Quereremos dar a força, a razão ( e o poder) a Bragança Fernandes do PSD? Só nos faltava mesmo esta para acabar com o que resta do PS autárquico na Área Metropolitana. Por que não se ouvem as vozes da razão, nomeadamente às já manifestadas pelo Renato Matos na Póvoa e pelo Mário de Almeida em Vila do Conde, a este propósito? A decisão está tomada? Mas está tomada como a decisão da OTA, oh camarada Mário Lino? Isto não será mais um deserto? Onde fica essa Via do Infante que ficou isenta da "decisão tomada" das portagens? Não é uma faca apontada exclusivamente para o Norte, quando se deveria, pelo contrário, fazer uma política regional compensatória dos 14% de desemprego sem contar com a emigração? E por que não se ouve a voz do presidente da Federação? Para que a quer? E a dos deputados eleitos pelo Porto? Onde estão, por onde andam, além de se preocuparem em continuar nas próximas listas?
Adelino Meireles (JN, 13.03.08)
O presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, apelidou, ontem, de "disparate" a anunciada intenção do Governo de introduzir portagens na A41 (antigo IC24), no troço entre o Freixieiro (Matosinhos) e Alfena (Valongo). "É um acto injusto, sem qualquer razão de ser que não seja a de penalizar os milhares de automobilistas e de empresas da região Norte, que todos os dias utilizam aquelas vias", afirmou Bragança Fernandes. O autarca pretende criar uma comissão, juntando os presidentes das câmaras "atingidas por esta injustiça" para "fazer pressão junto do Governo".
Mário Lino, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações , no entanto, garantiu que "a decisão está tomada", falando em Lisboa, no V Congresso Rodoviário Português. Bragança Fernandes recordou que a A41 foi concluído, em meados de 1995, como Itinerário Complementar (IC24) e em alternativa à EN 107, num troço de 18 quilómetros através do concelho da Maia. "A estrada foi desclassificada e entregue à jurisdição da Câmara. Entregaram-nos a EN107 porque construíram uma alternativa e, agora, colocando portagens na A41, a alternativa desaparece", defendeu. O presidente da Câmara da Maia revelou, ainda, que as diversas cartas enviadas a Mário Lino expressando discordância com aindoturçãod eportagens "ficaram sem resposta".
A alternativa à A41 - que integra a Circular Regional Externa do Porto - é, para o presidente da Câmara da Maia, "um mero arruamento municipal, com cruzamentos, semáforos, habitações e comércio. É, por exemplo, a via fronteira ao edifício da Câmara". O autarca considerou, igualmente, que "é completamente insólito colocar portagens à entrada e à saída de um aeroporto", e recordou que a A41 é o acesso directo ao Centro de Incineração Lipor II."É para lá que seguem os camiões do lixo de toda a Área Metropolitana e que estão proibidos de usar as vias municipais. A ser assim, os municípios vão ter que cobrar mais pela recolha e tratamento do lixos aos seus munícipes, para fazer face ao encargo com as portagens", garantiu Bragança Fernandes.
O presidente da Câmara da Maia insurgiu-se, igualmente, contra o que considera uma "dupla tributação" que afectará os habitantes de 12 das 17 freguesias do concelho. "Por via da construção do IC24 aquela freguesias passaram a pagar uma contribuição especial cuja taxa varia entre os 20 3% e os 30% da avaliação dos imóveis, valorizados pela nova via. Assim a população ajudou a financiar o IC24 e agora, querem que volte a financiar com o pagamento de portagens", sublinhou o autarca. As alternativas à A41 (a EN107) e à A28 (a EN13), não passam, segundo o presidente da Câmara da Maia, de "meras estradas municipais, completamente urbanizadas e, obviamente, menos seguras".
Bragança Fernandes, convidou, ainda, o ministro das Obras Públicas para "conhecer as não-alternativas estradas municipais 107 e 13, num normal dia de trabalho e sem os batedores da GNR".
Sem comentários:
Enviar um comentário