(Jogo) Em Linha 3.4.2009
Gil Moreira dos Santos, advogado de Pinto da Costa no chamado "caso do envelope", extraído do processo de corrupção no futebol Apito Dourado, considerou hoje que foi feita "justiça com serenidade" na ilibação do presidente portista.
"Fez-se justiça com serenidade. A juíza tomou uma decisão fundamentadíssima. Tudo o que devia ser analisado, foi analisado. O lado bom, o lado mau. E portanto finalmente a página do apito dourado está fechada", vincou.
Mesmo assim, o causídico acredita que a história vai ter mais capítulos: "Agora há apitos finais… há sempre uma segunda parte. Isto vai ter recurso, quase de certeza, pois há uma instrução interna para que as decisões proferidas nos processos em que tenha sido ordenada a reabertura sejam sujeitas a revisão. Esperamos serenamente".
"Esperávamos que viesse o momento em que fosse feita verdade, sem Costas, sem Morgados, sem nada disso. Com calma e serenamente", acrescentou, quando se referia ao facto de dois dos três processos a Pinto da Costa no Apito Dourado terem sido arquivados e neste terceiro o dirigente ter sido ilibado.
Questionado sobre se a sentença que inocentou Pinto da Costa, o empresário António Araújo e o árbitro Augusto Duarte constitui uma derrota para o Ministério Publico (MP), Gil Moreira dos Santos prosseguiu com as críticas.
"Não há derrotas para o MP. O MP defende a legalidade e acho que tem de se sentir lisonjeado, por muitas práticas absurdas que tenha tomado no processo", reparou.
E justificou o seu descontentamento: "Não percebemos como é que falando-se tanto em independência do MP seja possível fazer-se juntar ao processo uma certidão que tem um fax de um processo que até está em segredo de justiça", acrescentou.
O representante de Pinto da Costa escusou-se também a falar de derrota da procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, que ordenou a reabertura do processo: "Não personalizo a investigação, mas os resultados e os comportamentos".
As escutas telefónicas foram criticadas pela juíza Catarina Ribeiro, algo que mereceu a aprovação do advogado.
"O que ela disse é que as escutas telefónicas têm o mérito que devem ter e tratou-as com o mérito que ela entendeu que deviam tê-las na sua livre convicção. O que há é muita gente que parte da convicção prévia para a livre convicção, o que é uma coisa diferente", vincou.
Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa e principal testemunha da acusação, também foi visada, mas o causídico garantiu que não vai "gastar cera com rei defunto".
"Ela foi essencial para a estratégia montada até agora. Foi usada, desusada, abusada e no final de contas inutilizada", criticou.
A testemunha, que recebeu severas críticas por parte da juíza, não vai ser processada: "Normalmente a segunda edição não tem o mesmo mérito da primeira. Normalmente vai para a prateleira. Já não há interesse...".
Sobre os detractores de Pinto da Costa, que sempre disseram que "não se provou que não fosse inocente", o advogado defende que "não sabem ler".
"Hoje em dia parece que está na constituição e na mente das pessoas que todos são presumivelmente inocentes e é necessário provar o contrario. Como não sabem ler isso, continuam a descobrir buracos, superstições, raciocínios...", concluiu.
"Fez-se justiça com serenidade. A juíza tomou uma decisão fundamentadíssima. Tudo o que devia ser analisado, foi analisado. O lado bom, o lado mau. E portanto finalmente a página do apito dourado está fechada", vincou.
Mesmo assim, o causídico acredita que a história vai ter mais capítulos: "Agora há apitos finais… há sempre uma segunda parte. Isto vai ter recurso, quase de certeza, pois há uma instrução interna para que as decisões proferidas nos processos em que tenha sido ordenada a reabertura sejam sujeitas a revisão. Esperamos serenamente".
"Esperávamos que viesse o momento em que fosse feita verdade, sem Costas, sem Morgados, sem nada disso. Com calma e serenamente", acrescentou, quando se referia ao facto de dois dos três processos a Pinto da Costa no Apito Dourado terem sido arquivados e neste terceiro o dirigente ter sido ilibado.
Questionado sobre se a sentença que inocentou Pinto da Costa, o empresário António Araújo e o árbitro Augusto Duarte constitui uma derrota para o Ministério Publico (MP), Gil Moreira dos Santos prosseguiu com as críticas.
"Não há derrotas para o MP. O MP defende a legalidade e acho que tem de se sentir lisonjeado, por muitas práticas absurdas que tenha tomado no processo", reparou.
E justificou o seu descontentamento: "Não percebemos como é que falando-se tanto em independência do MP seja possível fazer-se juntar ao processo uma certidão que tem um fax de um processo que até está em segredo de justiça", acrescentou.
O representante de Pinto da Costa escusou-se também a falar de derrota da procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, que ordenou a reabertura do processo: "Não personalizo a investigação, mas os resultados e os comportamentos".
As escutas telefónicas foram criticadas pela juíza Catarina Ribeiro, algo que mereceu a aprovação do advogado.
"O que ela disse é que as escutas telefónicas têm o mérito que devem ter e tratou-as com o mérito que ela entendeu que deviam tê-las na sua livre convicção. O que há é muita gente que parte da convicção prévia para a livre convicção, o que é uma coisa diferente", vincou.
Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa e principal testemunha da acusação, também foi visada, mas o causídico garantiu que não vai "gastar cera com rei defunto".
"Ela foi essencial para a estratégia montada até agora. Foi usada, desusada, abusada e no final de contas inutilizada", criticou.
A testemunha, que recebeu severas críticas por parte da juíza, não vai ser processada: "Normalmente a segunda edição não tem o mesmo mérito da primeira. Normalmente vai para a prateleira. Já não há interesse...".
Sobre os detractores de Pinto da Costa, que sempre disseram que "não se provou que não fosse inocente", o advogado defende que "não sabem ler".
"Hoje em dia parece que está na constituição e na mente das pessoas que todos são presumivelmente inocentes e é necessário provar o contrario. Como não sabem ler isso, continuam a descobrir buracos, superstições, raciocínios...", concluiu.
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