(JN) 14.4.2009
As eleições europeias de Junho poderão registar uma elevada abstenção dado que apenas 34 por cento dos cidadãos se dizem dispostos a votar, de acordo com uma sondagem divulgada esta terça-feira.
Segundo a sondagem Eurobarómetro, realizada para o Parlamento Europeu entre meados de Janeiro e meados de Fevereiro junto de 27.218 cidadãos dos 27 países membros da União Europeia, 53 por cento dos inquiridos referiram não ter interesse pelas eleições europeias.
Cerca de 62 por cento referiram que o seu voto não vai mudar nada e 55 por cento dizem que o Parlamento Europeu não trata muitos assuntos que lhes digam respeito.
A indiferença dos eleitores aumentou desde um outro estudo realizado no final de 2008 no qual 37 por cento se diziam prontos a votar.
Apesar de ter sido realizada a cinco meses das eleições e de não permitir fazer deduções sobre taxas de participação, estes dados são preocupantes para a Comissão e para o Parlamento Europeu pois traduzem "uma baixa significativa de confiança nas instituições", dizem os responsáveis pelo estudo nas conclusões.
A confiança no Parlamento Europeu caiu seis pontos, na Comissão cinco pontos e no Banco Central Europeu nove pontos, segundo a sondagem.
Cinquenta e sete por cento das pessoas questionadas colocaram o desemprego no topo da lista das suas preocupações, seguindo-se a inflação e o poder de compra
Segundo a sondagem Eurobarómetro, realizada para o Parlamento Europeu entre meados de Janeiro e meados de Fevereiro junto de 27.218 cidadãos dos 27 países membros da União Europeia, 53 por cento dos inquiridos referiram não ter interesse pelas eleições europeias.
Cerca de 62 por cento referiram que o seu voto não vai mudar nada e 55 por cento dizem que o Parlamento Europeu não trata muitos assuntos que lhes digam respeito.
A indiferença dos eleitores aumentou desde um outro estudo realizado no final de 2008 no qual 37 por cento se diziam prontos a votar.
Apesar de ter sido realizada a cinco meses das eleições e de não permitir fazer deduções sobre taxas de participação, estes dados são preocupantes para a Comissão e para o Parlamento Europeu pois traduzem "uma baixa significativa de confiança nas instituições", dizem os responsáveis pelo estudo nas conclusões.
A confiança no Parlamento Europeu caiu seis pontos, na Comissão cinco pontos e no Banco Central Europeu nove pontos, segundo a sondagem.
Cinquenta e sete por cento das pessoas questionadas colocaram o desemprego no topo da lista das suas preocupações, seguindo-se a inflação e o poder de compra
3 comentários:
Não admira que assim aconteça! A União Europeia não teve um líder à altura dos desafios da globalização. Numa lógica de liberalismo financeiro radical, onde só conta o lucro, sem o enquadrar este num objectivo de progresso e de melhorar as condições de vida dos europeus, permitiu a deslocação de empresas estratégicas do desenvolvimento da Europa para a Ásia, onde a mão de obra era explorada de forma desumana e sem regras.
Os europeus não souberam defender os seus interesses, nem os direitos humanos que tanto apregoa. Não foram capazes de impor uma globalização que respeitasse regras, se fizesse em igualdade de circunstâncias e numa concorrência leal. Ficaram, por isso, sem poder competir com países onde não havia sindicatos, nem respeito pelos direitos humanos e isso levou à deslocação de empresas e de um now-how estratégicos, constituindo um dos factores da grave crise que atravessamos e deixa-nos sem horizontes para o Futuro.
Mas o nosso primeiro, mais preocupado com imitar o estilo berlusconiano, acha que o melhor critério para escolher o Presidente da Comissão europeia é o do galo de Barcelos: é português e isso basta!
Em Portugal ainda vão ser menos. Senhores como Vital moreira ou Paulo Rangel que dizem aos portugueses? E em que é que o Parlamento Europeu afectou a vida dos portugueses? E onde está o espírito europeu, seja lá isso o que for? A União não tem sido mais do que uma junção de nacionalismos e não um novo nacionalismo (no sentido defensivo, bem entendido)como seria no projecto federalista que tem vindo a ser destruído pelas cliques no poder político nacionais. Mas para o PS e o PSD estas eleições são uma pool-position (é assim?) das legislativas-autárquicas e sobretudo das legislativas. O PS teve 44% há cinco anos, mantém-nos, ou baixa para baixo dos 40%? O rosto cadavérico do PSD segura a tendência fraquinha para subir um bocadinho, o suficiente para tirar maioria absoluta ao PS, ou não?
E o mais importante: confirma-se ou não a subida dos três partidos mais pequenos,BE, PP e PC, todos eles com cabeças de lista mais comunicativos e populares do que os do PS-PSD, a cassete de feira da Ilda a calhar na situação actual, a verve policial do Nuno Melo também, a radicalidade de profundidade do Miguel Portas também( É ele, não é)?
Claro que os vencedores vão sublinhar o resultado, os perdedores vão recusar ilacções pois dirão que nada se pode concluir duma eleição com tanta abstenção.
Mas um mau resultado do PS,que o será sempre se tiver muito menos votos do que em 2004 por mais que disfarce, impedirá o arranque em pleno para Setembro-Outubro, colocará mais gente no encolho, agravará as perspectivas de dissensão interna a seguir a Outubro, e entregará as campanhas aos profissionais, sendo pois mau presságio.
e prejudicará a Dra. Elisa Ferreira...só um Milagre, par ganhar a Camara do Porto.
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