MATOSINHOS
Subsídios "à boca das urnas" revoltam oposição
(JN) 7.10.09 HUGO SILVA
Aprovadas ajudas que superam o meio milhão de euros
A Câmara de Matosinhos aprovou a distribuição de mais de meio milhão de euros em subsídios, a cinco dias das eleições. A oposição diz que se trata de uma atitude "inqualificável" e que revela "descaramento".
Para agudizar as críticas da coligação PSD/PP e da CDU, a Autarquia também aprovou a abertura de concurso para a reabilitação da quatro bairros sociais. A oposição não contesta a necessidade das obras nem dos apoios financeiros a cerca de duas dezenas de instituições do concelho, mas criticam duramente o "timing" escolhido pela maioria socialista. PSD/PP e CDU acusam o presidente da Câmara e candidato a novo mandato, Guilherme Pinto, de estar a tentar retirar dividendos eleitorais das decisões, tomadas na última reunião do actual Executivo, a cinco dias das eleições autárquicas.
"Não somos contra os subsídios, que apoiam instituições importantes para a população. Mas nada justifica que as ajudas sejam agora entregues", sublinhou Nélson Cardoso, do PSD, referindo que os apoios deviam ter sido aprovados mais cedo. O social-democrata acusa os socialistas de terem premeditado a votação dos subsídios "em cima das eleições". "É um bodo aos pobres eleitoral", disparou Honório Novo, da CDU, salvaguardando que também não questiona a necessidade dos subsídios. Aliás, CDU, PSD e CDS votaram a favor dos apoios e das obras nos bairros, embora tenham entregue declarações de voto a criticar a altura escolhida pela maioria socialista.
"Os concursos para as obras nos bairros deviam ter sido lançados no início do mandato, não agora", sublinhou Honório Novo.
"Há um processo que já data de Maio passado. Como é possível fazer esperar as pessoas pelas obras até agora?", questionou, por sua vez, Nélson Cardoso.
No habitual encontro com os jornalistas no final da sessão privada da Câmara, Guilherme Pinto tinha desvalorizado a atribuição dos subsídios. Lembrou que ao longo de todo o mandato foram sendo atribuídas ajudas e descartou qualquer tese de eleitoralismo neste pacote de apoios.
No que diz respeito às obras em quatro bairros (Guarda I e II, Biquinha, Fundação Salazar e Cruz de Pau), que totalizam cerca de dois milhões de euros, o presidente explicou que foi preciso vencer os trâmites processuais do Prohabita, só agora concluídos.
(JN) 7.10.09 HUGO SILVA
Aprovadas ajudas que superam o meio milhão de euros
A Câmara de Matosinhos aprovou a distribuição de mais de meio milhão de euros em subsídios, a cinco dias das eleições. A oposição diz que se trata de uma atitude "inqualificável" e que revela "descaramento".
Para agudizar as críticas da coligação PSD/PP e da CDU, a Autarquia também aprovou a abertura de concurso para a reabilitação da quatro bairros sociais. A oposição não contesta a necessidade das obras nem dos apoios financeiros a cerca de duas dezenas de instituições do concelho, mas criticam duramente o "timing" escolhido pela maioria socialista. PSD/PP e CDU acusam o presidente da Câmara e candidato a novo mandato, Guilherme Pinto, de estar a tentar retirar dividendos eleitorais das decisões, tomadas na última reunião do actual Executivo, a cinco dias das eleições autárquicas.
"Não somos contra os subsídios, que apoiam instituições importantes para a população. Mas nada justifica que as ajudas sejam agora entregues", sublinhou Nélson Cardoso, do PSD, referindo que os apoios deviam ter sido aprovados mais cedo. O social-democrata acusa os socialistas de terem premeditado a votação dos subsídios "em cima das eleições". "É um bodo aos pobres eleitoral", disparou Honório Novo, da CDU, salvaguardando que também não questiona a necessidade dos subsídios. Aliás, CDU, PSD e CDS votaram a favor dos apoios e das obras nos bairros, embora tenham entregue declarações de voto a criticar a altura escolhida pela maioria socialista.
"Os concursos para as obras nos bairros deviam ter sido lançados no início do mandato, não agora", sublinhou Honório Novo.
"Há um processo que já data de Maio passado. Como é possível fazer esperar as pessoas pelas obras até agora?", questionou, por sua vez, Nélson Cardoso.
No habitual encontro com os jornalistas no final da sessão privada da Câmara, Guilherme Pinto tinha desvalorizado a atribuição dos subsídios. Lembrou que ao longo de todo o mandato foram sendo atribuídas ajudas e descartou qualquer tese de eleitoralismo neste pacote de apoios.
No que diz respeito às obras em quatro bairros (Guarda I e II, Biquinha, Fundação Salazar e Cruz de Pau), que totalizam cerca de dois milhões de euros, o presidente explicou que foi preciso vencer os trâmites processuais do Prohabita, só agora concluídos.
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