(JN) 5.10.09
Vamos ter eleições autárquicas no próximo domingo. É preciso escolher, de forma consciente, em quem votar. Para isso seria preciso saber o que pretendem e o que propõe os candidatos. Só que não é esse o propósito de uma campanha eleitoral. Ao que se assiste é a uma espécie de loucura circense, com muita gritaria, megafones, bandeiras, comentários às vezes palermas e acções de compra de voto às vezes boçais.
Lê-se o jornal, vê-se televisão, ouve-se rádio... e o que fica na memória é Elisa Ferreira a referir-se ao seu emprego de eurodeputada como uma gamela; é Valentim Loureiro a entregar pessoalmente, na Câmara de Gondomar, os convites para o espectáculo de Tony Carreira; é Isaltino Morais, condenado a uma pena de sete anos de cadeia, de peito feito para mais uma vitória; é a sucessão de octogenárias e nonagenárias candidatas às freguesias do Portugal profundo que desfilam como se fossem animais de circo. A mensagem não interessa, importante é a imagem do candidato, mesmo (ou sobretudo) que já não tenha dentes, probidade, escrúpulos ou sensatez (a ordem não é aleatória, mas é inversa).
Discussão séria há pouca porque, pelos vistos, seriedade e votos não se cruzam. Como aliás admitiu explicitamente Rui Rio, autor da única proposta digna desse nome nesta campanha eleitoral autárquica: redução dos limites de endividamento nas autarquias e mudança radical do seu financiamento, acabando de vez com a dependência suicida e corruptora da construção civil. Ninguém apoiou, ninguém contestou. Porque uma campanha não serve para debater, serve para comprar votos.
Lê-se o jornal, vê-se televisão, ouve-se rádio... e o que fica na memória é Elisa Ferreira a referir-se ao seu emprego de eurodeputada como uma gamela; é Valentim Loureiro a entregar pessoalmente, na Câmara de Gondomar, os convites para o espectáculo de Tony Carreira; é Isaltino Morais, condenado a uma pena de sete anos de cadeia, de peito feito para mais uma vitória; é a sucessão de octogenárias e nonagenárias candidatas às freguesias do Portugal profundo que desfilam como se fossem animais de circo. A mensagem não interessa, importante é a imagem do candidato, mesmo (ou sobretudo) que já não tenha dentes, probidade, escrúpulos ou sensatez (a ordem não é aleatória, mas é inversa).
Discussão séria há pouca porque, pelos vistos, seriedade e votos não se cruzam. Como aliás admitiu explicitamente Rui Rio, autor da única proposta digna desse nome nesta campanha eleitoral autárquica: redução dos limites de endividamento nas autarquias e mudança radical do seu financiamento, acabando de vez com a dependência suicida e corruptora da construção civil. Ninguém apoiou, ninguém contestou. Porque uma campanha não serve para debater, serve para comprar votos.
1 comentário:
Infelizmente, é o miserável País que temos!
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