Entretanto, por e-mail para os professores, o porta-voz da Plataforma dos Professores garante que a notícia dada pelo ME, de mudança de posição do Conselho das Escolas que é um seu órgão consultivo, é pura e simplesmente falsa. Chegámos aqui? Na própria educação, a verdade é uma marioneta para ser manipulada com subtilezas, meias-verdades e nuanças? (PB)
27.11.2008, Isabel Leiria
Presidente deste órgão afirma que as propostas de simplificação foram "genericamente" acolhidas. Conselheiros lembram que não houve votação.
A reunião foi só uma e juntou anteontem cerca de 60 presidentes de conselhos executivos, ministra da Educação e secretário de Estado adjunto. Mas as versões, relatadas por vários intervenientes, sobre as conclusões do encontro destinado a discutir a simplificação do modelo de avaliação de desempenho são diferentes.Jorge Pedreira, secretário de Estado adjunto e da Educação, foi um dos primeiros a reagir, garantindo anteontem à noite à agência Lusa que a "larguíssima maioria dos conselheiros disse que as medidas eram necessárias e suficientes para que o processo de possa desenvolver".Praticamente ao mesmo tempo, José Eduardo Lemos, presidente do conselho executivo da Secundária da Póvoa de Varzim, explicava ao PÚBLICO que não tinha havido qualquer votação e que muitos dos conselheiros nem sequer se tinham pronunciado, pelo que era impossível saber qual a posição da maioria dos membros deste órgão consultivo.Ontem, o presidente do Conselho de Escolas (CE), Álvaro dos Santos, emitiu um comunicado informando que as propostas de alteração, para este ano lectivo, na avaliação dos professores foram "genericamente" acolhidas, citou a TSF."O Conselho de Escolas é um órgão colegial que, nos termos legais, se pronuncia deliberando e votando. E a última deliberação que foi votada foi a de dia 17, pedindo ao ministério a suspensão do modelo", esclarece José Eduardo Lemos.Também Pedro Araújo, presidente do conselho executivo da Secundária de Felgueiras, garante que é impossível dizer qual a sensibilidade da maioria dos representantes das escolas. "Houve conselheiros a dizer que as medidas [de simplificação] eram positivas e que permitiam resolver a situação. Outros pediram mais tempo para avaliar as implicações das propostas que tinham acabado de receber e para auscultar outros colegas. Outros insistiram que só a suspensão resolve o problema", relata. Sendo certo que, acrescenta Pedro Araújo, a "maioria dos conselheiros não falou". Sobre a razão de as várias posições não terem ido a votação - Álvaro dos Santos chegou a antecipar como "provável" uma nova tomada de posição mantendo o pedido de suspensão da avaliação -, Pedro Araújo explica que essa seria uma competência do representante máximo deste órgão. "A condução dos trabalhos é da sua responsabilidade." Numa outra versão das conclusões do encontro, a ministra da Educação disse ontem ao PÚBLICO que "a larguíssima maioria" das escolas concordou que as medidas apresentadas constituem um avanço. "Disseram-me: 'A ser assim como aqui está dito [na proposta de despacho regulamentar apresentada pela primeira vez pela governante] temos, de facto, condições para fazer com menos sobrecarga, com menos tensão."
27.11.2008, Isabel Leiria
Presidente deste órgão afirma que as propostas de simplificação foram "genericamente" acolhidas. Conselheiros lembram que não houve votação.
A reunião foi só uma e juntou anteontem cerca de 60 presidentes de conselhos executivos, ministra da Educação e secretário de Estado adjunto. Mas as versões, relatadas por vários intervenientes, sobre as conclusões do encontro destinado a discutir a simplificação do modelo de avaliação de desempenho são diferentes.Jorge Pedreira, secretário de Estado adjunto e da Educação, foi um dos primeiros a reagir, garantindo anteontem à noite à agência Lusa que a "larguíssima maioria dos conselheiros disse que as medidas eram necessárias e suficientes para que o processo de possa desenvolver".Praticamente ao mesmo tempo, José Eduardo Lemos, presidente do conselho executivo da Secundária da Póvoa de Varzim, explicava ao PÚBLICO que não tinha havido qualquer votação e que muitos dos conselheiros nem sequer se tinham pronunciado, pelo que era impossível saber qual a posição da maioria dos membros deste órgão consultivo.Ontem, o presidente do Conselho de Escolas (CE), Álvaro dos Santos, emitiu um comunicado informando que as propostas de alteração, para este ano lectivo, na avaliação dos professores foram "genericamente" acolhidas, citou a TSF."O Conselho de Escolas é um órgão colegial que, nos termos legais, se pronuncia deliberando e votando. E a última deliberação que foi votada foi a de dia 17, pedindo ao ministério a suspensão do modelo", esclarece José Eduardo Lemos.Também Pedro Araújo, presidente do conselho executivo da Secundária de Felgueiras, garante que é impossível dizer qual a sensibilidade da maioria dos representantes das escolas. "Houve conselheiros a dizer que as medidas [de simplificação] eram positivas e que permitiam resolver a situação. Outros pediram mais tempo para avaliar as implicações das propostas que tinham acabado de receber e para auscultar outros colegas. Outros insistiram que só a suspensão resolve o problema", relata. Sendo certo que, acrescenta Pedro Araújo, a "maioria dos conselheiros não falou". Sobre a razão de as várias posições não terem ido a votação - Álvaro dos Santos chegou a antecipar como "provável" uma nova tomada de posição mantendo o pedido de suspensão da avaliação -, Pedro Araújo explica que essa seria uma competência do representante máximo deste órgão. "A condução dos trabalhos é da sua responsabilidade." Numa outra versão das conclusões do encontro, a ministra da Educação disse ontem ao PÚBLICO que "a larguíssima maioria" das escolas concordou que as medidas apresentadas constituem um avanço. "Disseram-me: 'A ser assim como aqui está dito [na proposta de despacho regulamentar apresentada pela primeira vez pela governante] temos, de facto, condições para fazer com menos sobrecarga, com menos tensão."
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