Nuno Cardoso hesita em avançar para a liderança da concelhia do PS-Porto
Por Margarida Gomes
A indefinição de Nuno Cardoso em assumir uma candidatura à liderança da concelhia do PS-Porto, cujas eleições deverão realizar-se em Abril, pode levar os seus apoiantes a procurarem um nome alternativo. Temendo deixar o campo todo aberto para Manuel Pizarro, o secretário de Estado da Saúde que já conta com o apoio da distrital portuense dos socialistas, os apoiantes de Cardoso viram-se agora para a aposta numa figura jovem que protagonize uma renovação. Acreditam que, ainda que esta solução possa despertar menos entusiasmo entre os militantes, o importante é tornar as eleições mais disputadas e irem conquistando espaço dentro do aparelho do partido.
"Manuel Pizarro não terá a comissão política concelhia para fazer dela a Coreia do Norte", sustenta Pedro Baptista, um dos apoiantes de Cardoso, aludindo ao passado de militância comunista do governante. Com Baptista está um grupo de militantes que se propõe também patrocinar uma solução para a distrital do PS-Porto, liderada por Renato Sampaio, que já assumiu que concorrerá a um terceiro mandato.
As eleições para a distrital ainda não têm data marcada, mas o actual mandato termina em Outubro. A possibilidade de virem a ser adiadas para depois das presidenciais, que ocorrerão no início de 2011, está em aberto, cabendo a decisão à direcção nacional do PS. O timing que vier a ser definido está a condicionar o anúncio de candidaturas alternativas a Renato Sampaio, mas sabe-se já que José Luís Carneiro, que preside à Câmara de Baião e que foi o grande vencedor do distrito do Porto nas últimas autárquicas, está a perfilar-se.
O autarca, muito próximo do actual líder parlamentar do PS, Francisco Assis, tem desenvolvido contactos no distrito, avaliando as condições de vitória face a Renato Sampaio, que durante os seus mandatos tem sido acusado de não ouvir as bases do partido e de se colar acriticamente ao secretário-geral do partido, retirando peso político ao distrito.
Ainda esta semana Orlando Gaspar, um militante histórico do PS-Porto e membro da comissão política nacional, fez chegar o seu protesto numa carta que enviou aos militantes. "Os patamares hierárquicos do partido e os estatutos são completamente espezinhados, tudo por falha de educação daqueles que nos últimos anos aqui no Porto se apossaram dos lugares de decisão e se pavoneiam nos corredores de Lisboa a decidirem nas nossas costas e à nossa custa os interesses para eles e para os amigos de ocasião", acusa Gaspar, que se prepara para lançar um livro intitulado O Desaire do Porto.
Por Margarida Gomes
A indefinição de Nuno Cardoso em assumir uma candidatura à liderança da concelhia do PS-Porto, cujas eleições deverão realizar-se em Abril, pode levar os seus apoiantes a procurarem um nome alternativo. Temendo deixar o campo todo aberto para Manuel Pizarro, o secretário de Estado da Saúde que já conta com o apoio da distrital portuense dos socialistas, os apoiantes de Cardoso viram-se agora para a aposta numa figura jovem que protagonize uma renovação. Acreditam que, ainda que esta solução possa despertar menos entusiasmo entre os militantes, o importante é tornar as eleições mais disputadas e irem conquistando espaço dentro do aparelho do partido.
"Manuel Pizarro não terá a comissão política concelhia para fazer dela a Coreia do Norte", sustenta Pedro Baptista, um dos apoiantes de Cardoso, aludindo ao passado de militância comunista do governante. Com Baptista está um grupo de militantes que se propõe também patrocinar uma solução para a distrital do PS-Porto, liderada por Renato Sampaio, que já assumiu que concorrerá a um terceiro mandato.
As eleições para a distrital ainda não têm data marcada, mas o actual mandato termina em Outubro. A possibilidade de virem a ser adiadas para depois das presidenciais, que ocorrerão no início de 2011, está em aberto, cabendo a decisão à direcção nacional do PS. O timing que vier a ser definido está a condicionar o anúncio de candidaturas alternativas a Renato Sampaio, mas sabe-se já que José Luís Carneiro, que preside à Câmara de Baião e que foi o grande vencedor do distrito do Porto nas últimas autárquicas, está a perfilar-se.
O autarca, muito próximo do actual líder parlamentar do PS, Francisco Assis, tem desenvolvido contactos no distrito, avaliando as condições de vitória face a Renato Sampaio, que durante os seus mandatos tem sido acusado de não ouvir as bases do partido e de se colar acriticamente ao secretário-geral do partido, retirando peso político ao distrito.
Ainda esta semana Orlando Gaspar, um militante histórico do PS-Porto e membro da comissão política nacional, fez chegar o seu protesto numa carta que enviou aos militantes. "Os patamares hierárquicos do partido e os estatutos são completamente espezinhados, tudo por falha de educação daqueles que nos últimos anos aqui no Porto se apossaram dos lugares de decisão e se pavoneiam nos corredores de Lisboa a decidirem nas nossas costas e à nossa custa os interesses para eles e para os amigos de ocasião", acusa Gaspar, que se prepara para lançar um livro intitulado O Desaire do Porto.
6 comentários:
"Os patamares hierárquicos do partido e os estatutos são completamente espezinhados, tudo por falha de educação daqueles que nos últimos anos aqui no Porto se apossaram dos lugares de decisão e se pavoneiam nos corredores de Lisboa a decidirem nas nossas costas e à nossa custa os interesses para eles e para os amigos de ocasião"
Ao que pude apreciar, também um grande número de membros da Concelhia nunca terá tido o cuidado de ler as normas que regem a vida interna do Partido, tanta é a asneirada que foram fazendo para "seu interesse e dos amigos de ocasião."
Apesar disso, Orlando Gaspar não deixa de ter razão quando imputa o mesmo pecado a Renato Sampaio.
O nosso partido precisa de varrer muitos limitados que se "pavoneiam pelos corredores" e fazem do oportunismo a principal arma para a sua ascensão política. Cabe aos militantes do PS fazê-lo, já!!!
tá tudo com vontade de enterrar o focinho no balde!
Apoiado Miguel Castro. Até penso que de um jovem como V., e outros semelhantes, é que podemos ter esperança de reforma séria do PS-Porto e do PS-geral.
M.Machado, desde já agradeço as suas simpáticas palavras, certo de que dará também o seu contributo, enquanto pessoa de bem, para essa tão urgente renovação do nosso partido.
Estou plenamente de acordo com os comentarios do sr.Dr,mas segundo julgo saber foi-lhe retirada toda a confiança politica,por isso pergunto,nos seus comentarios existe alguma azia e mau perder, porque esta muito claro o seu mau estar em relaçao ao camarada Renato Sampaio...PORQUE SERA. O MILITANTE
O caro "Militante" diz bem: "julga saber" mas, de facto, não sabe nada!
Em momento algum me foi efectivamente retirada confiança politica, houve sim, uma tentativa descabida de o fazer quando exerci as funções de membro da Assembleia de Freguesia da Sé (depois de ter denunciado um desvio de verbas), levada a cabo pelo Sr. Presidente da Concelhia "Orlando Soares Gaspar" e mais uns quantos membros do Secretariado da Concelhia, que são fornecedores da Junta da Sé e têm medo de ver o seu "tacho" comprometido.
Aliás, não faz sequer sentido o que V.Exa. escreve, até porque fui candidato às últimas eleições para o Secretariado da Secção do Partido Socialista (em 8 de Agosto de 2009), que acabaram interrompidas por meia dúzia de criminosos (alguns entretanto reconhecidos pela justiça como tal) e é muito provável que volte a sê-lo nas eleições de Março.
A verdade é que essa "anedótica decisão" é nula, como (sem grande surpresa) já foi reconhecido pelo Sr. Presidente da Comissão Federativa de Jurisdição (Dr. Luís Cunha):
“Já lhe expressei que considero que a decisão da CPC sobre a suspensão é ilegal. Esse assunto já foi ventilado na CFJ e há consenso.”
O problema de alguma gente é julgar que está a lidar com mentecaptos, mas com ignorantes posso eu bem!
Prezado “Militante", resta-lhe ainda alguma dúvida sobre a razão que me assiste?
Azia e mau perder nos meus comentários? Para começar, eu não perdi qualquer eleição, sequer para o Secretariado da Secção, visto que a primeira foi anulada pela Comissão Nacional de Jurisdição por irregularidades na lista adversária e esta segunda (a 8 de Agosto de 2009) foi interrompida com agressões, por temerem a vitória da lista por mim encabeçada, como bem sabe quem preparou aquele “caldinho”.
Caso se refira às eleições para a Distrital, em que o camarada Renato Sampaio (contra o qual até nem tenho nada pessoal) saiu vitorioso e apesar de ter apoiado o Doutor Pedro Baptista, sempre aceitei com humildade democrática esse resultado e considero que tem toda a legitimidade para exercer as funções até ao final do mandato, embora não me agrade o trabalho que tem feito. O que não posso aceitar são as graves violações dos estatutos por si levadas a cabo, nomeadamente ao indicar, por exemplo, candidatos às autarquias usurpando funções aos órgãos que têm realmente competências para o efeito, resultando, como temos vindo a constatar, em vergonha e humilhação para o PS…
P.S.: Uma mentira dita muitas vezes não se torna verdade!
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