Rui Sá e Francisco Assis criticam gestão camarária do Rivoli e votam contra contas de 2008
Em bom português, é uma roubalheira e uma escandaleira a que a cidade assiste... Um negócio para encher o amigo La Féria, o tal para quem a gestão do Rivoli foi adaptada. Fora o lugar de gestão inútil inventado à medida da basta conveniência financeira da familiar do Vice-Presidente. E passa, em alguns sectores, esta Câmara, por ser liderada por gente séria!(PB)
(Público)15.04.2009, Aníbal Rodrigues
A Câmara do Porto suportou um prejuízo na ordem dos 600 mil euros com o Teatro Rivoli durante 2008, segundo os cálculos do vereador da CDU, Rui Sá. Esta despesa de cerca de 50 mil euros mensais constitui, na opinião do autarca, um "grande problema". "Temos uma empresa lucrativa, a Todos ao Palco [de Filipe La Féria], que está a utilizar um bem público, pagando a câmara. Ou seja, há uma transferência de dinheiros públicos para suportar uma actividade privada", denunciou ontem Rui Sá, no final da reunião do executivo da Câmara do Porto, que decorreu à porta fechada. O vereador da CDU constatou, no relatório de contas de 2008, que foram gastos 745 mil euros com o Teatro Rivoli. Deste montante, a parcela mais alta é a da vigilância e segurança, com quase 215 mil. Aos 745 mil euros, Rui Sá somou o ordenado de Raquel Castello-Branco, representante da Câmara do Porto no Rivoli, a rondar 45 mil euros anuais, o que perfaz 790 mil euros. "Perguntei também qual a situação da receita angariada em 2008, mas ninguém soube responder", adiantou Rui Sá. Perante a falta desta informação, o vereador pegou nos 115 mil euros que tinham sido apurados em sete meses de 2007 e, através de uma regra de três simples, concluiu que, em 2008, a autarquia terá recebido qualquer coisa como 190 mil euros. Subtraindo este valor aos 790 mil de despesa, Rui Sá apurou então o tal prejuízo de 600 mil euros. Já o gabinete de imprensa da Câmara do Porto lembrou que, quando o Rivoli era gerido pela Culturporto, "custava três milhões de euros por ano, sem público". Quanto aos 745 mil euros despendidos em 2008, sublinha-se que o Rivoli teve "sempre casa cheia" e que "já se poupou, em dois anos, 4,5 milhões de euros". Sobre a receita, os cinco por cento da bilheteira estabelecidos no contrato de acolhimento "representam 166 mil euros/ano". Ao não incluir os vencimentos de Raquel Castello-Branco, a câmara garante que o Rivoli "tem um custo líquido de 579 mil euros, englobando aqui todas as despesas fixas e variáveis que existem, independentemente do seu uso ou não".
(Público)15.04.2009, Aníbal Rodrigues
A Câmara do Porto suportou um prejuízo na ordem dos 600 mil euros com o Teatro Rivoli durante 2008, segundo os cálculos do vereador da CDU, Rui Sá. Esta despesa de cerca de 50 mil euros mensais constitui, na opinião do autarca, um "grande problema". "Temos uma empresa lucrativa, a Todos ao Palco [de Filipe La Féria], que está a utilizar um bem público, pagando a câmara. Ou seja, há uma transferência de dinheiros públicos para suportar uma actividade privada", denunciou ontem Rui Sá, no final da reunião do executivo da Câmara do Porto, que decorreu à porta fechada. O vereador da CDU constatou, no relatório de contas de 2008, que foram gastos 745 mil euros com o Teatro Rivoli. Deste montante, a parcela mais alta é a da vigilância e segurança, com quase 215 mil. Aos 745 mil euros, Rui Sá somou o ordenado de Raquel Castello-Branco, representante da Câmara do Porto no Rivoli, a rondar 45 mil euros anuais, o que perfaz 790 mil euros. "Perguntei também qual a situação da receita angariada em 2008, mas ninguém soube responder", adiantou Rui Sá. Perante a falta desta informação, o vereador pegou nos 115 mil euros que tinham sido apurados em sete meses de 2007 e, através de uma regra de três simples, concluiu que, em 2008, a autarquia terá recebido qualquer coisa como 190 mil euros. Subtraindo este valor aos 790 mil de despesa, Rui Sá apurou então o tal prejuízo de 600 mil euros. Já o gabinete de imprensa da Câmara do Porto lembrou que, quando o Rivoli era gerido pela Culturporto, "custava três milhões de euros por ano, sem público". Quanto aos 745 mil euros despendidos em 2008, sublinha-se que o Rivoli teve "sempre casa cheia" e que "já se poupou, em dois anos, 4,5 milhões de euros". Sobre a receita, os cinco por cento da bilheteira estabelecidos no contrato de acolhimento "representam 166 mil euros/ano". Ao não incluir os vencimentos de Raquel Castello-Branco, a câmara garante que o Rivoli "tem um custo líquido de 579 mil euros, englobando aqui todas as despesas fixas e variáveis que existem, independentemente do seu uso ou não".
Depois da CDU, na véspera, ontem foi a vez de o vereador do PS Francisco Assis atacar a gestão do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio.
Para Assis, "o Porto é hoje uma cidade que continua, em grande parte, adiada". "Este foi um mandato perdido", acrescentou o socialista, para quem Rio também "não percebeu a missão de impor o Porto ao país".
Apesar de reconhecer que a diminuição da dívida da câmara e do prazo de pagamentos a fornecedores são positivos, Francisco Assis diz que esta vertente contabilística foi transformada em "dogma absoluto", pelo que o PS votou contra as contas de 2008, tal como a CDU.
Assis lamentou que, em 2008, se tenha registado o mais baixo investimento da última década e considerou que esta foi uma das consequências de "Rui Rio ter governado de costas voltadas para o poder central, a oposição e os cidadãos".
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