quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Morrer longe
Joaquim Letria (Transcrito do Blog Sorumbático) 23.9.09
Na semana passada tive ocasião de aqui fazer eco das palavras dum médico do Porto que defendia operações cirúrgicas em ambulatório. Cortar, abrir, extirpar, cozer e mandar para a casa, que nos hospitais é onde mais doenças se arranjam. Atar e pôr ao fumeiro.O médico administrativo queixava-se ainda dos otorinolaringologistas, que colaboravam menos e não estavam a aprender a lição, mas, dizia ele, era uma questão de tempo, pois começavam a reconhecer as vantagens do novo sistema.Pois esta semana vêm dizer que num semestre houve 183 mortes por altas prematuras, o que representa 8% das mortes na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, ou seja, de 2292 pessoas, 183 morreram por os tirarem cedo demais dos hospitais. O próprio Ministério da Saúde admite a possibilidade de altas médicas prematuras nos hospitais, comprovadas pelas mortes ocorridas nos primeiros dez dias de reinternamento, o que “indicia uma referenciação inadequada”.Claro que as companhias de seguros e os administradores hospitalares adoram ver os doentes a saírem e a irem morrer longe. Ninguém dá com estes números no focinho do ilustre “piqueno” clínico no Norte e o manda rapidamente para casa? Merecia.

2 comentários:

M.Machado disse...

A Ferreira Leite mais o Cavaco são tão maus que vão pôr o PS perto da maioria absoluta outra vez, sem saber ler nem escrever

Anónimo disse...

PS 40%
PSD 31,5%

Com estes números que vão sair amanhã haverá deslocação de votos do PS para a Esquerda? Ou empolgará o PS para a maioria absoluta?