Edmundo Pedro "reconfortado" com homenagem no dia do seu 90º aniversário, depois de ter sido "maltratado"
Um grande abraço meu caro camarada e amigo(PB)
08 Nov (Lusa) - Depois de ter sido "tão maltratado", o antigo dirigente socialista Edmundo Pedro considerou hoje "reconfortante" a homenagem que mais de duas centenas e meia de pessoas lhe fizeram no dia do seu 90º aniversário.
"É um momento reconfortante, depois de ter sido tão maltratado, estar hoje aqui rodeado de pessoas de todas as áreas da sociedade portuguesa, como políticos, operários, magistrados", disse à Lusa o histórico socialista, que hoje completa 90 anos.
Contudo, acrescentou, apesar de "maltratado", "tudo valeu a pena".
"Tudo mereceu a pena, voltava a fazer o mesmo, repetia o mesmo percurso", garantiu o antigo preso político, que passou dez anos no Tarrafal.
Entre as mais de duas centenas e meia de pessoas que se juntaram num restaurante de Lisboa para homenagear Edmundo Pedro, esteve o presidente do PS, Almeida Santos, que lembrou a vida do antigo dirigente socialista e a sua luta pela democracia e liberdade.
"Edmundo Pedro é um exemplo para todos nós", afirmou Almeida Santos, recordando a coragem do antigo dirigente socialista, os sacrifícios por que passou e a "coerência" que sempre demonstrou.
Também o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino destacou a "vida recheada e muito rica" de Edmundo Pedro, considerando-o uma figura "inspiradora".
"Sempre foi um lutador incansável, uma grande figura da luta pela liberdade", sublinhou Mário Lino.
"Um homem vertical", corroborou o secretário-geral da UGT, João Proença.
O deputado do PS Vera Jardim, amigo de longa data de Edmundo Pedro, deixou também elogios ao ex-preso político.
"Tenho por ele uma grande admiração, somos amigos há muitos anos. Foi um lutador contra a ditadura", referiu.
Edmundo Pedro, que aos 13 anos aderiu ao Partido Comunista e, mais tarde, foi dirigente do PS, esteve detido duas vezes em Peniche.
No Tarrafal, na ilha de Santiago em Cabo Verde, Edmundo Pedro esteve preso dez anos.
Fez ainda parte do movimento do quartel de Beja, em 1961, envolveu-se no chamado "Verão Quente" e foi presidente da RTP.
Mas o caso que mais o marcou foi o caso das armas, já depois do 25 de Abril.
Em 1975 e devido ao clima de "pré-guerra", foram entregues armas ao PS para defender as sedes do partido que estavam a ser alvo dos ataques da esquerda radical.
Passado três anos, Edmundo Pedro foi capa dos jornais. Durante o processo de devolução das armas, tentou reunir as armas, dispersas por algumas sedes nacionais do partido, e guardou-as num armazém de uma antiga firma onde trabalhava.
"O processo de entrega das armas estava em curso, já tinha devolvido algumas. As armas apreendidas estavam em vias de serem devolvidas", disse há dias em entrevista à Lusa, adiantando que a situação foi "transformada numa história diferente".
"É um trauma que não me deixa".
"É um momento reconfortante, depois de ter sido tão maltratado, estar hoje aqui rodeado de pessoas de todas as áreas da sociedade portuguesa, como políticos, operários, magistrados", disse à Lusa o histórico socialista, que hoje completa 90 anos.
Contudo, acrescentou, apesar de "maltratado", "tudo valeu a pena".
"Tudo mereceu a pena, voltava a fazer o mesmo, repetia o mesmo percurso", garantiu o antigo preso político, que passou dez anos no Tarrafal.
Entre as mais de duas centenas e meia de pessoas que se juntaram num restaurante de Lisboa para homenagear Edmundo Pedro, esteve o presidente do PS, Almeida Santos, que lembrou a vida do antigo dirigente socialista e a sua luta pela democracia e liberdade.
"Edmundo Pedro é um exemplo para todos nós", afirmou Almeida Santos, recordando a coragem do antigo dirigente socialista, os sacrifícios por que passou e a "coerência" que sempre demonstrou.
Também o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino destacou a "vida recheada e muito rica" de Edmundo Pedro, considerando-o uma figura "inspiradora".
"Sempre foi um lutador incansável, uma grande figura da luta pela liberdade", sublinhou Mário Lino.
"Um homem vertical", corroborou o secretário-geral da UGT, João Proença.
O deputado do PS Vera Jardim, amigo de longa data de Edmundo Pedro, deixou também elogios ao ex-preso político.
"Tenho por ele uma grande admiração, somos amigos há muitos anos. Foi um lutador contra a ditadura", referiu.
Edmundo Pedro, que aos 13 anos aderiu ao Partido Comunista e, mais tarde, foi dirigente do PS, esteve detido duas vezes em Peniche.
No Tarrafal, na ilha de Santiago em Cabo Verde, Edmundo Pedro esteve preso dez anos.
Fez ainda parte do movimento do quartel de Beja, em 1961, envolveu-se no chamado "Verão Quente" e foi presidente da RTP.
Mas o caso que mais o marcou foi o caso das armas, já depois do 25 de Abril.
Em 1975 e devido ao clima de "pré-guerra", foram entregues armas ao PS para defender as sedes do partido que estavam a ser alvo dos ataques da esquerda radical.
Passado três anos, Edmundo Pedro foi capa dos jornais. Durante o processo de devolução das armas, tentou reunir as armas, dispersas por algumas sedes nacionais do partido, e guardou-as num armazém de uma antiga firma onde trabalhava.
"O processo de entrega das armas estava em curso, já tinha devolvido algumas. As armas apreendidas estavam em vias de serem devolvidas", disse há dias em entrevista à Lusa, adiantando que a situação foi "transformada numa história diferente".
"É um trauma que não me deixa".
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