terça-feira, 11 de novembro de 2008


Ministro acusa Rui Rio de ser "muito acintoso"
(JN) 11.11.2008 A.P.C.


Estamos à vontade: levantámos a questão meses antes de Rio perceber que podia cavalgar esta "bandeira regional" que o PS-Porto deixou que lhe fosse ofertada de mão beijada. E as declarações do Ministro confirmam inteiramente a marosca: aí está o famoso "efeito difusor" que desvia os milhões dos planos temáticos horizontais do QREN para Lisboa, que não passam de um assalto que se faz acompanhar de um atestado de estupidez em cima de todos nós. "Efeito difusor" desviando o nosso dinheiro para a capital, a partir da qual nós, e o resto do país, seríamos indirectamente beneficiados? Porque seríamos incapazes de administrar directamente o nosso dinheiro. Como se não soubéssemos que o efeito da capital é a "aspiração" nunca a "difusão"! Além de sermos tratados como colónia, querem-nos fazer passar por otários, percebenjdo-se com que metodo0logias se consegue que o rendimento na capital triplique em relação ao Norte. E que dizer do papel desempenhado pelo que mais se devia opor: o presidente do PS-Porto!

Aliás, neste contexto,é preciso fazer alguma coisa, agir! (PB)


O presidente da Junta Metropolitana do Porto, Rui Rio, "foi muito acintoso e muito desproporcionado ao afirmar que há desvio de verbas da região Norte para a de Lisboa e Vale do Tejo".
Foi com estas palavras que o ministro do Ambiente, Nunes Correia, comentou declarações do autarca social-democrata, a propósito da distribuição dos fundos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional).
Ontem, na reunião parlamentar de apresentação do orçamento do Ministério para o próximo ano, o deputado socialista Renato Sampaio, deu a "deixa" para que Nunes Correia pudesse desmentir Rui Rio. E o ministro garantiu que no âmbito do QREN, só 2,7% das verbas irão ser investidas na região de Lisboa. Lembrou, no entanto, que, de acordo com a Comissão Europeia, foi levado em conta o "efeito de difusão" dos investimentos feitos na capital e que é essa a razão pela qual há mais verbas afectadas a Lisboa.
Foi neste quadro que Nunes Correia fez ainda questão de lembrar que "não há impedimento para que empreendedores do Norte e do Sul se associem para rentabilizar os fundos da União Europeia
".

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