Alegre não se compromete com nova candidatura, mas avisa que não será refém do PS
(Público) 03.12.2009 - 23:33 Samuel Silva
“Não posso, por ora, responder às vossas palavras”, afirmou Alegre, dirigindo-se à meia centena de apoiantes com quem jantou em Braga. Na sessão, tida como o pontapé de saída para uma nova candidatura, o ex-deputado do PS deixou a garantia de que ainda não encontrou a resposta, mas que essa será uma decisão exclusivamente pessoal. “Não estou à espera de qualquer decisão alheia. Não sou refém de nada nem de ninguém”, sublinhou. O ex-deputado socialista finalizou o discurso citando uma das frases mais marcantes do lançamento da sua primeira candidatura: “Há um poder dos cidadãos. A democracia é de todos e a República não tem dono”.
O ex-vice-presidente da Assembleia da República recordou o “momento histórico” que foi a candidatura de 2006 e que os resultados mostram que era o candidato melhor colocado para defrontar Cavaco Silva. “Houve quem tivesse compreendido o que se passou nessa altura, mas há quem não consiga fazê-lo ainda”, lamenta Alegre.
Num discurso escrito, contra o habitual, o poeta fez uma intervenção ideologicamente vincada. “A crise actual não se resolve com as receitas ideológicas que estiveram na sua origem”, considera, criticando os “mitos” do neo-liberalismo e do Estado mínimo. “Foi esse caldo ideológico que gerou a corrupção e o colapso financeiro mundial”, sustenta.
Apesar de Manuel Alegre não se ter comprometido com uma candidatura, as palavras do ex-candidato à presidência da República agradaram aos seus apoiantes. Jorge Cruz, histórico militante socialista de Braga e um dos organizadores do encontro, diz-se esperançado. “Conhecendo Manuel Alegre, acredito que não será agora que fugirá à luta, deixando politicamente órfãos os homens e mulheres de esquerda”, afirmou.
Cruz foi ainda um dos porta-vozes das críticas dirigidas a Cavaco Silva. O antigo dirigente do PS bracarense diz não querer “que a presidência da República seja ocupada por uma pessoa sem memória, incapaz de homenagear uma figura como Melo Antunes”.
Também o presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, deixou reparos à postura de Cavaco nos quase quatro anos que leva de mandato. “Temos o direito e o dever de querer no futuro outro presidente”, sublinhou o professor universitário.
O jantar de Braga foi apenas o primeiro de um conjunto de sessões de apoio à candidatura de Manuel Alegre às presidenciais de 2011. Évora e Lisboa deverão ser as próximas cidades a receber iniciativas semelhantes, ainda sem data marcada, mas que devem acontecer até ao final do ano. No início de 2010, outros núcleos distritais de ex-apoiantes de Alegre vão promover outras iniciativas de apoio a nova corrida a Belém.
(Público) 03.12.2009 - 23:33 Samuel Silva
“Não posso, por ora, responder às vossas palavras”, afirmou Alegre, dirigindo-se à meia centena de apoiantes com quem jantou em Braga. Na sessão, tida como o pontapé de saída para uma nova candidatura, o ex-deputado do PS deixou a garantia de que ainda não encontrou a resposta, mas que essa será uma decisão exclusivamente pessoal. “Não estou à espera de qualquer decisão alheia. Não sou refém de nada nem de ninguém”, sublinhou. O ex-deputado socialista finalizou o discurso citando uma das frases mais marcantes do lançamento da sua primeira candidatura: “Há um poder dos cidadãos. A democracia é de todos e a República não tem dono”.
O ex-vice-presidente da Assembleia da República recordou o “momento histórico” que foi a candidatura de 2006 e que os resultados mostram que era o candidato melhor colocado para defrontar Cavaco Silva. “Houve quem tivesse compreendido o que se passou nessa altura, mas há quem não consiga fazê-lo ainda”, lamenta Alegre.
Num discurso escrito, contra o habitual, o poeta fez uma intervenção ideologicamente vincada. “A crise actual não se resolve com as receitas ideológicas que estiveram na sua origem”, considera, criticando os “mitos” do neo-liberalismo e do Estado mínimo. “Foi esse caldo ideológico que gerou a corrupção e o colapso financeiro mundial”, sustenta.
Apesar de Manuel Alegre não se ter comprometido com uma candidatura, as palavras do ex-candidato à presidência da República agradaram aos seus apoiantes. Jorge Cruz, histórico militante socialista de Braga e um dos organizadores do encontro, diz-se esperançado. “Conhecendo Manuel Alegre, acredito que não será agora que fugirá à luta, deixando politicamente órfãos os homens e mulheres de esquerda”, afirmou.
Cruz foi ainda um dos porta-vozes das críticas dirigidas a Cavaco Silva. O antigo dirigente do PS bracarense diz não querer “que a presidência da República seja ocupada por uma pessoa sem memória, incapaz de homenagear uma figura como Melo Antunes”.
Também o presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, deixou reparos à postura de Cavaco nos quase quatro anos que leva de mandato. “Temos o direito e o dever de querer no futuro outro presidente”, sublinhou o professor universitário.
O jantar de Braga foi apenas o primeiro de um conjunto de sessões de apoio à candidatura de Manuel Alegre às presidenciais de 2011. Évora e Lisboa deverão ser as próximas cidades a receber iniciativas semelhantes, ainda sem data marcada, mas que devem acontecer até ao final do ano. No início de 2010, outros núcleos distritais de ex-apoiantes de Alegre vão promover outras iniciativas de apoio a nova corrida a Belém.
18 comentários:
O problema de MA é que vive muito virado para o seu passado...esquecendo as palavras suas em relação ao drama da descolonização "o que lá vai lá vai"...talvez o seu "Nambuangongo" mal digerido na sua posição coerente de refractário de consciência ao serviço militar no ultramar...E esse "mea culpa" ainda não psicanalizado, leva a juizos de valor de comparações erróneas, apesar de muitos nele terem votado pelas mesmas razões de distorção psicanalitica relacionada com a "guerra colonial"...
Mário Soares, um dos responsáveis da atabalhoada descolonização,e Cavaco Silva um militar colonial "africanizado" que não foi refractário, antes pelo contrário, estavam e ainda estão em maior e melhor posição de abrangência para a presidencia da republica, porque se tranformaram em homens de consensos...qualidade sem aqual não se deve sequer ser candidato a presidente.. Manuel alegre tem sido homem de clivagens...O que ganha numa facção, perde no restante do todo...
Concordo plenamente com esta análise do Renato Gomes Pereira. Tenho uma grande admiração pelo Manuel Alegre, não só como poeta, mas também como político, mas dificilmente votaria nele para Presidente da República. Esse lugar só pode ser ocupado por alguém que consiga mobilizar um leque muito abrangente de sensibilidades políticas, como aconteceu com todos os anteriores presidentes. Manuel Alegre nunca manifestou essa abertura, assumindo-se sempre como representante de "todas as esquerdas".
Comparo a um novelo de lã, daqueles para fazer tricô, o comentário de Renato Pereira. É muito difícil pegar-lhe na ponta e desenrrolar, sem que ele se desfaça num maranhado de coisas,neste caso mal engendradas,para que a história seja alterada.
No seu ponto de vista, Manuel Alegre foi um "refractário", nas duas vertentes. Mas será de perguntar: e quantos mais, não o foram e ainda são?
Será que Nambuangongo, serviu só para êle?.E os outros?
Só por ironia,é que pode dizer que os mais de que muitos, que votaram MA para as Presidenciais, apresentam distorções psicanalíticas, pelo facto do EGO de MA não ter sido ainda... psicanalizado!?
Recordo que a história, não muda conforme as simpatias ou conveniências.Daí a razão, pela qual,é injusto substimar uma referência que se distingue,no plano político.
Não discuto a sua opção ou queda pessoal, quanto a Mário Soares ou Cavaco Silva, mas daí a dizer que Manuel Alegre não reúne consensos,vai uma larga distância, até porque,existe a possibilidade de vários...consensos e todos são válidos.
Pode chamar-se a isto...clivagem?
Talvez; mas o que é certo é que esta serviu para ter o resultado que teve e este não pode, em consciência, ser ignorado e muito menos omitido.
Eu, estive nessa guerra. Sei bem a diferença que existe, entre o avaliar e avalizar e o certo do errado.
É por isso que o "mea culpa" não deve ter um único destinatário, pois foram muitos os que erróneamente, muito contribuiram e contribuem ainda, para que se faça juizos de valor apreçados e de intenção injustos.
Já agora uma pequena referência ao comentário do Pedro Aroso.
Penso que não é justo dizer que Manuel Alegre não é pessoa para abrangêcias e que nunca manifestou essa abertura.
Nas circunstâncias e no contexto em que as coisas se encntravam e se apresentaram, qual o espaço que lhe foi deixado???
Mas mesmo nesse espaço, foi claro que foram todas(?)as esquerdas que o procuraram, reconhecendo a sua sencibilidade, que é o que falta a muitos, de homem assumidamente de esquerda.
Aguardemos...o futuro!
Saudações
JOSANT...o amigo está também tomando a parte pelo todo e distorce, distorce, distorce...
Para sua informação sou angolano nascido no Uige, "branco de segunda" daqueles miúdos (tinha dois anos em 1961)que escaparam às catanas e que nunca viu com bons olhos as fardas...vá-se lá saber porquê...nem antes, nem durante, nem depois do 25 de Abril de 1974...Além de tudo o mais sei as verdades e das realidades que vivi e vi viver...e percebo muito bem as omissões de muitos..psicanaliticamente falando...!!! MA tal como agostinho neto foi catalogado de poeta...infelizmente para ambos...que em termos sociológicos publicamente jogaram o seu papel num determinado percurso histórico...Claro que muitos silenciosos foram melhores poetas que ambos, pois esta nação universal que é Portugal foi edificada por aqueles que partiram e não pelos Velhos do Restelo que ficaram...E ainda hoje continua a ser assim...a nossa vocação universal...com muitos Nambuangongos e Quitexes, Tetes ou montes ramelau...
Meu caro Renato Pereira.
É natural para si que eu 'também'tenha tomado o todo pela parte, logo distorço etc etc...mas isto deve-se talvez, por não ter nascido Africano e só ter servido(?) em África.
Naturalmente terá as suas razões para não gostar de fardas. Acredite que eu também não;nem das outras nem mesmo da que vestia.
Daí a razão pela qual não tenho saudades, nem distribuo culpas, pois como disse: "o que lá vai lá vai". Hoje, passados que estão todos estes anos,noto cada vez mais a ingratidão dos homens e o vazio da história, embora reconheça hoje que esta, no "todo e no tempo" não seja perfeita.
Mas numa coisa tem claramente razão, por ser actual.
Ainda andam por lá e por cá misturados muitos velhos do restêlo, mas ninguém nota porque sabem "usar" bem, o disfarce.
JoSANT
UM AMIGOdiz que o drama dos portugueses de todos os tempos eterem tido mais reis e maus nobres...em suma serem mal governados e administrados...
Claro que há quem queira conquistar a europa..dizendo-se europeu...quem queira conquistar os marroquinos dizendo-se africano... E depois existem todos os outros que são obrigados a seguir a manada...os velhos do restelo são os refractários...
Orgulhosos e Pirrónicos...
pouco diferem dos salazaristas, apenas na simbologia de sinal contrário e no facto que Deus nos livre de virem um dia a ser poder...
Sou europeu de nascença,hoje com 65anos. como devem calcular fui dos que foi fazer à guerra,(30 meses de comissão) ora poderia ter uma visão obtusa como o Renato tem,o facto de ter nascido em África, mas o facto não o capacita para julgar Manuel Alegre. Apetece perguntar, Foi Militar? conhece Nanbuongogo? Sabe além do tempo que passei na tropa, na guerra, estive mais de 10 anos em África.com os Africanos aprendi , a vestir informalmente, a detestar os erdademanhosos e a fugir dos lateiros,é verdade que nem empre consigo detétalos precocemente, o que uma pena.
anónimo..porque não teve a coragem de colocar o seu nome verdadeiro no comentário?Dizem que os herois da guerra são aqueles que se acobardam e fogem para a frente...Eu não quero julgar ninguém...estou no lado oposto...a defender...por isso não estou acriticar o MA no seu todo..ele lá terá as suas razões..como qualquer um de nós...daí ahistória da psicanálise...que para quem for católico sabe que é aquela parte dificil que acontece antes de irmos ao confessionário dizer ao padre (que é o representante de Cristo na Terra e não sei se noutros Planetas...brincadeira...)que estamos arrependidos dos pecados cometidos...Assim como que amodos que uma auto avaliação bem feita (para quem for professor)...
Quanto á obstusidade...
No outro dia deparei-me com uma coisa interessante que ainda não tinha sequer pensado, epode constatar o que digo perdendo(acho que vai ganhar o seu dia...) o seu tempo a visitar o site http://www.salvadorcorreia.org
-há lá quem pense como o amigo equem pense o oposto...como eu-
dizia que muito me surpreendeu positivamente alguém que sabe destas coisas de sociologia e similares dizer que espera conseguir provar que muitos dos que chegaram a Portugal no "regresso das caravelas" não são retornados...
digira isso se for capaz e liberte-se do seu comportamento racista...
e não diga que não é racista...pois todos que dizem que o não são, além de racistas são mentirosos...A grandeza da huminanidade esta em reconhecer o nosso racismo e admitir que o preto que está anosso lado também é português embora não tendo nascido na europa como nós e que o branco nascido ou não em africa é tam angolano como o negro...
claro que na concepção de um militar colonial português-mesmo refractário -ainda não cacimbado, Africa é terra de pretos e com crocodilos nos rios Palhotas e Palmeiras.. e africa já não era isso no tempo da guerra do ultramar, mas sim grandes máquinas a explorar o solo a céu aberto,estruturas complexas instaladas nos mares a extrair petróleo, grandes plantações de café algodão chá sisal eoutras...enormes fábricas de transfromação de matérias primas e uma mole imensa de gente de todas as cores ( com predominancia negra pela mesmao razão que a predominância é branca na europa...)operários e camponeses...
com conflitos económicos, politicos e até raciais como no caso da africa do sul do apharteid
Esse contraste que o maçarico soldado percebia logo que aportava a Africa deslumbrava-o e confundia-o...Não é por acaso que tantos alferes (não milicianos...e até..)depois mais tarde conseguem até escrever livros sobre a guerra colonial...uns de ficção outros baseados em realidades vividas...
todo versões de militares...
começa agora a desenhar-se uma nova leva de escritores civis, com uma versão muito diferente da de lobo antunes e muito mais próxima da jornalistica de reis ventura
Quem foi contra a guerra colonial e decente combateu a guerra! Quem foi a favor da independência das colónias esteve do lado dos povos das colónias. Tudoo resto ´e ato de alguns que fazem a condição mais miserável do que ela já é!!!
Cobardes foram os que fizeram a guerra sendo contra, os que passaram a ser a favor por medo de ser contra. Os que sendo contra desertaram ou se puseram do outro lado, do lado que entendiam ser a justiça foram os verdadeiros Homens e nalguns casos os herois. Querem julgamentos? vamos a eles. Em primeiro lugar julgar os que assassinaram em si próprios a sua condição de homens livres e responsáveis!Na verdade é capaz de faltar uns julgamentos...
pois é caro Manuel...pensa como muitos erroneamente que os soldados metropolitanos foram para o ultramar defender os "colonos portugueses"...Os alferes de wiriamuro eoutros massacres ficaram muito surpreendidos por os "colonos não gostarem deles" e em geral "criticarem a tropa"...
Colonos não é o mesmo que colonialistas .colonialistas eram os soldados coloniais e os funcionários das colónias...Claro que os soldados da metrópole não podiam imaginar o que ia na cabeça de um colono ,nem podia perceber que o poder do terreiro do paço o havia enviado para Africa para proteger o territória de veleidades independentistas fossem elas brancas, negras ou mistas...
Claro que muita esquerda metropolitana e MA incluido não podiam ter percebido que era desnecessária a guerra colonial para a autodeterminação e independência...E que não era sequer necesário lutar conta a guerra colonial em argel... tudo teria sido mais fácil e menos sangrento, não fora o poder imperial do imperio sovietico felismente já desmoronado...E também foi dificilperceber no caso de angola como é que "a brancalhada alinhou ao lado de movimentos negros anticoloniais como o caso da FNla e da Unita, mesmo no pós independência contra os cubanos e o Mpla (sendo este movimento predominantemente mestiço)pela via armada...e por pouco não foi outro o decurso da História...
E nos julgamentos não se podem ocultar factos..mesmo nos históricos...nem massacres como os do 27 de maio de 1977...(o já chamado 25 de Novembro angolano..)
Anónimo e Manuel Silva...estiveram ao lado dos povos das colónias?então eram cvivis ou militares? nunca vi um militar do lado dos povos das colónias, brancos, negros ou mestiços... se calhar é por isso que detesto fardas...
Conheço um grande homem que foi durante muitos anos motorista em Angola...Dizia ele que muitas vezes transportou "turras", que lhe pediam boleia, e outras mercadorias...perguntou este porque é que não dirigiam a guerra contra os civis brancos como em 1961..."que não, que os civis brancos estavam do lado de angola e ajudavam a construir estradas escolas e hospitais e casas..."
No 25 de Novembro houve 3 mortos e instaurou a democracia, no 27 de Fevereiro feito pelos cubanos e pelo Agosinho Neto foram mortos de trinta mil a cem mil pessoas a começar pelo Nito e pela Cita Vales como Dalila Mateus denuncia no seu último livro e foi instaurada uma ditadura que ainda agora persiste. Renato Gomes Pereira nunca viu um militar do lado dos povos dos colónias? Pois então ou é muito jovem ou viu muito pouco no referente a este assunto.E penso precisamente o contrário do que In Veritas interpretou, é só ler com atenção.
Ernesto Ribeiro da Silva, é o nome do anónimo!Não pretendo esconder a minha identidade,sucede que sou um bocado tótó nestas coisas da informática. Prometo que vou receber aulas para evitar o anonimato,claro que não vou responder a quem tem todas as certezas do mundo! Um pouco como aquela Mãe que vai ao juramentode bandeira do filho e ver o batalhão a marchar, grita para o marido: Olha vão todos com passo tocado só nosso é que não.Com convencidos como estes é pura perda de tempo.
Ernesto SILVA obrigado por quebrar o anonimato...dá-lhe por vezes esses arrebates de heroismo? bom tambén sou um autodidacta da informática...compreu há vinte anos o meu primeiro computer e mal sabia como se ligava...ainda era em ambiente dos eo windows era o 3.o...e os ficheiros de excel eram o 123,etc.etc...muitos comandos eram digitados, e usava-se pouco orato e mais as teclas...adiante:
A maior parte dos meus melhores amigos são ex-combatentes do ultramar...claro que não estou de acordo com eles..mas eles sabem como eu os compreendo...em angola cheguei a comer com eles a ração de combate- aquelas latas de conserva pintadas de verde azeitona - gostava muito de umas de carne..não sei que tipo de carne era..mas era boa...também comia funge com oleo de palma e peixe seco com os meus patricios angolanos...tive por colegas de turma em Angola o Vaz Portugal filho e socialista (e meu camarada) Carlos Zorrinho,ambos filhos de figuras de destaque nas então forças armadas de portugal em 1974/1975 que estavam em angola...Convivia com eles mas eu sabia e eles sabiam que não pertenciamos ao mesmo tipo de sociedade e de cultura...eu era um branco de angola..eles metropolitanos e portanto senhores de angola...era uma especie de cabo entre capitães...percebi muito cedo na escola que nãosendo filho de algo não era ninguém apesar de branco...Sim porque as senhoras professoras, só atendiam aos filhos das profs, e aos que conheciam como filhos de beltrano e de sicrano, sendo estes ou militares ou altos quadros das figuras do funcionalismo dominante...Numa qualquer repartição publica na angola colonial era um prazer ser atendido por um patricio nosrmalmente mestiço ou negro...atendia-nos bem e dáva-nos totas as explicaçºoes...Os brancos do puto eram marca rosca e faziam-nos passar os mais diversos vexames até nos satistfazerem os nossos direitos...Era triste a administração colonial no ultramar, burocrática e corrupta...mas isso são outros quinhentos...Muito "Chico" fez fortuna com a guerra colonial...
Alegre à Presidência, pois claro! è preciso que faça um compromisso sobre a regionalização. De resto, quem havia de ser? O Camarada Gama? Só ganhava na Madeira! o Camarada Vitorino? De repente estava motivado, para os altos cargos. Mas em Belém ganha-se, comparativamente, pouco. É muito melhor uma influência na comunicação social e sobre o partido para bem correr o escritório de advogados de negócios.
Há outros proto- candidatos melhor posicionados que Alegre...Ferro Rodrigues por exemplo...Tem a esquerda toda do seu lado, uma faixa do cento, e algum eleitorado moderado de direita...é figura para fazer frente ao Cavaco...Mas se Alegre for o Candidato escolhido pelo PS , como militante apoiá-lo-ei, mas tenho a certeza que não vai conseguir derrotar o Cavaco...Alegre será um bom candidato nás próximas quando Cavaco não se recandidatar e não haverá no PSD sucessor de Cavaco...
outro proto-candidato era o Guterres...
Cavaco é o candidato a 2ª mandato mais fragilizado da história da nossa II República. Se for candidato... terá de explicar muita coisa à volta da sua entourage BPN, das acções que lhe saltam para o bolso sem virem da Bolsa, etc... Alegre ganha porque ALÉM DE TODA A ESQUERDA VAI BUSCAR também à direita e etá à extrama-direita que gosta do nacionalismo dele ( que é meramente poético ou linguístico)embora perca em alguns sectores do PS mas esses são simplesmente os que estão no poder e querem as alianças com a direita.
ASlegre ajudará a que o PS retome os seus padrões e reflicta no sentido de uma modernização de esquerda. Ajudar+a ainda a situações estáveois para Portugal alicerçadas na maioria social que é a maioria de esquerda
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