Cidade
"Meti-me por setembro fora, a caminho do fulgor das maçãs, deixando para trás os bruscos golfos da tristeza e uma luz de neve quebrada de vidraça em vidraça. Contemplava a cidade das pontes pela última vez, envolvida por lencóis encardidos e uma névoa que subia do rio para lhe morder o coração de pedra. Era um burgo pobre, sujo, reles até - mas gostaria tanto de lhe pôr um diadema na cabeça.
"Eugénio de Andrade in Memória Doutro Rio
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