quinta-feira, 9 de abril de 2009

Metro do Porto: Elisa Ferreira quer estudos sobre todas as hipóteses do traçado na linha do Campo Alegre
16h50m 09 Abr (Lusa)
A candidata do PS à Câmara do Porto, Elisa Ferreira, quer que a Empresa do Metro do Porto (EMP) apresente estudos sobre todas as hipóteses de traçado da linha de metro no Campo Alegre, para acabar com o "discurso emocional" sobre o investimento.
"A Empresa do Metro deve apresentar as diferentes variantes do projecto, estudando a linha toda enterrada, à superfície e as opções intermédias, clarificando os custos de investimento, os valores estimados de procura, os aspectos ambientais e a intermodalidade", sustentou hoje Elisa Ferreira, em declarações à agência Lusa.
A posição da candidata do PS surge numa altura em que se multiplicam as vozes favoráveis ao enterramento da linha, nomeadamente da comissão nomeada pela Câmara do Porto para o acompanhamento do projecto, por oposição ao que defende a EMP.
Apesar de estar mais "inclinada" para a opção do metro enterrado, Elisa Ferreira rejeita entrar "numa discussão emocional" sobre esta matéria.
"As opiniões que tenho ouvido não justificam as suas opções de forma clara. E não me parece o melhor método enveredar por uma emocionalidade excessiva, quando temos tudo para decidir com uma base racional e com uma análise de custos", afirma.
Em causa está, na perspectiva de Elisa Ferreira, um investimento avultado e um projecto que pode ser definido com calma.
"Um projecto de mais de 300 milhões de euros merece um estudo calmo, e não emocional. O projecto não vai arrancar nos próximos três, quatro anos. Não é um processo para discutir num estado de emoção total. Não me parece a maneira mais correcta de fazer grandes investimentos públicos", observou.
Assim, diz Elisa Ferreira, apenas um estudo completo sobre todas as alternativas permitirá discutir o tema "com todos os dados em cima da mesa".
A candidata defende, por isso, que a EMP estude todas as alternativas ao pormenor.
"Convém que o projecto seja bem feito, e por isso tem de ser cuidadosamente analisado", sustenta.
A comissão de acompanhamento do projecto criada pela Câmara do Porto, que inclui o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, o director municipal do Urbanismo, José Carapeto, e o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, já afirmou publicamente ser contra o plano da EMP em colocar o metro à superfície entre Matosinhos e o bairro das Condominhas.
A EMP pretende que o metro atravesse o Parque da Cidade em viaduto, enterrando a linha para passar por baixo da Avenida da Boavista, voltando depois à superfície na futura Avenida Nun' Álvares, que desembocará na Praça do Império.
Aqui é que começa a divergência da Comissão de Acompanhamento com a proposta da EMP, já que o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Lino Ferreira, considera que "tratando-se de uma nova avenida em zona nobre da cidade", não é admissível que a solução proposta provoque tantos constrangimentos à circulação automóvel e mesmo de peões, pondo mesmo em causa a construção de ciclovias".
Mas onde a situação se complica ainda mais é a partir da Praça do Império, que a linha atravessará, para seguir depois pela Rua Diogo Botelho, até à zona do Fluvial, que também atravessa até voltar a enterrar, no início da Rua do Campo Alegre.
Em todo este troço, a Comissão de Acompanhamento prevê "problemas gravíssimos de trânsito e segurança", dado tratar-se de uma zona muito povoada, com várias escolas - entre as quais a Universidade Católica com milhares de alunos.
O vereador do PS, Francisco Assis, em declarações ao jornal Público, assumiu esta semana ser frontalmente contra a passagem do metro à superfície naquela linha.

7 comentários:

Anónimo disse...

Finalmente falou. Será por ter sido encerrada a lista da Europa? Pelo Assis ter falado antes? Falou, mas disse nada. Mais estudos! Isto não é posição nenhuma. O PS arranjou uma nãocandidata.E o resto? O Renato? O Orlandinho? Também querem mais estudos. Serão precisos estudos para perceber que o Metro não pode passar à superfície na Católica e na Pasteleira? A empesa do Metro, nomeada pelo governo está a fazer o trabalhinho que é entreter o pessoal com discussão para nada se fazer no Porto. A pouca massa que há, é para Lisboa, o resto é fumaça. E o Porto não vai a sítio enquanto não for Porto mesmo!

Anónimo disse...

Tristeza não tem uma ideia para o Porto

Anónimo disse...

Para que serve à cidade candidato que não tem ideias?!!!

Pedro Aroso disse...

Renovo o convite que fiz à Dra. Elisa Ferreira:
http://www.porto.taf.net/dp/node/5096

Apareça, dê a cara e diga aquilo que pensa. Refugiar-se atrás de respostas "politicamente correctas", à boa maneira do Eng. António Guterres, é o caminho mais curto para levar um cartão vermelho dos eleitores.

Pedro Aroso

M. Machado disse...

Em relação à parte inicial do que diz, de acordo; só que está enganado em relação ao carácter político do Eng. Guterres.
A verdade é que Guterres respeitava as competências autárquicas, locais e regionais, mesmo que, na apreciação do Arq. Pedro Aroso, o fizese pelas más razões.Quem nos dera no tempo de Guterres!
O caso vertente demonstra o erro, ou mesmo crime que significou o assalto à maioria autárquica portuense da Metro,em favor da sua centralização a favor do Governo central, contra o ponto de vista do F.Assis, do P. Baptista e da maioria dos socialistas portuenses, embora com a cobertura dos serventuários da capital como o R.Sampaio e todos os seus muchachos do Secretariado do Porto a viverem em Lisboa e ao serviço do centralismo. As consequências estão à vista. A Empresa do Metro do Porto, actualmente, não passa de uma delegação do poder central para que no Metro do Porto se faça (ou seja se gaste) o menos possível, poupança necessária para a prosápia dos grandes investimentos públicos para o que, todavia, não há dinheiro.

Anónimo disse...

Foi no tempo do Guterres que o Metro avançou. A dinâmica não foi sua, foi sobrtetudo do F. Gomes. mas até aí eram quase só projectos e promessas. Agora são só golpes e embustes.

Anónimo disse...

A verdade é que a Metro nacionalizada pelo Estado Central está em falência técnica e todas as tangas à volta do Campo Alegre é para criar uma polémica em vez de fazerem obras para que não têm dinheiro, pois o pouco que há está todo canalizado para as Frentes Ribeironhas, Aeroportos, TGV er quejandos. A Metro foi arrancada ao Porto para ser destruída.