distrital e nacional para encontrar um candidato vencedor. E admitiu que Elisa Ferreira "enquadra-se no perfil" desejado.
O líder distrital, Renato Sampaio, nota que competirá, "em primeira instância", às concelhias (a eleger em breve) conduzir o processo, em "articulação" com o PS distrital e nacional.
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