O director do Público considera que o Presidente da República nunca "desautorizou" as interrogações que chegaram à imprensa sobre a possibilidade de a Presidência estar sob vigilância e que deixou o assunto "por explicar" na declaração de terça-feira.
No editorial de hoje do Público, intitulado "Um grave conflito que ainda não saiu do adro", José Manuel Fernandes refere que, "mesmo sem assumir os termos exactos em que as interrogações chegaram à imprensa (e não foi só pelo PÚBLICO), o Presidente nunca as desautorizou - e isso deixou por explicar ontem".
O director do Público sustenta que "esta intervenção, a par com a não intervenção mais cedo, tem consequências".
"Umas o Presidente já as assumiu: o seu comportamento pode-lhe 'causar custos pessoais'. Outras deverão ser mais pesadas, pois sai ferido deste processo numa altura em que sabe que terá de continuar a lidar com um primeiro-ministro em que, manifestamente, não confia", afirma.
Para José Manuel Fernandes, o partido do Governo decidiu, pela voz de Pedro Silva Pereira, "assumir o conflito".
"O que significa que esta história não acaba aqui - muito longe disso. Não são boas notícias para o país, sobretudo no momento que vive", escreve.
No início do editorial, o director do jornal recomenda a "leitura e releitura" da comunicação de Cavaco Silva, que considera estar "longe de esclarecer tudo para além de dois factos essenciais".
José Manuel Fernandes defende no editorial que só ficou esclarecido que "Cavaco Silva considera que o partido do Governo tentou puxá-lo 'para a luta político-partidária' e procurou 'desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos'".
Para o director do Público, "ontem ficou claro que Cavaco Silva receava que o partido do Governo não estivesse a fazer jogo limpo" e também "que o Presidente da República não geriu bem este caso".
A dúvida que suscitou a Cavaco Silva a publicação no Diário de Notícias de um e-mail trocado entre jornalistas do Público é também focada no editorial.
"Ou seja, tornou claro que, se antes ainda podíamos circunscrever as suspeitas a alguns dos seus colaboradores, o Presidente assumiu ontem que, pelo menos desde a publicação do e-mail, também ele teve dúvidas sobre a segurança da sua própria correspondência", refere José Manuel Fernandes.
"Dúvidas que o levaram a chamar especialistas que o informaram que existem vulnerabilidades no sistema de comunicações pela Internet de Belém. O que é grave e deve ser esclarecido depressa - pela Presidência e pelos serviços de segurança portugueses", acrescenta.
No editorial de hoje do Público, intitulado "Um grave conflito que ainda não saiu do adro", José Manuel Fernandes refere que, "mesmo sem assumir os termos exactos em que as interrogações chegaram à imprensa (e não foi só pelo PÚBLICO), o Presidente nunca as desautorizou - e isso deixou por explicar ontem".
O director do Público sustenta que "esta intervenção, a par com a não intervenção mais cedo, tem consequências".
"Umas o Presidente já as assumiu: o seu comportamento pode-lhe 'causar custos pessoais'. Outras deverão ser mais pesadas, pois sai ferido deste processo numa altura em que sabe que terá de continuar a lidar com um primeiro-ministro em que, manifestamente, não confia", afirma.
Para José Manuel Fernandes, o partido do Governo decidiu, pela voz de Pedro Silva Pereira, "assumir o conflito".
"O que significa que esta história não acaba aqui - muito longe disso. Não são boas notícias para o país, sobretudo no momento que vive", escreve.
No início do editorial, o director do jornal recomenda a "leitura e releitura" da comunicação de Cavaco Silva, que considera estar "longe de esclarecer tudo para além de dois factos essenciais".
José Manuel Fernandes defende no editorial que só ficou esclarecido que "Cavaco Silva considera que o partido do Governo tentou puxá-lo 'para a luta político-partidária' e procurou 'desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos'".
Para o director do Público, "ontem ficou claro que Cavaco Silva receava que o partido do Governo não estivesse a fazer jogo limpo" e também "que o Presidente da República não geriu bem este caso".
A dúvida que suscitou a Cavaco Silva a publicação no Diário de Notícias de um e-mail trocado entre jornalistas do Público é também focada no editorial.
"Ou seja, tornou claro que, se antes ainda podíamos circunscrever as suspeitas a alguns dos seus colaboradores, o Presidente assumiu ontem que, pelo menos desde a publicação do e-mail, também ele teve dúvidas sobre a segurança da sua própria correspondência", refere José Manuel Fernandes.
"Dúvidas que o levaram a chamar especialistas que o informaram que existem vulnerabilidades no sistema de comunicações pela Internet de Belém. O que é grave e deve ser esclarecido depressa - pela Presidência e pelos serviços de segurança portugueses", acrescenta.
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