Mas no Porto, ou em Valongo, por exemplo, acontece precisamente o mesmo... Parece que só o "risco" de vitória de Rio ou de Melo é que não preocupa o PS. É lá para cima, que se danem, até não será pior. Presume-se oPS-Secretariado, pois quanto ao PS-Porto, estamos conversados: a "ambição de vencer" tudo e mais alguma coisa como propagandeado no congresso, fica-se, na prática, por uns lugarzecos de vereadores de oposição para negociar qualquer coisinha e por não perder mais Câmara nenhuma... E em arranjar qualquer tipo de prosélito disponível no mercado do arrivismo para fazer uma gracinha ou para encobrir coisas feias...(P.B.)
António Costa dependente da convergência à esquerda
(DN) 24.12.2008 ANA SÁ LOPES
Risco de vitória de Santana Lopes preocupa o PS
Sem Roseta e sem BE, o risco do PS perder Lisboa é elevado ao quadrado. Se falhar uma aliança à esquerda, o próximo presidente da Câmara de Lisboa pode chamar-se Pedro Santana Lopes. Este será o principal argumento do PS para forçar até ao limite uma convergência com os partidos à sua esquerda e com a vereadora Helena Roseta, do movimento "Cidadãos por Lisboa", que já anunciou a recandidatura à autarquia da capital. Se olharmos para os resultados das últimas autárquicas, bastaria a Santana Lopes manter os votos conseguidos pelo PSD (30 mil, três mandatos) e recuperar os votos perdidos para Carmona Rodrigues (32 mil votos, três vereadores eleitos) para facilmente ultrapassar António Costa, que não chegou a atingir os 57 mil votos.Mas a sorte de Pedro Santana Lopes e o azar de António Costa é que a coincidência das autárquicas com as legislativas favorecem tudo menos a possibilidade de convergências da esquerda com o PS. Como as campanhas eleitorais para a Assembleia da República e para as câmaras vão ser quase simultâneas, o risco de os partidos à esquerda do PS, tanto o PCP como o Bloco de Esquerda, oferecerem ao eleitorado uma imagem "bipolar" - contra o PS nas eleições legislativas, ao lado do número dois do PS na maior câmara do país - enfraquece completamente esta hipótese. Depois da ruptura com o seu ex-vereador José Sá Fernandes, que integra o executivo de António Costa e provavelmente fará parte da próxima lista do PS - muito água teria que correr debaixo das pontes para fazer com que o Bloco de Esquerda se associasse ao PS de Costa. O que o Bloco já deixou clara foi a sua convergência de posições com Helena Roseta: a recandidatura da arquitecta será naturalmente apoiada pelo Bloco de Esquerda, que irá debater a questão autárquica na convenção marcada para Fevereiro. A complicar todo este xadrez há que ter ainda em conta a hipótese da formação de um novo movimento "alegrista" que possa concorrer às eleições legislativas (eventualmente associado ao Bloco de Esquerda) e também à Câmara de Lisboa, candidatando Helena Roseta. Se este cenário - que ainda está dependente da decisão de Manuel Alegre decidir abandonar ou não o PS e apoiar uma nova formação - se confirmasse, seria ainda mais difícil uma convergência em Lisboa com António Costa. A menos que António Costa cedesse "tudo" à esquerda... E não é previsível que António Costa faça do PS em Lisboa a "verdadeira esquerda" que, segundo Alegre, não está a ser cumprida pelo Governo Sócrates. O DN sabe que o PS tem estudos de opinião onde a ameaça de derrota em Lisboa é expressiva. O risco de perder Lisboa é uma das preocupações dos socialistas, a que acresce a difícil batalha do Porto (com Elisa Ferreira a tentar que Rui Rio falhe a recandidatura). Colocar na esquerda o ónus de devolver Lisboa a Santana será uma ideia esgrimida até ao limite pelos socialistas. Mas, com o calendário a atirar as legislativas (onde se discutirá se o PS conseguirá ou não a maioria absoluta) antes das autárquicas, Lisboa dificilmente poderá ser para a esquerda o exemplo da convergência com o PS que, no âmbito nacional, vão rejeitar.
António Costa dependente da convergência à esquerda
(DN) 24.12.2008 ANA SÁ LOPES
Risco de vitória de Santana Lopes preocupa o PS
Sem Roseta e sem BE, o risco do PS perder Lisboa é elevado ao quadrado. Se falhar uma aliança à esquerda, o próximo presidente da Câmara de Lisboa pode chamar-se Pedro Santana Lopes. Este será o principal argumento do PS para forçar até ao limite uma convergência com os partidos à sua esquerda e com a vereadora Helena Roseta, do movimento "Cidadãos por Lisboa", que já anunciou a recandidatura à autarquia da capital. Se olharmos para os resultados das últimas autárquicas, bastaria a Santana Lopes manter os votos conseguidos pelo PSD (30 mil, três mandatos) e recuperar os votos perdidos para Carmona Rodrigues (32 mil votos, três vereadores eleitos) para facilmente ultrapassar António Costa, que não chegou a atingir os 57 mil votos.Mas a sorte de Pedro Santana Lopes e o azar de António Costa é que a coincidência das autárquicas com as legislativas favorecem tudo menos a possibilidade de convergências da esquerda com o PS. Como as campanhas eleitorais para a Assembleia da República e para as câmaras vão ser quase simultâneas, o risco de os partidos à esquerda do PS, tanto o PCP como o Bloco de Esquerda, oferecerem ao eleitorado uma imagem "bipolar" - contra o PS nas eleições legislativas, ao lado do número dois do PS na maior câmara do país - enfraquece completamente esta hipótese. Depois da ruptura com o seu ex-vereador José Sá Fernandes, que integra o executivo de António Costa e provavelmente fará parte da próxima lista do PS - muito água teria que correr debaixo das pontes para fazer com que o Bloco de Esquerda se associasse ao PS de Costa. O que o Bloco já deixou clara foi a sua convergência de posições com Helena Roseta: a recandidatura da arquitecta será naturalmente apoiada pelo Bloco de Esquerda, que irá debater a questão autárquica na convenção marcada para Fevereiro. A complicar todo este xadrez há que ter ainda em conta a hipótese da formação de um novo movimento "alegrista" que possa concorrer às eleições legislativas (eventualmente associado ao Bloco de Esquerda) e também à Câmara de Lisboa, candidatando Helena Roseta. Se este cenário - que ainda está dependente da decisão de Manuel Alegre decidir abandonar ou não o PS e apoiar uma nova formação - se confirmasse, seria ainda mais difícil uma convergência em Lisboa com António Costa. A menos que António Costa cedesse "tudo" à esquerda... E não é previsível que António Costa faça do PS em Lisboa a "verdadeira esquerda" que, segundo Alegre, não está a ser cumprida pelo Governo Sócrates. O DN sabe que o PS tem estudos de opinião onde a ameaça de derrota em Lisboa é expressiva. O risco de perder Lisboa é uma das preocupações dos socialistas, a que acresce a difícil batalha do Porto (com Elisa Ferreira a tentar que Rui Rio falhe a recandidatura). Colocar na esquerda o ónus de devolver Lisboa a Santana será uma ideia esgrimida até ao limite pelos socialistas. Mas, com o calendário a atirar as legislativas (onde se discutirá se o PS conseguirá ou não a maioria absoluta) antes das autárquicas, Lisboa dificilmente poderá ser para a esquerda o exemplo da convergência com o PS que, no âmbito nacional, vão rejeitar.
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