Joaquim Jorge 19.10.09 (Blog Clube dos Pensadores)
Depois das eleições o rescaldo , aí está, mais convulsões e happenings. A derrota eleitoral de Elisa Ferreira e da sua equipa foi um desastre esperado. Não se pode querer tudo e não dar nada em troca; dupla candidata ( Europa e CMP) , escolha da sua equipa sem ninguém do PS , arrogância para os seus seguidores , etc. Não nos podemos alvorar de independentes e querer o apoio de um partido. Os militantes socialistas não são empregadas domésticas, têm poucos , mas têm alguns senhores.A concelhia num partido tem por finalidade delinear a estratégia para a Câmara: escolha do candidato à Câmara, das listas, da acção no terreno, etc. O que aconteceu, mais uma vez para gáudio de Rui Rio ,a concelhia e a distrital estavam de candeias às avessas. E, como na tropa a Distrital avocou o processo e impôs Elisa Ferreira . Pelos portuenses nunca foi bem aceite e sem o apoio do partido a derrota era certa. Vai ficar como líder da oposição à CMP, ( o número dois da lista ,independente ) alguém que não tem experiência nem estaleca política para o fazer , ficaria muito mais bem entregue ao presidente da concelhia - Orlando Gaspar filho.Agora em próximas eleições internas haverá luta e guerra aberta, mais parecendo uma selva. Orlando Gaspar pai, raposa velha e que sabe mexer os cordelinhos do aparelho como ninguém , terá uma palavra a dizer. Renato Sampaio teve um resultado nas legislativas muito bom e nas autárquicas aguentou-se muito bem. O único senão foi no Porto. Renato Sampaio com o apoio de Manuel Pizarro (escolhido por si para Secretário de Estado da Saúde ) não se ficarão pelos ajustes, todavia está à espreita Pedro Baptista, intelectualmente superior mas deve ser menos radical. A chave seria o compromisso, mas o PS actual tem medo do compromisso e em vez de incorporar e integrar , afasta. A concelhia e distrital devem no futuro remar para o mesmo lado deixar de correr riscos e a solução é unir o mosaico de tendências dentro do partido. Doutra forma vai-se Rui Rio e vem ainda um igual ou melhor do que ele, Luís Filipe Menezes e o Porto manter-se-á eternamente laranja.
7 comentários:
O Sr. Joaquim Jorge nesta sua análise, como já vem sendo hábito, pouco nos traz de novo.
Elisa Ferreira, como Francisco Assis em 2005, não foram escolhas da concelhia. É sabido que os Municípios do Porto e de Lisboa são considerados no nosso ordenamento administrativo como municípios de classe superior e como tal são os únicos que a direcção nacional do Partido tem o direito estatutário de ter a ultima palavra sobre as candidaturas.
É também, sobejamente, conhecido que a origem das dissonâncias entre a candidatura de Elisa Ferreira e a concelhia teve a ver, não com grandes questões de estratégia, mas antes com o nº de ordem de lugares nas listas. E aqui as culpas são repartidas mas com maior incidência na parte da concelhia e da sua inabilidade política para contornar a situação.
Em que artigo está esse "direito estatutário"? Não existe! É invenção deste Senhor Paulo Rocha e de outros! Pelo contrário, é explícita a competência da Concelhia.
Disparates de "outono"...
Essa questão já aqui foi debatida anteriormente e não consigo compreender onde o Sr. Paulo Rocha encontra nos estatutos um qualquer regime de excepção para o Porto e Lisboa. Talvez os meus estejam desactualizados!?
No fundo, os Estatutos do PS não passam de uma "série de rabiscos" que ninguém cumpre e que servem apenas para justificar, quando convém, algumas limpezas mafiosas.
Para quem tem dúvidas estatutárias sobre a designação para cargos políticos ver nº3 a nº5 do art.91º dos Estatutos do PS.
E em nenhum parágrafo do art. 91º está isso que o Amigo Paulo Rocha está a inventar. Em nenhum parágrafo ou alínea há qualquer referência a Lisboa ou Porto. Nada disto tem a ver com avocações. Os estatutos do PS estão na Internet!
O Sr. Paulo Rocha saberá ler? Parece-me que não. Essa conversa do Porto e Lisboa não passa duma inventona para indrominar os papalvos!
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