Blogue de José António Lima
DITO&FEITO 31/07/0931 July 09 01:00 PM
Seis dos sete suspeitos inicialmente apontados pela Polícia inglesa já foram constituídos arguidos no ‘caso Freeport’. Só falta José Sócrates para a lista britânica ficar completa. E esta é uma das nuvens negras que – entre o desastre político que têm sido estes últimos meses do mandato do Governo e a desaustinada táctica de todos os dias lançar minipromessas e micropropostas do infindável programa eleitoral do PS – continuarão a pairar sobre a cabeça do primeiro-ministro até às legislativas de 27 de Setembro.
O facto é que, apesar de múltiplas pressões e ameaças, o poder político não conseguiu abafar o ‘caso Freeport’, desacreditar as notícias e investigações do processo ou arquivá-lo sumariamente (e, a este propósito, as recentes entrevistas de Lopes da Mota e do seu advogado são de verdadeira antologia e assaz esclarecedoras). E não o conseguiu por três razões. Graças a uma comunicação social livre e que apresenta vários exemplos de que não se deixa condicionar por pressões. A um poder judicial ainda com o grau suficiente de independência do poder político, que lhe permite resistir a interferências e a ameaças. E, pormenor não despiciendo, ao facto de a Polícia inglesa estar directamente interessada em deslindar o caso.
O líder sindical dos magistrados do Ministério Público, João Palma, queixava-se, esta semana, de a investigação do MP estar «completamente manietada por falta de meios», que o poder político não está interessado em dar-lhe. E alertava para o risco de alguns dos processos mais mediáticos, relativos à complexa criminalidade financeira, «não terem o desfecho que deveriam ter». Por insuficiência de provas, lacunas da investigação, fragilidade dos testemunhos.
Mas, apesar de tudo, há razões para algum optimismo. Ver Isaltino Morais ser confrontado com a sentença do julgamento por corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de poder, Arlindo Carvalho constituído arguido por créditos ruinosos de milhões no ‘caso BPN’, Mesquita Machado a ter um inquérito autónomo aberto pela PGR, Valentim Loureiro ou Avelino Ferreira Torres a responderem em tribunal – são tudo sinais de que há motivos para ter esperança na Justiça portuguesa.
Há 15 ou 20 anos, seria impensável ver estas figuras, ou outras do mesmo quilate, a contas com a Justiça e os tribunais. Haja esperança, pois.
jal@sol.pt
Seis dos sete suspeitos inicialmente apontados pela Polícia inglesa já foram constituídos arguidos no ‘caso Freeport’. Só falta José Sócrates para a lista britânica ficar completa. E esta é uma das nuvens negras que – entre o desastre político que têm sido estes últimos meses do mandato do Governo e a desaustinada táctica de todos os dias lançar minipromessas e micropropostas do infindável programa eleitoral do PS – continuarão a pairar sobre a cabeça do primeiro-ministro até às legislativas de 27 de Setembro.
O facto é que, apesar de múltiplas pressões e ameaças, o poder político não conseguiu abafar o ‘caso Freeport’, desacreditar as notícias e investigações do processo ou arquivá-lo sumariamente (e, a este propósito, as recentes entrevistas de Lopes da Mota e do seu advogado são de verdadeira antologia e assaz esclarecedoras). E não o conseguiu por três razões. Graças a uma comunicação social livre e que apresenta vários exemplos de que não se deixa condicionar por pressões. A um poder judicial ainda com o grau suficiente de independência do poder político, que lhe permite resistir a interferências e a ameaças. E, pormenor não despiciendo, ao facto de a Polícia inglesa estar directamente interessada em deslindar o caso.
O líder sindical dos magistrados do Ministério Público, João Palma, queixava-se, esta semana, de a investigação do MP estar «completamente manietada por falta de meios», que o poder político não está interessado em dar-lhe. E alertava para o risco de alguns dos processos mais mediáticos, relativos à complexa criminalidade financeira, «não terem o desfecho que deveriam ter». Por insuficiência de provas, lacunas da investigação, fragilidade dos testemunhos.
Mas, apesar de tudo, há razões para algum optimismo. Ver Isaltino Morais ser confrontado com a sentença do julgamento por corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de poder, Arlindo Carvalho constituído arguido por créditos ruinosos de milhões no ‘caso BPN’, Mesquita Machado a ter um inquérito autónomo aberto pela PGR, Valentim Loureiro ou Avelino Ferreira Torres a responderem em tribunal – são tudo sinais de que há motivos para ter esperança na Justiça portuguesa.
Há 15 ou 20 anos, seria impensável ver estas figuras, ou outras do mesmo quilate, a contas com a Justiça e os tribunais. Haja esperança, pois.
jal@sol.pt
8 comentários:
Finalmente uma visao otimista da justiça... apesar de tudo
Publicar uma noticia de José António Lima, o mais reaccionário dos jornalistas portugueses. Foi do expresso para o Sol e tem-se dedicado a denegrir a imagem dos Socialista e a atacar ferozmente o 1º. Ministro e Secretário-Geral do PS.
Para um Socialista como o Dr. Pedro Baptista esta é a última que podia esperar de um político honesto, bem formado e justo.
José António Lima pelo que escreve e pelo que tem dito de Sócrates e do PS e porque é militante do PPD mais reaccionário, merecia o repúdio e ignorância por parte deste BLOG e de Pedro Baptista. Sinais dos tempos.
Tudo que possa servir para atacar Sócrates aproveita-se.
Assim não vamos lá.
É por isso que muita gente já partiu e outros estavam na espectativa.
A política faz-se com objectivos e propostas sérias como a da candidatura à FDP do PS.
Lamento, mas é o tempo que vvemos.
Ficar bem na fotografia é dizer mal do PS e de Sócrates.
Este senhor não tem credibilidade pelas gritarias que faz e que diz.
Mete Arlindo Carvalho para despistar os incautos.
Mas não fala de Dias Loureiro, Rendeiro, Oliveira e Costa e tantos ex-mimistros e secretários de Cavaco.
O que ele quer mais uma vez e são centenas, atacar Sócrates e o PS.
E depois não querem que se fale em campanha negra.
Com as sondagens e o comportamento de Jardim e de Manuela a direita está preocupada.
E já agora da compra e venda de acções do BP, não cotado em bolsa, pelo senhor Cavaco Silva.
A comunicação social calou-se toda.
Até o Expresso meteu a violinha no saco.
Pois claro. Balsemão dá liberdade, mas nem tanto.
Era BPN que queria dizer.
Também se esqueceu da Fátima Felgueiras... Há alguém que não saiba que o Oliveira e Costa está detido?
Calma com as responsabiidades do Cavaco... Isso é para discutir para o ano...
Sim, as eleições presidenciais são o melhor momento para avaliar a personalidade do Cavaco. Comno todas as eleiçõs. As eleiçõs são também para isso
Fátima Felgueiras foi absolvida.
Para desgosto de alguns que aqui laboram para o Bloco e contra o PS.
Só que Sócrates foi atacado durante 4 anos e até o Freeport voltou em ano de eleições.
Dois pesos e duas medidas?
Lamentável!!!
De Cavaco agora não. Quando cair no esquecimento. Mas quem veio defender Loureiro e justificar-se não fui eu. Foram comunicados da PR.
Dois pesos e duas medidas.
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