Fábricas já não pagam às Finanças e Segurança Social LEONOR MATIAS (DN) 6.2.2009
Encerramentos vão começar nos componentesA indústria automóvel vive dias negros. A quebra nas encomendas está a provocar uma verdadeira hecatombe nas fábricas de montagem automóvel que, por sua vez, estão a afectar duramente as empresas de componentes. "Há já empresas a falhar pagamentos às Finanças e à Segurança Social", revelou ao DN o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Para Pedro Valente de Almeida os encerramentos "vão começar".Até à data apenas a alemã TI Group, de Vendas Novas, encerrou a actividade em Portugal, mas teme-se que a Edscha, uma multinacional alemã que ontem pediu a falência, vá pelo mesmo caminho e feche as fábricas nas Vendas Novas. O responsável da AFIA diz que "é mais fácil aos estrangeiros encerrarem e despedirem que as empresas 100% portuguesas". E adianta que os empresários optam antes por "falhar os pagamentos ao Estado em vez de atrasar o pagamento dos salários".Em declarações ao DN, Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), garante que não está em "perspectiva o encerramento das fábricas automóveis instaladas em Portugal". Mas a verdade é que as notícias de despedimentos sucedem-se todos os dias, e só no sector dos componentes já se calcula a perda de dois mil postos de trabalho, afectando sobretudo os trabalhadores temporários. Na área da montagem, a Autoeuropa tem em curso a saída de 254 trabalhadores temporários, que vão entrar em formação durante um ano, mas não existem garantias de que irão regressar à fábrica. A Peugeot-Citroën é a fábrica que maior volume de trabalho reduziu - 400 postos de trabalho, também temporários.Fonte do sector adiantou ao DN, que o Plano de Apoio ao Sector Automóvel, aprovado pelo Governo, não está a ter a adesão que o ministro da Economia, Manuel Pinho, previa, porque "a adesão ao plano implica manter os trabalhadores nas empresas, e muitas delas o que pretendem é reduzir os seus quadros de pessoal".O presidente da AFIA apela ao "bom-senso". A associação vai lançar em breve, com o apoio da Associação Industrial de Portugal (AIP), um inquérito junto das empresas de componentes sobre a adesão ao plano de apoio. O sector automóvel é considerado um dos motores da economia portuguesa, só os componentes são responsáveis por um volume de negócios de 4,8 mil milhões de euros. Cerca de 80% da produção do sector destina-se à exportação, valor que sobe para 96,5% no caso da montagem automóvel. Espanha, Alemanha e França são os principais mercados de exportação nacionais.
Encerramentos vão começar nos componentesA indústria automóvel vive dias negros. A quebra nas encomendas está a provocar uma verdadeira hecatombe nas fábricas de montagem automóvel que, por sua vez, estão a afectar duramente as empresas de componentes. "Há já empresas a falhar pagamentos às Finanças e à Segurança Social", revelou ao DN o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Para Pedro Valente de Almeida os encerramentos "vão começar".Até à data apenas a alemã TI Group, de Vendas Novas, encerrou a actividade em Portugal, mas teme-se que a Edscha, uma multinacional alemã que ontem pediu a falência, vá pelo mesmo caminho e feche as fábricas nas Vendas Novas. O responsável da AFIA diz que "é mais fácil aos estrangeiros encerrarem e despedirem que as empresas 100% portuguesas". E adianta que os empresários optam antes por "falhar os pagamentos ao Estado em vez de atrasar o pagamento dos salários".Em declarações ao DN, Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), garante que não está em "perspectiva o encerramento das fábricas automóveis instaladas em Portugal". Mas a verdade é que as notícias de despedimentos sucedem-se todos os dias, e só no sector dos componentes já se calcula a perda de dois mil postos de trabalho, afectando sobretudo os trabalhadores temporários. Na área da montagem, a Autoeuropa tem em curso a saída de 254 trabalhadores temporários, que vão entrar em formação durante um ano, mas não existem garantias de que irão regressar à fábrica. A Peugeot-Citroën é a fábrica que maior volume de trabalho reduziu - 400 postos de trabalho, também temporários.Fonte do sector adiantou ao DN, que o Plano de Apoio ao Sector Automóvel, aprovado pelo Governo, não está a ter a adesão que o ministro da Economia, Manuel Pinho, previa, porque "a adesão ao plano implica manter os trabalhadores nas empresas, e muitas delas o que pretendem é reduzir os seus quadros de pessoal".O presidente da AFIA apela ao "bom-senso". A associação vai lançar em breve, com o apoio da Associação Industrial de Portugal (AIP), um inquérito junto das empresas de componentes sobre a adesão ao plano de apoio. O sector automóvel é considerado um dos motores da economia portuguesa, só os componentes são responsáveis por um volume de negócios de 4,8 mil milhões de euros. Cerca de 80% da produção do sector destina-se à exportação, valor que sobe para 96,5% no caso da montagem automóvel. Espanha, Alemanha e França são os principais mercados de exportação nacionais.
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