Estudo sobre as europeias dá perdas aos socialistas
(DN) 11.4.2009 Susete Francisco
Um estudo realizado por dois investigadores britânicos, especialistas na área de ciência política, prevê que o PS perca nas próximas eleições três eurodeputados, enquanto o PSD mantém os sete actuais (menos dois do que conseguiu em 2004, mas então em coligação com o CDS).
De acordo com este inquérito, CDU e CDS/PP deverão manter o mesmo número de assentos no Parlamento Europeu (dois), enquanto a previsão para o Bloco de Esquerda aponta também para dois eleitos, mais um do que actualmente.
O estudo abarca os 27 países da União Europeia. Não se trata de uma sondagem. Os autores, Simon Hix e Michael Marsh - que se têm dedicado ao estudo dos comportamentos eleitorais nas europeias - usaram as sondagens em anteriores eleições para o Parlamento Europeu, cruzando-as com resultados reais e considerando a situação específica de cada partido (por exemplo , se está no governo ou na oposição).
Os dois politólogos defendem que as sondagens tendem a sobre-estimar a votação nos partidos de poder, subestimando o apoio aos pequenos partidos assim como às formações anti-europeístas, pelo que desenvolveram um modelo estatístico que contempla vários factores.
Um dos quais não deixará necessariamente de reflectir-se nas eleições de 7 de Junho, que marcarão uma redução dos assentos no Parlamento Europeu - Portugal desce dos actuais 24 para 22 eurodeputados.
Nas últimas eleições europeias, em 2004, o PS foi o partido mais votado (44,5%), alcançando 12 lugares no hemiciclo europeu. O PSD, que então avançou em coligação com o CDS/PP, teve 33,2% dos votos - os sociais-democratas têm actualmente sete eurodeputados, enquanto os democratas-cristãos garantiram dois assentos. Seguiu-se a CDU, com dois eleitos (e uma votação de 9%) e o Bloco de Esquerda (4, 9%), que elegeu apenas o primeiro da lista.
Comparando com os resultados previstos pelo estudo dos dois investigadores britânicos, os socialistas serão agora o partido com a maior perda eleitoral, elegendo apenas até ao nono nome da lista de candidatos. Já os sociais-democratas ficariam com sete assentos no Parlamento Europeu (mantendo assim o número de eurodeputados, dado os dois lugares do CDS nos nove eleitos da coligação em 2004).
No âmbito do estudo, os dois investigadores britânicos prevêem ainda, considerando o conjunto dos 27, que os socialistas europeus têm poucas hipóteses de vir a eleger mais assentos para o Parlamento que o Partido Popular Europeu (que reúne os partidos sociais-democratas e conservadores dos vários países). Um cenário que, a concretizar-se, porá fim à polémica em torno do próximo presidente da Comissão Europeia.
(DN) 11.4.2009 Susete Francisco
Um estudo realizado por dois investigadores britânicos, especialistas na área de ciência política, prevê que o PS perca nas próximas eleições três eurodeputados, enquanto o PSD mantém os sete actuais (menos dois do que conseguiu em 2004, mas então em coligação com o CDS).
De acordo com este inquérito, CDU e CDS/PP deverão manter o mesmo número de assentos no Parlamento Europeu (dois), enquanto a previsão para o Bloco de Esquerda aponta também para dois eleitos, mais um do que actualmente.
O estudo abarca os 27 países da União Europeia. Não se trata de uma sondagem. Os autores, Simon Hix e Michael Marsh - que se têm dedicado ao estudo dos comportamentos eleitorais nas europeias - usaram as sondagens em anteriores eleições para o Parlamento Europeu, cruzando-as com resultados reais e considerando a situação específica de cada partido (por exemplo , se está no governo ou na oposição).
Os dois politólogos defendem que as sondagens tendem a sobre-estimar a votação nos partidos de poder, subestimando o apoio aos pequenos partidos assim como às formações anti-europeístas, pelo que desenvolveram um modelo estatístico que contempla vários factores.
Um dos quais não deixará necessariamente de reflectir-se nas eleições de 7 de Junho, que marcarão uma redução dos assentos no Parlamento Europeu - Portugal desce dos actuais 24 para 22 eurodeputados.
Nas últimas eleições europeias, em 2004, o PS foi o partido mais votado (44,5%), alcançando 12 lugares no hemiciclo europeu. O PSD, que então avançou em coligação com o CDS/PP, teve 33,2% dos votos - os sociais-democratas têm actualmente sete eurodeputados, enquanto os democratas-cristãos garantiram dois assentos. Seguiu-se a CDU, com dois eleitos (e uma votação de 9%) e o Bloco de Esquerda (4, 9%), que elegeu apenas o primeiro da lista.
Comparando com os resultados previstos pelo estudo dos dois investigadores britânicos, os socialistas serão agora o partido com a maior perda eleitoral, elegendo apenas até ao nono nome da lista de candidatos. Já os sociais-democratas ficariam com sete assentos no Parlamento Europeu (mantendo assim o número de eurodeputados, dado os dois lugares do CDS nos nove eleitos da coligação em 2004).
No âmbito do estudo, os dois investigadores britânicos prevêem ainda, considerando o conjunto dos 27, que os socialistas europeus têm poucas hipóteses de vir a eleger mais assentos para o Parlamento que o Partido Popular Europeu (que reúne os partidos sociais-democratas e conservadores dos vários países). Um cenário que, a concretizar-se, porá fim à polémica em torno do próximo presidente da Comissão Europeia.
1 comentário:
E sendo Manuela Ferreira Leite Cabeça de Lista ao Parlamento Europeu, dá um Golpe Politico ao PS...com reflexos nas Legislativas e falta saber como vai reagir o PR sobre, se as Autarquicas serão antes ou depois das Legislativas...vamos ver.
O PS quiz ter Sol na Eira e Chuva no Nabal...pode ser que engane, aliás, já se enganou com Vital Moreira...
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