CEP gera desconforto entre os autarcas do Norte
(Grande Porto)Isabel Cristina Costa 23-10-2009
Não são apenas os trabalhadores da Associação Empresarial de Portugal (AEP) a tremer com a fusão com a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e o renascimento da Confederação Empresarial de Portugal (CEP). O processo tem gerado muitas dúvidas e o presidente da AEP já veio lamentar as declarações “infelizes” do presidente da Câmara Municipal do Porto. Para Rui Rio, deslocar a AEP para Lisboa seria “grave e desmoralizador”. E José António Barros “lamenta profundamente” as tiradas do autarca porque "demonstram um grande desconhecimento do associativismo empresarial". Só que Rui Rio não está sozinho. Também Guilherme Pinto espera que a fusão entre a AEP e a AIP “não traga inconevientes ao Norte”. Se bem que “sempre que o Norte perde alguma autonomia é mau”, respondeu Guilherme Pinto ao GRANDE PORTO. O presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, concelho onde está instalada a Exponor e o edifício de serviços da AEP, interroga-se quanto ao futuro do parque de exposições perante o novo cenário. No entanto, diz confiar em José António Barros, com quem espera manter o “diálogo de abertura” e as “excelentes relações”. E contou que José António Barros lhe deu os parabéns pela recente vitória nas eleições autárquicas e por mais um mandato de quatro anos à frente da autarquia matosinhense. Apesar de desconhecer o processo de fusão entre a associação empresarial do Porto e a congénere de Lisno, Guilherme Pinto espera que o tema suba à Junta Metropolitana do Porto. E que acredita que José António Barros não o fez ainda por causa das recentes eleições autárquicas. Casório de arranjo Entretanto, o grupo municipal do Bloco de Esquerda veio a público acusar Rui Rio de ter compactuado com o “casamento de conveniência” entre a AEP e a AIP. “A AEP leva como dote o Pavilhão Rosa Mota e se o Porto não se mexer, a cidade vai ficar sem o Pavilhão Rosa Mota e os jardins do Palácio de Cristal, pelo menos durante décadas. É que Rui Rio aprovou um projecto que dá 80 por cento do capital social da entidade gestora daqueles equipamentos ao consórcio formado pela Parque Expo (com sede em Lisboa), Pavilhão Atlântico (com sede em Lisboa) e AEP (agora CEP) também com sede em Lisboa”, adiantam os bloquistas num comunicado enviado à comunicação social. Percebe-se que o presidente da AEP, José António Barros, terá que realizar alguns encontros para esclarer dúvidas. Ao GRANDE PORTO, o presidente da AEP fez questão de deixar claro que “a AEP manterá operacionais e na sua actual localização a Exponor, o Europarque e todas as outras valências da sua multifacetada actividade a favor das empresas, bem como outros projectos em curso, de grande relevância para a cidade e a região”. José António Barros explica ainda que “o que estará sedeado em Lisboa será a CEP, que como indica o próprio nome, não é do Porto nem de Lisboa, mas sim de Portugal”. E continua: “Esta, por sua vez – e porque será a maior, mais forte e mais representativa – terá sede onde actualmente têm sede todas as confederações empresariais e sindicais portuguesas, em função da sua missão, vocação e necessidades. No Porto, e em instalações da AEP, ficará a delegação principal desta nova instituição, a partir da qual os associados da AEP e demais entidades filiadas terão novo e efectivo apoio nesta área”.
(Grande Porto)Isabel Cristina Costa 23-10-2009
Não são apenas os trabalhadores da Associação Empresarial de Portugal (AEP) a tremer com a fusão com a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e o renascimento da Confederação Empresarial de Portugal (CEP). O processo tem gerado muitas dúvidas e o presidente da AEP já veio lamentar as declarações “infelizes” do presidente da Câmara Municipal do Porto. Para Rui Rio, deslocar a AEP para Lisboa seria “grave e desmoralizador”. E José António Barros “lamenta profundamente” as tiradas do autarca porque "demonstram um grande desconhecimento do associativismo empresarial". Só que Rui Rio não está sozinho. Também Guilherme Pinto espera que a fusão entre a AEP e a AIP “não traga inconevientes ao Norte”. Se bem que “sempre que o Norte perde alguma autonomia é mau”, respondeu Guilherme Pinto ao GRANDE PORTO. O presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, concelho onde está instalada a Exponor e o edifício de serviços da AEP, interroga-se quanto ao futuro do parque de exposições perante o novo cenário. No entanto, diz confiar em José António Barros, com quem espera manter o “diálogo de abertura” e as “excelentes relações”. E contou que José António Barros lhe deu os parabéns pela recente vitória nas eleições autárquicas e por mais um mandato de quatro anos à frente da autarquia matosinhense. Apesar de desconhecer o processo de fusão entre a associação empresarial do Porto e a congénere de Lisno, Guilherme Pinto espera que o tema suba à Junta Metropolitana do Porto. E que acredita que José António Barros não o fez ainda por causa das recentes eleições autárquicas. Casório de arranjo Entretanto, o grupo municipal do Bloco de Esquerda veio a público acusar Rui Rio de ter compactuado com o “casamento de conveniência” entre a AEP e a AIP. “A AEP leva como dote o Pavilhão Rosa Mota e se o Porto não se mexer, a cidade vai ficar sem o Pavilhão Rosa Mota e os jardins do Palácio de Cristal, pelo menos durante décadas. É que Rui Rio aprovou um projecto que dá 80 por cento do capital social da entidade gestora daqueles equipamentos ao consórcio formado pela Parque Expo (com sede em Lisboa), Pavilhão Atlântico (com sede em Lisboa) e AEP (agora CEP) também com sede em Lisboa”, adiantam os bloquistas num comunicado enviado à comunicação social. Percebe-se que o presidente da AEP, José António Barros, terá que realizar alguns encontros para esclarer dúvidas. Ao GRANDE PORTO, o presidente da AEP fez questão de deixar claro que “a AEP manterá operacionais e na sua actual localização a Exponor, o Europarque e todas as outras valências da sua multifacetada actividade a favor das empresas, bem como outros projectos em curso, de grande relevância para a cidade e a região”. José António Barros explica ainda que “o que estará sedeado em Lisboa será a CEP, que como indica o próprio nome, não é do Porto nem de Lisboa, mas sim de Portugal”. E continua: “Esta, por sua vez – e porque será a maior, mais forte e mais representativa – terá sede onde actualmente têm sede todas as confederações empresariais e sindicais portuguesas, em função da sua missão, vocação e necessidades. No Porto, e em instalações da AEP, ficará a delegação principal desta nova instituição, a partir da qual os associados da AEP e demais entidades filiadas terão novo e efectivo apoio nesta área”.
Sem comentários:
Enviar um comentário