Paula Teixeira da Cruz diz que PSD perdeu uma oportunidade com escolha de listas deputados
29.08.2009 - 12h10 LUSA
A ex-presidente da Distrital de Lisboa do PSD Paula Teixeira da Cruz considerou ontem que os sociais-democratas perderam uma oportunidade, enquanto partido, com as escolhas para candidatos a deputados, lamentando que o caminho iniciado não tenha tido continuidade."Pensei muito em vir dizer aqui o que estou a dizer mas, muito honestamente, perdemos enquanto partido uma oportunidade para estes próximos actos eleitorais", afirmou Paula Teixeira da Cruz, numa intervenção num jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até amanhã. Sublinhando que os representantes que legislam têm de estar fora de "uma lógica de suspeição, de falta de rigor, de falta de isenção, falta de imparcialidade", Paula Teixeira da Cruz, que é membro da comissão política social-democrata e presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, lamentou o “corte” com o caminho que tinha anteriormente sido iniciado. "Perdemos uma grande oportunidade, o caminho estava iniciado, o mais difícil tinha sido feito, ainda que à custa da queda de uma liderança, fosse qual fosse o preço era um preço sempre baixo a pagar por uma requalificação da democracia", apontou, alertando que caso os partidos não se renovem estão "condenados à morte". Como critério principal para a escolha de deputados, Paula Teixeira da Cruz, que foi vice-presidente do PSD durante a liderança de Luís Marques Mendes, apontou a competência em áreas diversificadas, "longe de escolhas aleatórias, nepotistas e partidocráticas ou de quem não esteja em condições de isenção, para poder legislar". Numa intervenção de mais de meia hora, Paula Teixeira da Cruz retomou ainda o tema da ética, que já tinha sido abordado durante a Universidade de Verão do PSD por Marques Mendes e pelo ex-líder parlamentar da bancada social-democrata Paulo Rangel, afastando a ideia de que ética e política não tenham de estar lado a lado. "A ética tem a ver com tudo na vida e, muito em particular, com a política", enfatizou, coincidindo com as ideias deixadas na terça-feira por Marques Mendes. Numa resposta indirecta a Paulo Rangel, que defendeu que a credibilidade da política não está na ética, a ex-líder da distrital de Lisboa recusou que "a ética fique à porta da política". "É muito confortável dizer que a ética fica à porta da política mas a ética nunca fica à porta da política", declarou, insistindo que os políticos são cidadãos com responsabilidades acrescidas. As listas eleitorais do PSD incluem dois arguidos em processos judiciais, António Preto e Helena Lopes da Costa, pelo Círculo de Lisboa, o que motivou duras críticas à direcção.
29.08.2009 - 12h10 LUSA
A ex-presidente da Distrital de Lisboa do PSD Paula Teixeira da Cruz considerou ontem que os sociais-democratas perderam uma oportunidade, enquanto partido, com as escolhas para candidatos a deputados, lamentando que o caminho iniciado não tenha tido continuidade."Pensei muito em vir dizer aqui o que estou a dizer mas, muito honestamente, perdemos enquanto partido uma oportunidade para estes próximos actos eleitorais", afirmou Paula Teixeira da Cruz, numa intervenção num jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até amanhã. Sublinhando que os representantes que legislam têm de estar fora de "uma lógica de suspeição, de falta de rigor, de falta de isenção, falta de imparcialidade", Paula Teixeira da Cruz, que é membro da comissão política social-democrata e presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, lamentou o “corte” com o caminho que tinha anteriormente sido iniciado. "Perdemos uma grande oportunidade, o caminho estava iniciado, o mais difícil tinha sido feito, ainda que à custa da queda de uma liderança, fosse qual fosse o preço era um preço sempre baixo a pagar por uma requalificação da democracia", apontou, alertando que caso os partidos não se renovem estão "condenados à morte". Como critério principal para a escolha de deputados, Paula Teixeira da Cruz, que foi vice-presidente do PSD durante a liderança de Luís Marques Mendes, apontou a competência em áreas diversificadas, "longe de escolhas aleatórias, nepotistas e partidocráticas ou de quem não esteja em condições de isenção, para poder legislar". Numa intervenção de mais de meia hora, Paula Teixeira da Cruz retomou ainda o tema da ética, que já tinha sido abordado durante a Universidade de Verão do PSD por Marques Mendes e pelo ex-líder parlamentar da bancada social-democrata Paulo Rangel, afastando a ideia de que ética e política não tenham de estar lado a lado. "A ética tem a ver com tudo na vida e, muito em particular, com a política", enfatizou, coincidindo com as ideias deixadas na terça-feira por Marques Mendes. Numa resposta indirecta a Paulo Rangel, que defendeu que a credibilidade da política não está na ética, a ex-líder da distrital de Lisboa recusou que "a ética fique à porta da política". "É muito confortável dizer que a ética fica à porta da política mas a ética nunca fica à porta da política", declarou, insistindo que os políticos são cidadãos com responsabilidades acrescidas. As listas eleitorais do PSD incluem dois arguidos em processos judiciais, António Preto e Helena Lopes da Costa, pelo Círculo de Lisboa, o que motivou duras críticas à direcção.
3 comentários:
São tomadas de posição como esta, da Paula Teixeira da Cruz, que me fazem continuar a acreditar nos partidos democráticos. O pluralismo de opiniões e de sensibilidades dentro do mesmo partido, são valores dos quais não podemos abdicar. Apesar de todas as diferenças que possam existir entre o PS e o PSD, esta é uma característica comum, que os comunistas jamais irão entender, ou aceitar.
Gosto da sua sinceridade Arqtº. Pedro Aroso.
Os Democratas distinguem-se bem.
O problema é que tanto no PSD como no PS estqas posições têm vindo a ser esmagadoramente derrotadas pelos directórios centrais...
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