Almoço comemorativo no Porto do MIC e do 31 de Janeiro
Manuel Alegre: "Não serei candidato em nome de nenhum partido"
31.01.2010 - 17:00 Por Margarida Gomes (Público)
“Não me candidatarei para governar, nem terei como objectivo principal e imediato criar condições para demitir o actual Governo na primeira oportunidade. É bom que isso fique claro nos espíritos de quem ainda não percebeu o que está em causa,” decretou o ex-deputado do PS, no final de um participado almoço, promovido pelo Movimento de Intervenção e Cidadania da Região do Porto que serviu também para assinalar o 31 de Janeiro.
Na iniciativa, que juntou, segundo a organização, 270 pessoas, participaram vários militantes socialistas, vereadores e deputados municipais. Do lado do BE, compareceram o deputado da Assembleia da República, João Semedo, os deputados municipais Alda Macedo e José Castro e o ex-candidato à Câmara do Porto, João Teixeira Lopes.
“Seria bom que na Presidência da República houvesse uma visão mais aberta e defensora das liberdades, da igualdade e do respeito pelas minorias”, declarou o ex-deputado socialista, vincando que “a tolerância passa desde logo por não querer impor, em leis gerais da República, dogmas ou juízos de censura moral e religiosa”.
Afastando o cenário de avançar novamente para uma candidatura a Belém “em nome” de um partido, Alegre tratou de dizer que “o cargo de Presidente da República (PR) é unipessoal e independente” e que, apesar de não haver democracia representativa sem os partidos, os partidos não podem monopolizar a democracia”. Depois deteve-se em esclarecer que não renega o seu percurso, nem as suas convicções, nem mesmo a sua afectividade partidária. E daí partiu para mostrar que esteve “sempre” na linha da frente dos combates mais duros do PS: ”Pela democracia, pela liberdade, pela integração europeia e pelos direitos sociais”.
Alegre não esqueceu aqueles que nos últimos dias têm levantado a voz contra a sua candidatura a Belém e disse ser “irónico” que alguns “que durante décadas combateram o PS e as suas causas, venham hoje, por puro oportunismo e com o zelo de recém-convertidos, fazer a defesa dos supostos interesses do PS”. Garantido que não se apresenta como “um salvador da pátria”, o também candidato ao cargo de PR nas últimas eleições, disse que não ia ser “um presidente corta-fitas” e comprometeu-se a defender a Constituição. “É desejável, especialmente em períodos de crise, que o Presidente exerça uma magistratura de influência e promova uma cultura de responsabilidade, mas não no sentido de patrocinar alianças nem de interferir no consenso ou dissenso [divergência] que tem o seu lugar próprio: os partidos políticos e a Assembleia da República”.
Avisando que não se deixará ”intimidar, nem instrumentalizar”, Alegre decretou: “Não sou apropriável por estratégias alheias. Mas também não sou refém de negócios, nem de interesses, nem de qualquer outro objectivo que não seja o de servir o meu país”.
Antes, o ex-vice-presidente da Assembleia da República aludira à “crise mundial sem paralelo” que se vive. Pediu uma “mobilização cívica e uma participação democrática na “reforma moral e nas mudanças de que o país precisa” e desancou nas “empresas de rating (...), que estão a fazer pressões inadmissíveis sobre o orçamento português, contra as quais já reagiu, e bem, o Ministro das Finanças”. Declarando que “as empresas de rating, perderam toda a credibilidade depois da crise de 2007, Manuel Alegre chegou mesmo a falar “em racismo económico”, com um “desagradável sabor a ultimatum” , numa alusão directa àquilo que as agências de rating têm feito ao equiparar Portugal à Grécia.
Manuel Alegre: "Não serei candidato em nome de nenhum partido"
31.01.2010 - 17:00 Por Margarida Gomes (Público)
“Não me candidatarei para governar, nem terei como objectivo principal e imediato criar condições para demitir o actual Governo na primeira oportunidade. É bom que isso fique claro nos espíritos de quem ainda não percebeu o que está em causa,” decretou o ex-deputado do PS, no final de um participado almoço, promovido pelo Movimento de Intervenção e Cidadania da Região do Porto que serviu também para assinalar o 31 de Janeiro.
Na iniciativa, que juntou, segundo a organização, 270 pessoas, participaram vários militantes socialistas, vereadores e deputados municipais. Do lado do BE, compareceram o deputado da Assembleia da República, João Semedo, os deputados municipais Alda Macedo e José Castro e o ex-candidato à Câmara do Porto, João Teixeira Lopes.
“Seria bom que na Presidência da República houvesse uma visão mais aberta e defensora das liberdades, da igualdade e do respeito pelas minorias”, declarou o ex-deputado socialista, vincando que “a tolerância passa desde logo por não querer impor, em leis gerais da República, dogmas ou juízos de censura moral e religiosa”.
Afastando o cenário de avançar novamente para uma candidatura a Belém “em nome” de um partido, Alegre tratou de dizer que “o cargo de Presidente da República (PR) é unipessoal e independente” e que, apesar de não haver democracia representativa sem os partidos, os partidos não podem monopolizar a democracia”. Depois deteve-se em esclarecer que não renega o seu percurso, nem as suas convicções, nem mesmo a sua afectividade partidária. E daí partiu para mostrar que esteve “sempre” na linha da frente dos combates mais duros do PS: ”Pela democracia, pela liberdade, pela integração europeia e pelos direitos sociais”.
Alegre não esqueceu aqueles que nos últimos dias têm levantado a voz contra a sua candidatura a Belém e disse ser “irónico” que alguns “que durante décadas combateram o PS e as suas causas, venham hoje, por puro oportunismo e com o zelo de recém-convertidos, fazer a defesa dos supostos interesses do PS”. Garantido que não se apresenta como “um salvador da pátria”, o também candidato ao cargo de PR nas últimas eleições, disse que não ia ser “um presidente corta-fitas” e comprometeu-se a defender a Constituição. “É desejável, especialmente em períodos de crise, que o Presidente exerça uma magistratura de influência e promova uma cultura de responsabilidade, mas não no sentido de patrocinar alianças nem de interferir no consenso ou dissenso [divergência] que tem o seu lugar próprio: os partidos políticos e a Assembleia da República”.
Avisando que não se deixará ”intimidar, nem instrumentalizar”, Alegre decretou: “Não sou apropriável por estratégias alheias. Mas também não sou refém de negócios, nem de interesses, nem de qualquer outro objectivo que não seja o de servir o meu país”.
Antes, o ex-vice-presidente da Assembleia da República aludira à “crise mundial sem paralelo” que se vive. Pediu uma “mobilização cívica e uma participação democrática na “reforma moral e nas mudanças de que o país precisa” e desancou nas “empresas de rating (...), que estão a fazer pressões inadmissíveis sobre o orçamento português, contra as quais já reagiu, e bem, o Ministro das Finanças”. Declarando que “as empresas de rating, perderam toda a credibilidade depois da crise de 2007, Manuel Alegre chegou mesmo a falar “em racismo económico”, com um “desagradável sabor a ultimatum” , numa alusão directa àquilo que as agências de rating têm feito ao equiparar Portugal à Grécia.
3 comentários:
ainda bem!!!
Ainda bem?!...digo eu.
Ainda bem que o "Renato" chegou a essa conclusão.
Manuel Alegre disse: “Não me candidatarei para governar, nem terei como objectivo principal e imediato criar condições para demitir o actual Governo na primeira oportunidade". Ainda bem, digo eu, porque vamos ter que aguardar pela "segunda" oportunidade.
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