Um professor do Instituto de Cinema de Pequim qualificou hoje a longevidade de Manoel de Oliveira como "um bom milagre" e comparou o realizador português ao mestre japonês Yasujiro Ozu.
"O cinema de Oliveira é um pouco aristocrático e burguês, e que parece até bastante conservador. Embora prefira o cinema de vanguarda, acho os seus filmes muito belos", disse à agência Lusa Zhang Xianmin, professor de técnicas de argumento.
Entre a obra de Manoel de Oliveira, Zhang Xianmin destaca "Vale Abraão": "Gostei de todos os filmes de Oliveira que vi, mas 'Vale Abraao" é o meu preferido".
"É menos melodramático que os outros e, por vezes, fez-me pensar em Jacques Rivette (...) É, talvez, longo demais para uma sala comercial, mas, paradoxalmente, é essa duração que eu aprecio", acrescentou.
Manoel de Oliveira, que completa hoje 100 anos, "filma uma vida muito afastada dos tempos modernos e que já não existe (...) Ele lembra muito Yasujiro Ozu (1903-1963), que filmou um Japão idealizado", disse também Zhang Xianmin.
O Instituto de Cinema de Pequim, onde se formaram realizadores como Zhang Yimou, Chen Kaige e Tian Zhuangzhuang, é a principal escola de cinema da China.
Zhang Xianmin, 44 anos, foi um dos organizadores do ciclo que o instituto dedicou em 2001 a Manoel de Oliveira, e durante o qual foram exibidos cinco filmes. "A Carta", "Francisca", "Viagem ao Principio do Mundo", "Party" e "Vale Abraão".
Na primeira sessão, o critico e cineasta João Lopes suscitou um prolongado aplauso da assistência ao referir que, aos 93 anos de idade, Manoel de Oliveira estava a rodar um novo filme.
"Se há uma definição possível para o cinema de Oliveira - disse na altura João Lopes - eu arriscaria uma palavra - inesperado (...) A obra de Manuel de Oliveira é sempre uma celebração da vida".
Recordando a iniciativa de há sete anos, Zhang Xianmin afirmou: "Oliveira é um milagre, um bom milagre (...) Nunca o vi pessoalmente e não conheço Portugal, mas desejo-lhe um bom aniversário e aconselho os cineastas chineses a verem os seus filmes".
Um jovem internauta chinês, que se identifica como Hui Lang (Lobo Cinzento), também evocou o centésimo aniversário de "mestre" Manoel de Oliveira, "o mais produtivo realizador português".
"A vida dele é como um documentário que está em exibição há cem anos (...) Quanto mais conhecemos a história, a literatura, a filosofia e o teatro europeus mais sentimos a força de Oliveira", escreveu Hui Lang no seu blogue.
"O cinema de Oliveira é um pouco aristocrático e burguês, e que parece até bastante conservador. Embora prefira o cinema de vanguarda, acho os seus filmes muito belos", disse à agência Lusa Zhang Xianmin, professor de técnicas de argumento.
Entre a obra de Manoel de Oliveira, Zhang Xianmin destaca "Vale Abraão": "Gostei de todos os filmes de Oliveira que vi, mas 'Vale Abraao" é o meu preferido".
"É menos melodramático que os outros e, por vezes, fez-me pensar em Jacques Rivette (...) É, talvez, longo demais para uma sala comercial, mas, paradoxalmente, é essa duração que eu aprecio", acrescentou.
Manoel de Oliveira, que completa hoje 100 anos, "filma uma vida muito afastada dos tempos modernos e que já não existe (...) Ele lembra muito Yasujiro Ozu (1903-1963), que filmou um Japão idealizado", disse também Zhang Xianmin.
O Instituto de Cinema de Pequim, onde se formaram realizadores como Zhang Yimou, Chen Kaige e Tian Zhuangzhuang, é a principal escola de cinema da China.
Zhang Xianmin, 44 anos, foi um dos organizadores do ciclo que o instituto dedicou em 2001 a Manoel de Oliveira, e durante o qual foram exibidos cinco filmes. "A Carta", "Francisca", "Viagem ao Principio do Mundo", "Party" e "Vale Abraão".
Na primeira sessão, o critico e cineasta João Lopes suscitou um prolongado aplauso da assistência ao referir que, aos 93 anos de idade, Manoel de Oliveira estava a rodar um novo filme.
"Se há uma definição possível para o cinema de Oliveira - disse na altura João Lopes - eu arriscaria uma palavra - inesperado (...) A obra de Manuel de Oliveira é sempre uma celebração da vida".
Recordando a iniciativa de há sete anos, Zhang Xianmin afirmou: "Oliveira é um milagre, um bom milagre (...) Nunca o vi pessoalmente e não conheço Portugal, mas desejo-lhe um bom aniversário e aconselho os cineastas chineses a verem os seus filmes".
Um jovem internauta chinês, que se identifica como Hui Lang (Lobo Cinzento), também evocou o centésimo aniversário de "mestre" Manoel de Oliveira, "o mais produtivo realizador português".
"A vida dele é como um documentário que está em exibição há cem anos (...) Quanto mais conhecemos a história, a literatura, a filosofia e o teatro europeus mais sentimos a força de Oliveira", escreveu Hui Lang no seu blogue.
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