Farmácia do Hospital de Santa Maria espera atingir 17 milhões de euros de facturação anual
Um importante passo em frente num caminho correcto... O regime unidose devia generalizar-se a todas as farmácias; a abertura de farmácias devia ser livre, com mero condicionamento técnico, e não subjugada por nenhuma contingentação corporativa que transforma o negócio do comércio farmacêutico num negócio mafioso de alvarás, contra a livre concorrência e os interesses dos cidadaos, situação que se mantém, resultante da acção de lóbis secretos e discretos dentro dos grandes partidos (PB).
Um importante passo em frente num caminho correcto... O regime unidose devia generalizar-se a todas as farmácias; a abertura de farmácias devia ser livre, com mero condicionamento técnico, e não subjugada por nenhuma contingentação corporativa que transforma o negócio do comércio farmacêutico num negócio mafioso de alvarás, contra a livre concorrência e os interesses dos cidadaos, situação que se mantém, resultante da acção de lóbis secretos e discretos dentro dos grandes partidos (PB).
15.04.2009, Alexandra Campos
Estimativas são da ministra da Saúde, que ontem se enganou nos números. Empresa vencedora do concurso é proprietária de uma farmácia de aldeia
As estimativas são da ministra da Saúde, Ana Jorge: deverá ter pelo menos 1500 clientes por dia e uma facturação anual da ordem dos 17 milhões de euros a farmácia de venda directa do Hospital de Santa Maria que ontem foi inaugurada oficialmente pelo primeiro-ministro e vai estar aberta 24 sobre 24 horas, 365 dias por ano, junto à urgência central daquela unidade de saúde, permitindo que os doentes aviem as receitas logo após as consultas. Será a maior farmácia do país e volta a gerar protestos da Ordem dos Farmacêuticos (OF) que teme, em comunicado, pela sobrevivência das "30 farmácias" que existem no raio de dois quilómetros à volta do hospital.O curioso é que a concessão de exploração (por cinco anos) foi ganha por uma pequena empresa proprietária de uma farmácia numa aldeia, Praia do Ribatejo (Vila Nova da Barquinha), que ofereceu as melhores condições para o Santa Maria: o hospital vai receber uma renda anual de 600 mil euros e 22 por cento da facturação. Foi um processo atribulado que mereceu a interposição de duas providências cautelares por cerca de 50 farmácias nas imediações do Santa Maria. Ontem, o Bloco de Esquerda voltou a estranhar que o concurso tenha sido ganho por uma pequena farmácia. Mas a controvérsia não é de agora. Quando o jornal O Ribatejo foi conhecer a farmácia vencedora encontrou o gerente, Paulo Diogo, 39 anos, ainda surpreendido com a escolha da sua proposta, em Outubro de 2007. O farmacêutico negou estar a servir de "testa de ferro" de grupos económicos, como o BE insinuara. Mas, na altura, um dos sócios da Sociedade Central de Farmacêutica Hospitalar (com 30 farmácias) admitiu que a sociedade "ajudou" pequenos proprietários a concorrer à instalação de farmácias hospitalares. Ao PÚBLICO, Paulo Diogo disse ontem que só conseguiu suportar o investimento porque vendeu uma das duas farmácias que detinha, apesar de acreditar que vai conseguir um lucro de 400 mil euros no primeiro ano. A farmácia do Hospital de Santa Maria é a terceira farmácia hospitalar a abrir em Portugal, depois de Leiria, em Setembro de 2008 e de Coimbra. As próximas são as de Faro, Penafiel e Hospital de S. João (Porto). Ontem, Ana Jorge, depois de se enganar nos números - disse que a nova farmácia vai pagar 600 mil euros de renda "mensais" ao Santa Maria -, anunciou que até ao final do ano vai finalmente avançar uma promessa não cumprida - a venda de medicamentos em unidose - mas em moldes diferentes, começando com os doentes operados em cirurgia de ambulatório. O primeiro-ministro, José Sócrates, expressou a sua satisfação pela actual existência de "783 postos de venda de medicamentos fora das farmácias" e elencou outras medidas para facilitar o acesso, como a autorização de venda de medicamentos pela Internet e o serviço de entrega ao domicílio. Desde há um ano, adiantou a Lusa, há 17 farmácias autorizadas a vender fármacos pela Internet e 223 podem fazer entrega ao domicílio.
Estimativas são da ministra da Saúde, que ontem se enganou nos números. Empresa vencedora do concurso é proprietária de uma farmácia de aldeia
As estimativas são da ministra da Saúde, Ana Jorge: deverá ter pelo menos 1500 clientes por dia e uma facturação anual da ordem dos 17 milhões de euros a farmácia de venda directa do Hospital de Santa Maria que ontem foi inaugurada oficialmente pelo primeiro-ministro e vai estar aberta 24 sobre 24 horas, 365 dias por ano, junto à urgência central daquela unidade de saúde, permitindo que os doentes aviem as receitas logo após as consultas. Será a maior farmácia do país e volta a gerar protestos da Ordem dos Farmacêuticos (OF) que teme, em comunicado, pela sobrevivência das "30 farmácias" que existem no raio de dois quilómetros à volta do hospital.O curioso é que a concessão de exploração (por cinco anos) foi ganha por uma pequena empresa proprietária de uma farmácia numa aldeia, Praia do Ribatejo (Vila Nova da Barquinha), que ofereceu as melhores condições para o Santa Maria: o hospital vai receber uma renda anual de 600 mil euros e 22 por cento da facturação. Foi um processo atribulado que mereceu a interposição de duas providências cautelares por cerca de 50 farmácias nas imediações do Santa Maria. Ontem, o Bloco de Esquerda voltou a estranhar que o concurso tenha sido ganho por uma pequena farmácia. Mas a controvérsia não é de agora. Quando o jornal O Ribatejo foi conhecer a farmácia vencedora encontrou o gerente, Paulo Diogo, 39 anos, ainda surpreendido com a escolha da sua proposta, em Outubro de 2007. O farmacêutico negou estar a servir de "testa de ferro" de grupos económicos, como o BE insinuara. Mas, na altura, um dos sócios da Sociedade Central de Farmacêutica Hospitalar (com 30 farmácias) admitiu que a sociedade "ajudou" pequenos proprietários a concorrer à instalação de farmácias hospitalares. Ao PÚBLICO, Paulo Diogo disse ontem que só conseguiu suportar o investimento porque vendeu uma das duas farmácias que detinha, apesar de acreditar que vai conseguir um lucro de 400 mil euros no primeiro ano. A farmácia do Hospital de Santa Maria é a terceira farmácia hospitalar a abrir em Portugal, depois de Leiria, em Setembro de 2008 e de Coimbra. As próximas são as de Faro, Penafiel e Hospital de S. João (Porto). Ontem, Ana Jorge, depois de se enganar nos números - disse que a nova farmácia vai pagar 600 mil euros de renda "mensais" ao Santa Maria -, anunciou que até ao final do ano vai finalmente avançar uma promessa não cumprida - a venda de medicamentos em unidose - mas em moldes diferentes, começando com os doentes operados em cirurgia de ambulatório. O primeiro-ministro, José Sócrates, expressou a sua satisfação pela actual existência de "783 postos de venda de medicamentos fora das farmácias" e elencou outras medidas para facilitar o acesso, como a autorização de venda de medicamentos pela Internet e o serviço de entrega ao domicílio. Desde há um ano, adiantou a Lusa, há 17 farmácias autorizadas a vender fármacos pela Internet e 223 podem fazer entrega ao domicílio.
2 comentários:
Francisco Assis disse, (em entrevista a um jornal)que não seria candidato na próxima lista lista ao P.E.! com o argumento que queria voltar à politica activa!! Depois, com declarações como esta, querem que a abstenção diminua.Se fosse eu o jornalista que recolheu o depoimento, teria-o questionado perguntando-lhe, o que é que andou a fazer nos últimos 5 anos? Consta que vai comprar casa em Lisboa.
Já toda a gente sabe como actua o gerente da Farmacia Santa Maria, Paulo Diogo, ele simplesmente não paga aos seus trabalhadores, escravizam-nos com extra-horas não pagas, não paga o prometido ao hospital e assim é fácil comprar grandes carros... está cheio de queixas na ordem dos farmaceuticos e no infarmed e ninguem diz nada.. pois está "protegido" por uma decisão política! Este país é triste! Deixem apodrecer quem faz mal a este país, lá é que eu não compro NADA!
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