Rui Rio rejeita debate sobre a Circunvalação
E iniciativas do PS, não há? O PS-Porto não existe? Com uma equipa de vereadores tão brilhante, como se explica?
(JN) 20.11.2008 CARLA SOFIA LUZ, CARLA SOFIA LUZ
O presidente da Câmara do Porto recusa debater as propostas para a Circunvalação no Executivo. O vereador da CDU Rui Sá, que fez o pedido, encara-a como mais um episódio da "claustrofobia democrática que se vive no Porto".
A rejeição foi comunicada na semana passada ao autarca comunista que tinha solicitado a apresentação das soluções - contidas nas candidaturas da reconversão de três zonas da Circunvalação e da envolvente ao Quadro de Referência Estratégico Nacional - à vereação, em reunião de Câmara. Rui Sá considerou "vergonhoso" que se avançassem com as candidaturas sem que o Executivo se tenha pronunciado sobre as transformações projectadas para parte do território do Porto.
Os argumentos de Rui Sá não tiveram o acolhimento de Rui Rio, que rejeita a apreciação das propostas urbanísticas numa sessão municipal por entender que o projecto supramunicipal não se inclui nas "competências" deste órgão do Município. Em carta, com data de 12 de Novembro a que o JN teve acesso, Rui Rio sustenta que a apresentação de candidaturas de interesse supramunicipal diz respeito apenas à Junta Metropolitana e que, se a CDU quiser saber mais, deve solicitar informação à Junta através dos deputados comunistas na Assembleia Metropolitana.
Rui Sá contrapõe que "planear e organizar o território" da cidade é uma competência da Autarquia. Como tal, esta recusa "limita os meus direitos de vereador da Câmara do Porto", sublinhou o comunista, certo de que Rui Rio tem uma "concepção de funcionamento errada" do Município.
"O presidente, opositor que é ao actual modelo de funcionamento das autarquias, procura, pela prática, centrar a discussão dos grandes problemas da cidade nos vereadores com funções executivas. Discussão essa que não tem qualquer conteúdo", critica o comunista, recordando episódios semelhantes ao da Circunvalação em que os autarcas da Oposição foram afastados do debate, como o projecto de requalificação dos Aliados e o traçado do TGV.
Também o socialista Francisco Assis defende que as propostas para a Circunvalação deviam ser discutidas no Executivo e acusa a Maioria PSD/PP de ser "muito sectária" com prejuízo para a cidade.
(JN) 20.11.2008 CARLA SOFIA LUZ, CARLA SOFIA LUZ
O presidente da Câmara do Porto recusa debater as propostas para a Circunvalação no Executivo. O vereador da CDU Rui Sá, que fez o pedido, encara-a como mais um episódio da "claustrofobia democrática que se vive no Porto".
A rejeição foi comunicada na semana passada ao autarca comunista que tinha solicitado a apresentação das soluções - contidas nas candidaturas da reconversão de três zonas da Circunvalação e da envolvente ao Quadro de Referência Estratégico Nacional - à vereação, em reunião de Câmara. Rui Sá considerou "vergonhoso" que se avançassem com as candidaturas sem que o Executivo se tenha pronunciado sobre as transformações projectadas para parte do território do Porto.
Os argumentos de Rui Sá não tiveram o acolhimento de Rui Rio, que rejeita a apreciação das propostas urbanísticas numa sessão municipal por entender que o projecto supramunicipal não se inclui nas "competências" deste órgão do Município. Em carta, com data de 12 de Novembro a que o JN teve acesso, Rui Rio sustenta que a apresentação de candidaturas de interesse supramunicipal diz respeito apenas à Junta Metropolitana e que, se a CDU quiser saber mais, deve solicitar informação à Junta através dos deputados comunistas na Assembleia Metropolitana.
Rui Sá contrapõe que "planear e organizar o território" da cidade é uma competência da Autarquia. Como tal, esta recusa "limita os meus direitos de vereador da Câmara do Porto", sublinhou o comunista, certo de que Rui Rio tem uma "concepção de funcionamento errada" do Município.
"O presidente, opositor que é ao actual modelo de funcionamento das autarquias, procura, pela prática, centrar a discussão dos grandes problemas da cidade nos vereadores com funções executivas. Discussão essa que não tem qualquer conteúdo", critica o comunista, recordando episódios semelhantes ao da Circunvalação em que os autarcas da Oposição foram afastados do debate, como o projecto de requalificação dos Aliados e o traçado do TGV.
Também o socialista Francisco Assis defende que as propostas para a Circunvalação deviam ser discutidas no Executivo e acusa a Maioria PSD/PP de ser "muito sectária" com prejuízo para a cidade.
1 comentário:
SE DURANTES TODOS ESTES ANOS NÃO TIVERAM ESTRATÉGIA, NEM OPINIÃO SOBRE NADA, NÃO É AGORA QUE VÃO TÊ-LA. O PS NO PORTO ESTÁ MORIBUNDO.
Basta olhar para a lista que elegeram para a CP e o seu Presidente para se perceber o que se anda a fazer.
O que interessa é satisfazer os afilhados e garantir os votos para manter lugares.
Espero que a oposição, que tem qualidade e rigor, faça ouvir a sua voz e as suas propostas na nova CP do PS Porto.
Com práticas das que se têm verificado nos últimos anos o PS corre o risco de desaparecer na região.
Foi criado um Conselho de Sábios mas até hoje não saiu nada.
Sábio é o POVO e poderá dar-lhes a resposta em 2009
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