Assis contra o metro à superfície
(Público) 08.04.2009, Margarida Gomes
Vereador do PS é frontalmente contra a passagem do metro à superfície na Linha Ocidental, entre Matosinhos e S. Bento
A seis meses das eleições autárquicas, a construção da Linha Ocidental de metro prevista para circular à superfície na Rua de Diogo Botelho vai ganhando mais opositores. A Câmara Municipal do Porto está contra esta opção e há já autarcas socialistas que prometem fazer coro nos protestos contra uma solução que não seja a de enterrar o metro. Francisco Assis, que encabeçou a lista do PS à Câmara do Porto nas autárquicas de 2005, promete não dar tréguas.
Em declarações ao PÚBLICO, Assis deixou ontem claro que, se o Governo optar por construir a chamada "Linha do Campo Alegre" à superfície, será "o primeiro a exortar a Câmara do Porto no sentido da mobilização dos cidadãos" para contestar esta intenção. "Na minha qualidade de vereador e de cidadão profundamente comprometido com a vida da cidade, sinto-me moralmente impelido a tomar uma posição clara sobre a questão recentemente suscitada acerca da linha do metro do Campo Alegre", justificou o eurodeputado. Assis afirma que é "absolutamente a favor da solução do enterramento da linha" por três ordens de razão: "Funcionais, urbanísticas e ambientais. "Manifestando a satisfação pelo facto de se ter "gerado um amplo consenso em torno da opção pelo Campo Alegre em detrimento da solução Avenida da Boavista", Francisco Assis argumenta ser "imperioso" que quem decide opte pela "melhor solução, que é claramente a instalação subterrânea da linha do metro". Com isso, sustenta, "permitir-se-á uma maior rapidez nas viagens, um correcto acautelamento dos valores ambientais, associados ao Parque da Cidade e um substancial ganho no plano do ordenamento de um espaço de grande importância para a cidade". Apesar de tudo, o vereador diz confiar no "bom senso" da administração da Metro do Porto, presidida por "um homem de elevadíssima estatura profissional e cívica". Mas, ressalva desde já, que, "se por ventura, por razões contra a vontade de quem decide no Porto e a partir do Porto se vier a adoptar-se uma solução contrária aos interesses da cidade, [será] o primeiro a exortar a Câmara do Porto no sentido da mobilização dos cidadãos para a defesa pública de tão justa causa". "Espero que não haja necessidade de chegarmos até aí", afirma o vereador do PS.
Estas declarações surgem dias depois de os membros indicados pela câmara para a comissão de acompanhamento do projecto, que inclui o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, o director municipal do Urbanismo, José Carapeto, e o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, terem revelado publicamente que são contra o plano da empresa Metro do Porto de colocar o metropolitano à superfície entre Matosinhos e o bairro das Condominhas. De acordo com o plano, a linha só será enterrada a partir daquele bairro até S. Bento.
Anteontem, na Assembleia Municipal do Porto, o deputado Justino Santos (PS) também se pronunciou: "Defendemos que [o metro] deve ser enterrado." Mas logo a seguir, resguardou-se ao dizer que "pode haver questões técnicas e financeiras que não o possibilitem".
(Público) 08.04.2009, Margarida Gomes
Vereador do PS é frontalmente contra a passagem do metro à superfície na Linha Ocidental, entre Matosinhos e S. Bento
A seis meses das eleições autárquicas, a construção da Linha Ocidental de metro prevista para circular à superfície na Rua de Diogo Botelho vai ganhando mais opositores. A Câmara Municipal do Porto está contra esta opção e há já autarcas socialistas que prometem fazer coro nos protestos contra uma solução que não seja a de enterrar o metro. Francisco Assis, que encabeçou a lista do PS à Câmara do Porto nas autárquicas de 2005, promete não dar tréguas.
Em declarações ao PÚBLICO, Assis deixou ontem claro que, se o Governo optar por construir a chamada "Linha do Campo Alegre" à superfície, será "o primeiro a exortar a Câmara do Porto no sentido da mobilização dos cidadãos" para contestar esta intenção. "Na minha qualidade de vereador e de cidadão profundamente comprometido com a vida da cidade, sinto-me moralmente impelido a tomar uma posição clara sobre a questão recentemente suscitada acerca da linha do metro do Campo Alegre", justificou o eurodeputado. Assis afirma que é "absolutamente a favor da solução do enterramento da linha" por três ordens de razão: "Funcionais, urbanísticas e ambientais. "Manifestando a satisfação pelo facto de se ter "gerado um amplo consenso em torno da opção pelo Campo Alegre em detrimento da solução Avenida da Boavista", Francisco Assis argumenta ser "imperioso" que quem decide opte pela "melhor solução, que é claramente a instalação subterrânea da linha do metro". Com isso, sustenta, "permitir-se-á uma maior rapidez nas viagens, um correcto acautelamento dos valores ambientais, associados ao Parque da Cidade e um substancial ganho no plano do ordenamento de um espaço de grande importância para a cidade". Apesar de tudo, o vereador diz confiar no "bom senso" da administração da Metro do Porto, presidida por "um homem de elevadíssima estatura profissional e cívica". Mas, ressalva desde já, que, "se por ventura, por razões contra a vontade de quem decide no Porto e a partir do Porto se vier a adoptar-se uma solução contrária aos interesses da cidade, [será] o primeiro a exortar a Câmara do Porto no sentido da mobilização dos cidadãos para a defesa pública de tão justa causa". "Espero que não haja necessidade de chegarmos até aí", afirma o vereador do PS.
Estas declarações surgem dias depois de os membros indicados pela câmara para a comissão de acompanhamento do projecto, que inclui o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, o director municipal do Urbanismo, José Carapeto, e o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, terem revelado publicamente que são contra o plano da empresa Metro do Porto de colocar o metropolitano à superfície entre Matosinhos e o bairro das Condominhas. De acordo com o plano, a linha só será enterrada a partir daquele bairro até S. Bento.
Anteontem, na Assembleia Municipal do Porto, o deputado Justino Santos (PS) também se pronunciou: "Defendemos que [o metro] deve ser enterrado." Mas logo a seguir, resguardou-se ao dizer que "pode haver questões técnicas e financeiras que não o possibilitem".
1 comentário:
A candidata do PS à Câmara do Porto não toma posição sobre este assunto? Estará à espera da lista para o Parlamento Europeu estar fechada para já poder falar à vontade? Ou não pesca nada do assunto.
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