quinta-feira, 27 de março de 2008

Tua: petição na Internet em defesa da Linha

Nós vamos assinar a petição e esperamos que na A.R. alguém intervenha em defesa do património nacional do Norte. A Linha do Tua é não apenas viável economicamente, como um projecto necessário, inserido na ligação do Porto ao Interior com efeito na circulação de mercadorias, de passageiros e no turismo. A sua destruição é uma agressão paisagística, cultural e turística inqualificável e, pior, irrecuperável. Afinal onde está a mentalidade de um desenvolvimento económico sustentado ambientalmente, consensual neste momento em toda a Europa? Onde está a nossa europeidade? Uma barragem a destruir a linha do Tua é um erro tão grande, como teria sido a destruição do parque arqueológico de Foz Côa que, infelizmente, ainda está tão atrasado em termos de rendabilização social, ou seja cultural e turística. E é, claro, mais uma seta contra o Norte que não é ouvido nem achado, ou se é, não se ouve nem se vê onde.

(Portugal Diário) 2008/03/27 17:45
Uma petição em defesa da linha do Tua e contra a construção da barragem de Foz Tua foi lançada esta quinta-feira na Internet por um movimento cívico que defende a classificação desta via férrea como monumento nacional, noticia a Lusa.
O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) pede, com esta iniciativa, apoio na luta pela preservação e desenvolvimento do último troço de caminho-de-ferro do Nordeste Transmontano.
A petição está disponível em http://www.petitiononline.com/tuaviva/petition.html e é dirigida aos presidentes da República e da Assembleia da República, Governo, presidente da Comissão Europeia e UNESCO.
A meio da tarde desta quinta-feira, contavam-se 48 assinaturas com alguns comentários anexos, a pedir para «salvar a linha do Tua» e que se «gaste dinheiro a recuperá-la e não a acabar com ela».
A iniciativa surge depois de ter sido conhecida a proposta da única concorrente, a EDP, à construção da barragem, com uma cota de 195 metros.
Para o Movimento, a barragem significará «a destruição do último caminho-de-ferro do distrito de Bragança e de olivais e vinha da Região Demarcada do Douro».
O MCLT entende que a criação de postos de trabalho será «nula por a mão-de-obra ser maioritariamente de fora da região».
Considera ainda que «a barragem constituirá mais um ponto de fuga de riqueza para fora da região porque as empresas que vão usufruir da construção e exploração não se encontram sedeadas nos concelhos transmontanos».

2 comentários:

Daniel Conde disse...

Obrigado pelo apoio!
Antes de ser membro do MCLT e de ter lançado e petição, sou um cidadão trasmontano, farto de ver a sua terra delapidada em prol de accionistas em Lisboa, e de ver a identidade de um país valer tanto quanto cascas de alho.

Espero que a voz do POVO seja mais activa que o silêncio e a conivência dos Judas das Câmaras do Tua, que vendem uma terra que não é sua, por 30 dinheiros e uma promessa falsa, que em outros lados do país já foi demonstrada como tal.

PintoRibeiro disse...

Divulgado.
Cumprimentos,