servir o porto

Instruções dada em acção de formação antes da abertura da loja
Funcionárias da Loja do Cidadão de Faro proibidas de usar saias curtas e decotes
Aí está ele! Quem? O puritanismo totalitário (fascista/social-fascista/teológico-fundamentalista) na sua profundeza réptil! O 25 de Abril nunca ocorreu! Nunca entramos na Europa! Viva a Idade Média e a repressão sexual, que assim se forjam os fanáticos da intolerância e da violência! Se continuarmos a dormir como até agora, quando quisermos acordar teremos encostada à garganta a espada da Inquisição. Exige-se a demissão imediata das doentias ou doentios responsáveis, a retoma da dignidade das cidadãs, o afastamento do Estado da esfera da moral dos costumes. Moralidade no Estado e no poder? É bem precisa, mas não é na regulação dos costumes é, por exemplo, na aprovação de leis eficazes contra o enriquecimento ilícito, contra a corrupção, contra a traição à república. (P.B.)

10.04.2009 - 08h36 PÚBLICO
As funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, inaugurada a 3 de Abril, foram proibidas de usar saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos. As instruções foram dadas numa acção de formação antes da abertura da loja, denunciou uma funcionária. Segundo conta hoje o “Correio da Manhã”, as instruções foram apresentadas durante uma acção de formação promovida pela Agência de Modernização Administrativa. “Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, justificou Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência, ao jornal. Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, acrescentou. Pulquéria Lúcio confirmou a proibição do uso de decotes exagerados, perfumes agressivos e gangas, mas negou a referência a saltos altos e a roupa interior escura.