Reino Unido baixa IVA (17,5% para 15%) para reactivar economia
Não será claro que, entre nós, o IVA nunca deveria ter subido de 17 para 19 (PSD-CDS) nem de 19 para 21% (PS)? Que além da vergonha que foi em termos de traição eleitoral, resultou efectivamente num elemento prejudicial ao crescimento económico e, contas feitas, preparamo-nos para chegar ao fim de 2009 na situação que estávamos em 2005, mas agora com muito mais desempregados, com a economia estagnada, se não em retrocesso, e com a classe média endividada sobretudo ao fisco a ponto de uma autêntica proletarização.
Não será claro que, entre nós, o IVA nunca deveria ter subido de 17 para 19 (PSD-CDS) nem de 19 para 21% (PS)? Que além da vergonha que foi em termos de traição eleitoral, resultou efectivamente num elemento prejudicial ao crescimento económico e, contas feitas, preparamo-nos para chegar ao fim de 2009 na situação que estávamos em 2005, mas agora com muito mais desempregados, com a economia estagnada, se não em retrocesso, e com a classe média endividada sobretudo ao fisco a ponto de uma autêntica proletarização.
(DN) 24.11.2008 LUSA O governo britânico poderá baixar o IVA em 2,5 pontos percentuais para reactivar a economia, revelou ontem a imprensa inglesa na véspera da apresentação do Orçamento de Estado. A redução do IVA de 17,5% para 15% é uma das medidas em consideração pelo ministro da Economia, Alistair Darling, juntamente com outras destinadas a ajudar as pequenas e médias empresas e os proprietários de casas hipotecadas.
Darling divulga hoje à tarde, na Câmara dos Comuns, o esboço preliminar do Orçamento, muito esperado num momento de deterioração da economia britânica, que poderá entrar em recessão antes do fim do ano. O governo quer garantir empréstimos às PME, confrontadas com dificuldades para aceder ao crédito devido à crise no sistema bancário.
Entre outras opções, as entidades hipotecárias poderão ser obrigadas a esperar um tempo antes de embargarem propriedades a clientes incapazes de pagarem as suas hipotecas, por terem perdido o emprego ou por dificuldades nos negócios devido à crise financeira global. Estas medidas poderão, no entanto, implicar um aumento da dívida pública e os analistas advertem já para uma eventual subida de impostos logo que a crise seja ultrapassada.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, em declarações citadas pelo jornal News of the World, garante que o governo está disposto a ajudar as famílias com dificuldades. "Se nada fizermos agora, a desaceleração será mais longa e mais severa", disse.
"Todos recordamos o que se passou nos anos 80 e 90, quando o governo conservador (com Margaret Thatcher e depois John Major) cruzou os braços e deixou as pessoas entregues a si próprias", acrescentou.
Exemplo português
Em Portugal , o Governo reduziu o IVA de 21% para 20% a partir de 1 de Julho deste ano. Para o Estado, esta medida representa, só neste semestre, menos 250 milhões de euros de receitas mas para os consumidores os efeitos são de tal modo ténues que não chegam sequer a ser notados. Nos combustíveis, por exemplo, o resultado da descida do IVA foi uma redução do preço da gasolina em 1,3 cêntimos e de 1,2 no gasóleo. Em bens de consumo prioritários como o açúcar, o efeito rondou, igualmente, um cêntimo. Nas portagens, outro segmento onde a redução do IVA se aplica, as descidas só se verificam efectivamente quando atingem diferenças superiores a pelo menos cinco cêntimos e, por isso, os trajectos na A5, de Lisboa a Cascais, por exemplo, mantiveram-se inalterados. Lisboa ao Porto passou a custar menos cinco cêntimos e para o Algarve baixou 30 cêntimos.
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