O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 29,1 por cento em Setembro em relação ao mesmo mês do ano passado e aumentou 1,7 por cento face a Agosto, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). No final de Setembro, encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e das Regiões Autónomas 510.356 desempregados, mais 115.113 indivíduos do que há um ano atrás. Face a Agosto, o aumento foi de 1,7 por cento, o que representa um acréscimo de 8.693 inscritos. Para o aumento homólogo do número de desempregados inscritos - uma tendência que se mantém desde Outubro de 2008 - contribuíram sobretudo as subidas do desemprego entre os homens (mais 46,2 por cento).Em termos etários, o desemprego tanto subiu entre os jovens (mais 29,2 por cento por cento) como entre os adultos (mais 29,1 por cento).A procura de um novo emprego - que justificou em Setembro o registo de 91,7 por cento dos desempregados - aumentou 30,9 por cento face ao mês homólogo de 2008, enquanto a procura do primeiro emprego subiu 12,2 por cento.De acordo com a análise dos técnicos do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, mas os aumentos percentuais mais elevados verificaram-se nos 2º e 3º ciclo do ensino básico e no secundário, com uma subida de 35,9 por cento, e de 32,4 por cento e 36,9 por cento, respectivamente.O aumento do desemprego foi mais acentuado nas situações de curta duração pois os registados há menos de um ano tiveram um aumento de 40,6 por cento em termos homólogos.O aumento do desemprego fez-se sentir nos diferentes ramos de actividade económica, destacando-se, com os mais acentuados acréscimos percentuais, a subida de 71 por cento no sector da construção e de 58,9 por cento na indústria da madeira e da cortiça.Em termos profissionais, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o mais acentuado aumento do desemprego verificou-se no grupo “operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil”, com mais 88,8 por cento, refere o IEFP.O número de inscritos devido ao “fim de trabalho não permanente” - que, de acordo com o IEFP, é o principal motivo de inscrição de desempregados - representou 42,4 por cento das inscrições efectuadas em Setembro nos centros de emprego do Continente.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
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