Mau cheiro em Rio Tinto sem solução à vista
Queixas de Junta, Câmara e moradores ficam sem resposta
5.4.2009 (JN)RAQUEL SAMPAIO
Na Rua de Afonso de Albuquerque, em Rio Tinto, o mau cheiro incomoda a população há anos, que suspeita de problemas na ETAR. Câmara e Junta já se queixaram às Águas de Gondomar, que refere nunca ter recebido qualquer reclamação.
Não é preciso ouvir os moradores da Rua Afonso de Albuquerque para perceber do que se queixam: o mau cheiro é uma evidência. Marco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, confirmou ao JN ter recebido várias reclamações dos moradores, garantindo que tem feito tudo ao seu alcance para encontrar uma solução.
"Já falei com a Câmara Municipal e com a empresa Águas de Gondomar, que é responsável pela Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da zona. Mas não tenho obtido uma resposta favorável para a resolução do problema", afirmou.
Castro Neves, vereador do ambiente da Câmara de Gondomar também confirmou que recebeu reclamações e que as encaminhou para a Águas de Gondomar, cuja concessão é detida pela Somague desde 2001. "Tivemos conhecimento da situação e, desde logo, falamos com a empresa para resolveram a situação o quanto antes. Mais não podemos fazer", frisou o vereador.
No entanto, a empresa Águas de Gondomar afirmou não ter nequalquer reclamação relativa ao assunto. "Segundo os técnicos da empresa não há conhecimento de nenhuma queixa. Se o fizeram com a Câmara, o assunto ainda não chegou cá", disse ao JN fonte do gabinete de Imprensa daquela entidade.
Confrontado com a resposta, Marco Martins declarou que as reclamações existem, pois há mais de três anos que fala com a concessionária do serviço de saneamento. "A última resposta que recebi da Águas de Gondomar foi em Abril do ano passado. Disseram-me que o problema está relacionada com o sistema de tratamento de águas residuais, com a acumulação de gorduras, com a chegada do esgoto à ETAR e com a linha de lama", contou.
"A empresa disse ainda que processo de tratamento instalado, para além de desajustado das actuais tecnologias existentes, apresenta deficiências de concepção que prejudicam a operação e o tratamento, dado que a ETAR de Rio Tinto tem mais de 20 anos", acrecentou. O presidente da Junta terá sido ainda informado que seria necessário remodelar os processos de tratamento instalados. Para tal, as Águas de Gondomar iriam negociar com a Câmara uma candidatura ao QREN.
Entretanto, são os moradores quem tem suportado o mau "ambiente" em que vivem, como o JN testemunhou. Maria Mendes e António Alves afirmaram que há dias em que o cheiro é realmente insuportável. "Alguém tem que resolver isto. Assim, é impossível viver aqui", disse Maria Mendes.
Queixas de Junta, Câmara e moradores ficam sem resposta
5.4.2009 (JN)RAQUEL SAMPAIO
Na Rua de Afonso de Albuquerque, em Rio Tinto, o mau cheiro incomoda a população há anos, que suspeita de problemas na ETAR. Câmara e Junta já se queixaram às Águas de Gondomar, que refere nunca ter recebido qualquer reclamação.
Não é preciso ouvir os moradores da Rua Afonso de Albuquerque para perceber do que se queixam: o mau cheiro é uma evidência. Marco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, confirmou ao JN ter recebido várias reclamações dos moradores, garantindo que tem feito tudo ao seu alcance para encontrar uma solução.
"Já falei com a Câmara Municipal e com a empresa Águas de Gondomar, que é responsável pela Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da zona. Mas não tenho obtido uma resposta favorável para a resolução do problema", afirmou.
Castro Neves, vereador do ambiente da Câmara de Gondomar também confirmou que recebeu reclamações e que as encaminhou para a Águas de Gondomar, cuja concessão é detida pela Somague desde 2001. "Tivemos conhecimento da situação e, desde logo, falamos com a empresa para resolveram a situação o quanto antes. Mais não podemos fazer", frisou o vereador.
No entanto, a empresa Águas de Gondomar afirmou não ter nequalquer reclamação relativa ao assunto. "Segundo os técnicos da empresa não há conhecimento de nenhuma queixa. Se o fizeram com a Câmara, o assunto ainda não chegou cá", disse ao JN fonte do gabinete de Imprensa daquela entidade.
Confrontado com a resposta, Marco Martins declarou que as reclamações existem, pois há mais de três anos que fala com a concessionária do serviço de saneamento. "A última resposta que recebi da Águas de Gondomar foi em Abril do ano passado. Disseram-me que o problema está relacionada com o sistema de tratamento de águas residuais, com a acumulação de gorduras, com a chegada do esgoto à ETAR e com a linha de lama", contou.
"A empresa disse ainda que processo de tratamento instalado, para além de desajustado das actuais tecnologias existentes, apresenta deficiências de concepção que prejudicam a operação e o tratamento, dado que a ETAR de Rio Tinto tem mais de 20 anos", acrecentou. O presidente da Junta terá sido ainda informado que seria necessário remodelar os processos de tratamento instalados. Para tal, as Águas de Gondomar iriam negociar com a Câmara uma candidatura ao QREN.
Entretanto, são os moradores quem tem suportado o mau "ambiente" em que vivem, como o JN testemunhou. Maria Mendes e António Alves afirmaram que há dias em que o cheiro é realmente insuportável. "Alguém tem que resolver isto. Assim, é impossível viver aqui", disse Maria Mendes.
Sem comentários:
Enviar um comentário