Um bom contributo de um deputado que pensa e toma iniciativas. À primeira cista dir-se-ia que as suas iniciativas teriam mais valor se não fossem em ano de listas eleitorais... No entanto o deputado socialista Ventura Leite foi o que, nas conclusões de um relatório de uma comissão parlamentar, criticou Mário Lino por "manisfesta negligência" nas negociações com a Airbus que resultaram na compra de 16 aviões para a TAP e, em seguida, voltou a criticar Mário Lino e o Governo por revelarem "falta de estratégia" nas negociações.
Donde o seu protagonismo no cumprimento do dever tanto o poder proteger, se for suficientemente visível, como levá-lo ao cadafalso, (14ª da lista setubalense ou seja inelegibilidade) correndo já o apodo de "Maria Antonieta" para o intrépido deputado de Setúbal. Intrépido, somos nós a falar, porque a sua intrepidez é o mínimo que se exigiria para a postura de todos os deputados que o país subsidia com esforço para cumprirem a sua obrigação e não para a posição inútil de dizerem necessariamente Amen com o governo ou a direcção parlamentar. Para isso bastavam umas centenas de calhaus ou de mecos colocados nas cadeiras parlamentares, ou melhor ainda, os cinco líderes, resolveriam os assuntos legislativos entre si tendo cada um os tantos votos resultantes da eleição parlamentar. Era mais uma aventurinha dos cinco e mais baratinha!
Donde o seu protagonismo no cumprimento do dever tanto o poder proteger, se for suficientemente visível, como levá-lo ao cadafalso, (14ª da lista setubalense ou seja inelegibilidade) correndo já o apodo de "Maria Antonieta" para o intrépido deputado de Setúbal. Intrépido, somos nós a falar, porque a sua intrepidez é o mínimo que se exigiria para a postura de todos os deputados que o país subsidia com esforço para cumprirem a sua obrigação e não para a posição inútil de dizerem necessariamente Amen com o governo ou a direcção parlamentar. Para isso bastavam umas centenas de calhaus ou de mecos colocados nas cadeiras parlamentares, ou melhor ainda, os cinco líderes, resolveriam os assuntos legislativos entre si tendo cada um os tantos votos resultantes da eleição parlamentar. Era mais uma aventurinha dos cinco e mais baratinha!
Os 10 minutos por ano para iniciativa própria, ao contrário do que a notícia induz, existiram sempre, mesmo no anterior regimento (PB).
(Público) 15.04.2009, Leonete Botelho
O deputado socialista Ventura Leite vai usar hoje os seus 10 minutos de intervenção autónoma no Parlamento para desafiar esta instituição a ter uma "posição interpretativa" sobre a crise internacional e os seus efeitos na economia portuguesa, sem antes ter falado com o seu grupo parlamentar sobre o assunto.Ventura Leite vai, para tal, recorrer a uma figura do novo regimento da Assembleia da República que permite a cada deputado usar da palavra por iniciativa própria durante 10 minutos, mas que pouco tem sido usada pelos parlamentares.No dia seguinte à apresentação do Boletim de Primavera do Banco de Portugal, o autor do polémico relatório sobre contrapartidas vai defender, segundo antecipou ao PÚBLICO, uma mudança de modelo de crescimento económico, assente num melhor aproveitamento dos recursos internos no âmbito do sector social. Estas duas ideias, que hoje apresenta com detalhe, serão a base de dois projectos de resolução que se prepara para apresentar, também de moto próprio, embora garanta que os vai discutir antes com a sua bancada para "recolher contributos". "Vou confrontar os deputados com a crise e com a necessidade de a AR ter uma posição interpretativa e construtiva sobre a crise, não deixando esse papel apenas ao Governo", justifica Ventura Leite, afirmando que a sua iniciativa não é contra ninguém. "Vou dizer quais são as minhas ideias, porque penso que a crise internacional veio apenas precipitar o fim de um ciclo da economia portuguesa, em que os últimos 20 anos foram marcados por uma utilização excessiva e perigosa do crédito, do endividamento."Para este deputado, economista de formação, Portugal investiu demasiado em bens não transaccionáveis e não exportáveis, sobretudo no imobiliário e em serviços onde dominou a especulação. "A economia não gera excedentes, nem para investimento nem para financiar o Estado social, e é por isso que é preciso introduzir correcções nos dois eixos: económico e social", defende. No âmbito económico, e porque não crê que as exportações possam crescer muito, aposta na redução do desperdício e no melhor aproveitamento de recursos. No âmbito social, defende o desenvolvimento do terceiro sector, o da economia social. "Creio que se podem criar duas a três centenas de milhares de postos de trabalho em 10 anos."
O deputado socialista Ventura Leite vai usar hoje os seus 10 minutos de intervenção autónoma no Parlamento para desafiar esta instituição a ter uma "posição interpretativa" sobre a crise internacional e os seus efeitos na economia portuguesa, sem antes ter falado com o seu grupo parlamentar sobre o assunto.Ventura Leite vai, para tal, recorrer a uma figura do novo regimento da Assembleia da República que permite a cada deputado usar da palavra por iniciativa própria durante 10 minutos, mas que pouco tem sido usada pelos parlamentares.No dia seguinte à apresentação do Boletim de Primavera do Banco de Portugal, o autor do polémico relatório sobre contrapartidas vai defender, segundo antecipou ao PÚBLICO, uma mudança de modelo de crescimento económico, assente num melhor aproveitamento dos recursos internos no âmbito do sector social. Estas duas ideias, que hoje apresenta com detalhe, serão a base de dois projectos de resolução que se prepara para apresentar, também de moto próprio, embora garanta que os vai discutir antes com a sua bancada para "recolher contributos". "Vou confrontar os deputados com a crise e com a necessidade de a AR ter uma posição interpretativa e construtiva sobre a crise, não deixando esse papel apenas ao Governo", justifica Ventura Leite, afirmando que a sua iniciativa não é contra ninguém. "Vou dizer quais são as minhas ideias, porque penso que a crise internacional veio apenas precipitar o fim de um ciclo da economia portuguesa, em que os últimos 20 anos foram marcados por uma utilização excessiva e perigosa do crédito, do endividamento."Para este deputado, economista de formação, Portugal investiu demasiado em bens não transaccionáveis e não exportáveis, sobretudo no imobiliário e em serviços onde dominou a especulação. "A economia não gera excedentes, nem para investimento nem para financiar o Estado social, e é por isso que é preciso introduzir correcções nos dois eixos: económico e social", defende. No âmbito económico, e porque não crê que as exportações possam crescer muito, aposta na redução do desperdício e no melhor aproveitamento de recursos. No âmbito social, defende o desenvolvimento do terceiro sector, o da economia social. "Creio que se podem criar duas a três centenas de milhares de postos de trabalho em 10 anos."
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