"Vivemos uma das maiores crises no ensino"
(Público) 12.11.2008
O deputado socialista Manuel Alegre não retira nenhuma das críticas que fez à ministra Maria de Lurdes Rodrigues sobre o que considera ser a execução de uma política do "quero, posso e mando", de quem "acha que pode ter razão contra tudo e contra todos". E considera mesmo que algo de muito errado se está a passar na educação, que "tira a motivação aos professores e a alegria de ensinar". As declarações foram repetidas ontem, em Lisboa, durante o lançamento do último número da OPS - Revista de Opinião Socialista, dedicada ao ensino.
(Público) 12.11.2008
O deputado socialista Manuel Alegre não retira nenhuma das críticas que fez à ministra Maria de Lurdes Rodrigues sobre o que considera ser a execução de uma política do "quero, posso e mando", de quem "acha que pode ter razão contra tudo e contra todos". E considera mesmo que algo de muito errado se está a passar na educação, que "tira a motivação aos professores e a alegria de ensinar". As declarações foram repetidas ontem, em Lisboa, durante o lançamento do último número da OPS - Revista de Opinião Socialista, dedicada ao ensino.
Para Manuel Alegre, "apesar dos muitos investimentos", o país vive "uma das mais graves crises do ensino". Que se manifesta no "grande descontentamento" dos professores ou no número anormal de docentes que estão a reformar-se.
Depois de ter declarado ao PÚBLICO e escrito no editorial da OPS que está farto de "pulsões e tiques autoritários" e de ter admitido que ficou "profundamente chocado com a inflexibilidade da ministra e o modo como se referiu à manifestação [que juntou 120 mil professores em Lisboa, no sábado passado]", o deputado do PS alargou as críticas ao executivo. "Isto não é suportável por parte de um Governo que tem uma cultura e tradição democrática", declarou, acrescentando que "não é vergonha dialogar".
Ao lado de Alegre, Rosário Gama, presidente do Conselho Executivo da Infanta D. Maria (Coimbra), arrasou a "torrente legislativa" que tem inundado as escolas e criticou alguns dos principais diplomas - da educação especial, ao Estatuto do Aluno ou a avaliação dos professores, entretanto suspensa na sua escola.
"Como é possível que um Governo do PS no qual votei tenha aprovado um estatuto [da carreira docente] que promove professores a titular com base em critérios absolutamente arbitrários?" "Deus nos livre disto que está a acontecer", desabafou Rosário Gama.
Também António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, manifestou--se preocupado com o actual "nível de conflitualidade" no sector, maior do que o vivido nos anos 90, no final dos governos PSD. Isabel Leiria
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