quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Protesto com milhares de pessoas em Atenas
Grécia: Dezenas de feridos em novos confrontos

(Público) 18.12.2008 - 15h14
Novos protestos ocorridos hoje na Grécia entre manifestantes e a polícia originaram confrontos entre milhares de pessoas, sobretudo jovens, que protestam contra a recente morte do adolescente Alexis Grigoropoulos, e as forças da ordem. Cerca de 70 pessoas ficaram feridas e outras 400 foram detidas durante os protestos, de acordo com a BBC. Os manifestantes arremessaram algumas bombas artesanais contra a polícia, em Atenas, que ripostou com granadas de gás lacrimogénio. Cerca de dez mil pessoas juntaram-se hoje nas manifestações de Atenas, congregando-se junto à Universidade e marchando em direcção ao Parlamento, ainda movidos pela morte do jovem de 15 anos que foi morto pela polícia no passado dia 6 de Dezembro. Doze dias depois do tiroteio policial que redundou na morte de Grigoropoulos, a raiva acumulada contra o Estado e a polícia – que disparou mortalmente contra o adolescente – continua à rédea solta pela sociedade grega, que exige ao Estado que mude as suas políticas sociais e económicas.Os controladores aéreos são o último sector público a aderir à greve que paralisa a Grécia há vários dias.“Abaixo o governo de sangue, pobreza e privatizações”, podia ler-se numa faixa, indica a agência Reuters.
As novas violências ocorridas hoje tiveram início na praça central de Atenas, onde está o Parlamento grego, quando os manifestantes arremessaram bombas de gasolina contra o edifício e tentaram queimar a árvore de Natal do município. Cerca de 70 pessoas ficaram feridas e outras 400 foram detidas durante os protestos. Centenas de lojas e bancos foram vandalizados. Entretanto, os voos de e para Atenas foram suspensos por diversas horas, enquanto os controladores aéreos protestavam contra o governo, exigindo aumentos salariais. Ontem, os manifestantes colocaram umas enormes faixas em redor da histórica Acrópole, apelando à “resistência”. O primeiro-ministro conservador Costas Karamanlis rejeitou os apelos à sua demissão, embora tenha admitido no início desta semana que alguns problemas políticos – incluindo a corrupção e o sentimento geral de injustiça social – poderão estar na origem dos protestos.

Sem comentários: