Manuel Alegre assistiu mas não interveio
Fórum das Esquerdas: debate sobre educação centrou-se na avaliação dos professores
14.12.2008 - 15h08 Lusa
O tema era a educação e o debate, no Fórum das Esquerdas, em Lisboa, acabou por centrar-se nos professores, com o dirigente sindical António Avelãs a afirmar que a recusa da avaliação “é um suicídio político”.No debate do fórum “Democracia e Serviços Públicos”, patrocinado pelo histórico socialista Manuel Alegre, bloquistas, renovadores comunistas e independentes, participaram três deputadas do PS – Teresa Portugal, Eugénia Alho e Júlia Caré – e outros militantes socialistas, como Pedro Baptista e José Neves, um fundador do partido.
Fórum das Esquerdas: debate sobre educação centrou-se na avaliação dos professores
14.12.2008 - 15h08 Lusa
O tema era a educação e o debate, no Fórum das Esquerdas, em Lisboa, acabou por centrar-se nos professores, com o dirigente sindical António Avelãs a afirmar que a recusa da avaliação “é um suicídio político”.No debate do fórum “Democracia e Serviços Públicos”, patrocinado pelo histórico socialista Manuel Alegre, bloquistas, renovadores comunistas e independentes, participaram três deputadas do PS – Teresa Portugal, Eugénia Alho e Júlia Caré – e outros militantes socialistas, como Pedro Baptista e José Neves, um fundador do partido.
O deputado e ex-candidato presidencial Manuel Alegre assistiu ao debate, moderado pelo ex-presidente da Fenprof Paulo Sucena, mas não interveio. António Avelãs fez a defesa da avaliação dos professores e de uma diferenciação entre eles, admitindo que muitos são bons, outros “acima da média” e outros ainda “abaixo da média”.“Há quem pense que os professores não podem ser avaliados, mas isso é um suicídio político”, afirmou o dirigente da Fenprof António Avelãs.
A distinção deve ser feita, mas “não através desta forma idiota, entre professores titulares e outros”, afirmou o professor e sindicalista no debate, em que se ouviram críticas, como a de Jorge Martins, um professor do Porto, “militante do PS”, contra a politização do processo de avaliação. Jorge Martins contestou os argumentos do Governo do partido em que votou para contestar a ideia, “falsa”, de que “não existe avaliação” dos professores – “não estava era regulamentada”. E fez um apelo para que o executivo “aceite ouvir tudo” – incluindo o Estatuto da Carreira Docente – e “ouvir os professores sem reservas mentais”. Tal como outros intervenientes, recusou “uma certa ideia de gestão empresarial das escolas”.Na parte do debate, alguns intervenientes defenderam a revogação das leis contestadas, como o Estatuto, ou criticaram o governo socialista de José Sócrates, prometendo nunca mais votar no PS – “nem que o regime seja de partido único”. Ao mesmo tempo, decorria num auditório da Faculdade de Letras um debate sobre economia. O fórum das esquerdas prolonga-se pela tarde, com três painéis (trabalho, cidades e saúde) e é encerrado com as intervenções de Manuel Alegre, Ana Drago (deputada do Bloco) e a professora Maria Rosário Gama.
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