Sindicatos de professores lamentam insinuações de manipulação de alunos
Pelos vistos, os alunos vão ter de provar a sua autonomia a estas pessoas que não fazem a mínima ideia do que se passa nas escolas nem do que é um aluno... Depois não se queixem...
E sabem que mais? Isto faz lembrar de mais o tempo da PIDE em que nós próprios éramos apodados de " perigosos agitadores ao serviço de Moscovo e de Pequim"
14.11.2008 - 15h23 Lusa
Os sindicatos de professores lamentaram hoje as insinuações de que os alunos estão a ser instrumentalizados por alguns docentes para a realização de manifestações de protesto contra as políticas educativas do Governo. O secretário-geral da Fenprof (Federação Nacional dos Professores) lamentou que o porta-voz do PS considere que os alunos, que cometeram desacatos contra membros do Governo, estejam a ser instrumentalizados por "alguns radicais e alguns professores". "É bom que não passem de insinuações do porta-voz do PS (Vitalino Canas) porque a difamação é crime", afirmou o dirigente Mário Nogueira à margem de uma conferência de imprensa da Fenprof sobre a suspensão do processo de avaliação de professores. Mário Nogueira lembrou que "a difamação é crime e que normalmente acaba por ser julgado na barra do tribunal". "Os alunos não participam na luta dos professores. As suas formas de reivindicação só os comprometem a eles", afirmou. Também o líder da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), João Dias da Silva, considerou ilegítimo que se façam insinuações sem provas que abrangem toda uma classe profissional. "Acho que é incorrecto, é injusto e é ilegítimo estar a deixar no ar suspeitos sobre a origem das manifestações que alguns alunos estão a realizar", afirmou João Dias da Silva. "É ilegítimo lançar uma suspeita sobre os professores e eventualmente sobre os sindicatos de professores. Cria-se uma suspeita sobre todo um grupo profissional. Se há provas de uma eventual instrumentalização que sejam identificados os autores", sublinhou. Além de Vitalino Canas, também os secretários de Estado da Educação consideram que os protestos dos estudantes são acções organizadas pelos adversários da política educativa. "São acções organizadas por quem quer naturalmente impedir que a política reformista do Governo na área da Educação se concretize. Com certeza que não é uma acção espontânea dos alunos. São com certeza adversários da política educativa do Governo", afirmou Jorge Pedreira, sem especificar a quem se referia, a propósito do caso de arremesso com ovos por parte de alunos da secundária D. Dinis, em Lisboa. Hoje, o secretário de Estado Valter Lemos já reafirmou que considera as manifestações de protesto dos alunos são uma 'clara' instrumentalização dos estudantes. Também o vice-presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap) admitiu hoje à Lusa que na organização das manifestações estejam envolvidas pessoas que não são estudantes. Na quarta-feira, a ministra da Educação foi vaiada numa escola em Fafe e na quinta-feira os secretários de estado da Educação foram também alvo de protesto, com arremesso de ovos, à porta de uma escola em Lisboa onde estava a ser discutido o processo de avaliação de professores. Hoje de manhã, alunos de escolas básicas e secundárias um pouco por todo o país faltaram às aulas para se manifestarem contra a política educativa do Governo nas ruas das respectivas localidades.
Os sindicatos de professores lamentaram hoje as insinuações de que os alunos estão a ser instrumentalizados por alguns docentes para a realização de manifestações de protesto contra as políticas educativas do Governo. O secretário-geral da Fenprof (Federação Nacional dos Professores) lamentou que o porta-voz do PS considere que os alunos, que cometeram desacatos contra membros do Governo, estejam a ser instrumentalizados por "alguns radicais e alguns professores". "É bom que não passem de insinuações do porta-voz do PS (Vitalino Canas) porque a difamação é crime", afirmou o dirigente Mário Nogueira à margem de uma conferência de imprensa da Fenprof sobre a suspensão do processo de avaliação de professores. Mário Nogueira lembrou que "a difamação é crime e que normalmente acaba por ser julgado na barra do tribunal". "Os alunos não participam na luta dos professores. As suas formas de reivindicação só os comprometem a eles", afirmou. Também o líder da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), João Dias da Silva, considerou ilegítimo que se façam insinuações sem provas que abrangem toda uma classe profissional. "Acho que é incorrecto, é injusto e é ilegítimo estar a deixar no ar suspeitos sobre a origem das manifestações que alguns alunos estão a realizar", afirmou João Dias da Silva. "É ilegítimo lançar uma suspeita sobre os professores e eventualmente sobre os sindicatos de professores. Cria-se uma suspeita sobre todo um grupo profissional. Se há provas de uma eventual instrumentalização que sejam identificados os autores", sublinhou. Além de Vitalino Canas, também os secretários de Estado da Educação consideram que os protestos dos estudantes são acções organizadas pelos adversários da política educativa. "São acções organizadas por quem quer naturalmente impedir que a política reformista do Governo na área da Educação se concretize. Com certeza que não é uma acção espontânea dos alunos. São com certeza adversários da política educativa do Governo", afirmou Jorge Pedreira, sem especificar a quem se referia, a propósito do caso de arremesso com ovos por parte de alunos da secundária D. Dinis, em Lisboa. Hoje, o secretário de Estado Valter Lemos já reafirmou que considera as manifestações de protesto dos alunos são uma 'clara' instrumentalização dos estudantes. Também o vice-presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap) admitiu hoje à Lusa que na organização das manifestações estejam envolvidas pessoas que não são estudantes. Na quarta-feira, a ministra da Educação foi vaiada numa escola em Fafe e na quinta-feira os secretários de estado da Educação foram também alvo de protesto, com arremesso de ovos, à porta de uma escola em Lisboa onde estava a ser discutido o processo de avaliação de professores. Hoje de manhã, alunos de escolas básicas e secundárias um pouco por todo o país faltaram às aulas para se manifestarem contra a política educativa do Governo nas ruas das respectivas localidades.
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