Eleições
Contra-relógio
PSP acelera para apresentar polícias antes das eleições
(DN)VALENTINA MARCELINO 12.9.09
A Direcção Nacional da PSP assume ter acelerado o final do curso dos 900 novos agentes desta força de segurança para que a sua apresentação pública fosse uma semana antes das eleições. O término desta formação estava previsto para dia 25, apenas dois dias antes do acto eleitoral, o que não permitiria proporcionar o devido destaque ao importante acto.
A PSP decidiu antecipar a cerimónia pública do compromisso de honra já para o próximo dia 18. Algumas palestras marcadas para os últimos dias de Setembro foram mesmo antecipadas para a próxima semana e estão a ser leccionadas em contra-relógio, de modo a garantir que os novos agentes estejam prontos na sexta-feira. O estágio curricular dos agentes foi também encurtado em quatro dias.
Fonte oficial da PSP garante que não houve qualquer "pressão" do Ministério da Administração Interna (MAI) para executar esta alteração de modo a permitir ao actual Governo, em campanha eleitoral, promover o tão esperado reforço do efectivo.
O MAI remete para a PSP a justificação da iniciativa. Fonte oficial do gabinete do ministro diz que "foi informado pela PSP de que o curso estava a terminar e limitou-se a dizer para ser determinada a data para o compromisso de honra" dos novos agentes. O MAI assegura que "tornou claro que não pretendia interferir nessa escolha".
O reforço do efectivo durante o acto eleitoral é a justificação da PSP: "Atendendo à realização de acto eleitoral no dia 27 de Setembro, o director nacional da PSP entendeu adequado que os novos agentes estejam já em funções nesse dia, por forma a reforçar o dispositivo de segurança do País em geral e do acto eleitoral em particular. Assim, foi definida a data de 18 de Setembro para a realização do compromisso de honra dos novos agentes, para que possam ingressar nos comandos policiais respectivos na semana seguinte e estar já operacionais no dia 27 de Setembro".
Esta justificação, contudo, deixa "muito alarmado" o presidente do maior sindicato da PSP. Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical de Profissionais da Polícia (ASPP), afirma que "até seria aceitável e compreensível a antecipação para que o compromisso de honra não ficasse tão em cima do acto eleitoral." No entanto "se foi para reforçar o efectivo nesse evento" o facto deixa-o "duplamente preocupado."
Para o dirigente da ASPP "a justificação dada pela PSP leva a pressupor que a situação ainda é muito pior do que se pensava e será duplamente grave. Se o curso foi acelerado para garantir a segurança das eleições, quer dizer que o actual efectivo não tinha capacidade para isso - o que é grave. Por outro lado, se a PSP vai usar agentes novos, acabados de sair da escola, para reforçar a segurança de um acontecimento como este, também é preocupante, pois ainda não estão qualificados para ir para o terreno".
Ao que o DN apurou, a antecipação da data do final do curso - que chegou a ser anunciada para Outubro, de acordo declarações feitas pela PSP à agência LUSA, em Junho último - deixou um grande mal estar nos responsáveis da Escola Prática , em Torres Vedras.
PSP acelera para apresentar polícias antes das eleições
(DN)VALENTINA MARCELINO 12.9.09
A Direcção Nacional da PSP assume ter acelerado o final do curso dos 900 novos agentes desta força de segurança para que a sua apresentação pública fosse uma semana antes das eleições. O término desta formação estava previsto para dia 25, apenas dois dias antes do acto eleitoral, o que não permitiria proporcionar o devido destaque ao importante acto.
A PSP decidiu antecipar a cerimónia pública do compromisso de honra já para o próximo dia 18. Algumas palestras marcadas para os últimos dias de Setembro foram mesmo antecipadas para a próxima semana e estão a ser leccionadas em contra-relógio, de modo a garantir que os novos agentes estejam prontos na sexta-feira. O estágio curricular dos agentes foi também encurtado em quatro dias.
Fonte oficial da PSP garante que não houve qualquer "pressão" do Ministério da Administração Interna (MAI) para executar esta alteração de modo a permitir ao actual Governo, em campanha eleitoral, promover o tão esperado reforço do efectivo.
O MAI remete para a PSP a justificação da iniciativa. Fonte oficial do gabinete do ministro diz que "foi informado pela PSP de que o curso estava a terminar e limitou-se a dizer para ser determinada a data para o compromisso de honra" dos novos agentes. O MAI assegura que "tornou claro que não pretendia interferir nessa escolha".
O reforço do efectivo durante o acto eleitoral é a justificação da PSP: "Atendendo à realização de acto eleitoral no dia 27 de Setembro, o director nacional da PSP entendeu adequado que os novos agentes estejam já em funções nesse dia, por forma a reforçar o dispositivo de segurança do País em geral e do acto eleitoral em particular. Assim, foi definida a data de 18 de Setembro para a realização do compromisso de honra dos novos agentes, para que possam ingressar nos comandos policiais respectivos na semana seguinte e estar já operacionais no dia 27 de Setembro".
Esta justificação, contudo, deixa "muito alarmado" o presidente do maior sindicato da PSP. Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical de Profissionais da Polícia (ASPP), afirma que "até seria aceitável e compreensível a antecipação para que o compromisso de honra não ficasse tão em cima do acto eleitoral." No entanto "se foi para reforçar o efectivo nesse evento" o facto deixa-o "duplamente preocupado."
Para o dirigente da ASPP "a justificação dada pela PSP leva a pressupor que a situação ainda é muito pior do que se pensava e será duplamente grave. Se o curso foi acelerado para garantir a segurança das eleições, quer dizer que o actual efectivo não tinha capacidade para isso - o que é grave. Por outro lado, se a PSP vai usar agentes novos, acabados de sair da escola, para reforçar a segurança de um acontecimento como este, também é preocupante, pois ainda não estão qualificados para ir para o terreno".
Ao que o DN apurou, a antecipação da data do final do curso - que chegou a ser anunciada para Outubro, de acordo declarações feitas pela PSP à agência LUSA, em Junho último - deixou um grande mal estar nos responsáveis da Escola Prática , em Torres Vedras.
10 comentários:
Mais vergonha... Nem percebem que isto tira votos, o povo está cvom os olhos abertos, não se deixa comer por vigarices facilmente. Tem de ser vigarices muito bem feitos e essas não as sabem fazer.
A vantagem de Sócrates é o maralhal passar a vida a olhar para os aviões! Estão todos de cabeça no ar e não vêem que o mundo da vida, onde Sócrates semeou a desilusão, está perigoso. E, distraído, o povoléu pode cair na esparrela de voltar a dar a vitória ao Chico-esperto. Esse é o receio de todos os que viraram a cabeça para o chão, andam tristes, desempregados, desiludidos e gostariam de ter um primeiro ministro socialista.
Meus Caros
Não podemos ser tão pragmáticos. Qualquer primeiro-ministro, ou presidente de câmara, tem toda a legitimidade para inaugurar as obras que lançou durante o seu mandato, mesmo que no final seja necessário fazer um forcing para as acabar.
Pessoalmente, estou convencido que Sócrates vai ganhar as eleições. É um desfecho que não me desagrada absolutamente nada porque, apesar de todos os defeitos que lhe possamos apontar é, de todos os candidatos, aquele que melhor se enquadra no perfil tipo dos actuais dirigentes europeus.
Tem toda a razão o Pedro Aroso.
Afinal, se não for o Sócrates, os que tanto mal dizem dele e do PS, querem a Manuela? O Louçã? Mas não percebem que os modelos que estes defendem não nos levam a nada?
Espero que tenham votações que lhes dêm força para obrigarem o Governo a estar atento e a não perder o rumo, mas jamais que ganhem a eleição.
Passar "de cavalo para burro" não estou interessado.
Depois de tantos esforços do PS para agradar ao eleitorado do PSD é normal que este prefira o original à cópia e que boa parte do eleitorado do PS o tenha mandado à fava e se tenha deslocado para o BE.
Concordo com o Sérgio. O PS é hoje um partido social-democrata e, como tal, todos os verdadeiros social-democratas, como é o meu caso, ficarão satisfeitos com a vitória do PS ou do PSD. Ainda ontem, por exemplo, ao assistir ao confronto entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite, não tomei partido por nenhum deles. Limitei-me a ouvi-los e, no final, concluí que Manuela Ferreira Leite é um líder fora de prazo. Pelo contrário, Sócrates mostrou ser um político e governante bem preparado, que levava a lição bem estudada e, por isso, ganhou o debate.
Assim se percebe claramente como a política de Sócrates tem sido a política do PSD e da direita. Obrigado Sr. Aroso por esclarecer as pessoas. O PSD fartou-se de esfregar as mãos de contente com a política do PS: por uma lado conseguiam fazer a política mais contra os trabalhadores de sempre ( depois do 25 A), por outro lado enterravam-se e iam dar os lugares ao PSD. O Sr. Aroso é que anda tão confuso que até lhe passa pela cabeça que o PSD seja um partido social-democrata a não ser no nome arranjado à pressa e que não passa de um embuste. O PSD é o PPD, um partido liberal da direita, que como oportunista que é dizia em 75 que era da "esquerda moderada" e em 77 ou 78 atirou-se a PSD para ver se arranjava um lugar na IS e umas massas nos países europeus e nos EUA. Mas nessa altura até o CDS lutava por uma sociedade sem classes, porque a direita não tem espinha dorsal, nem vergonha na cara quando se olha pro espelho. O PS é de raiz o único partido social-democraa ou do socialismo democrático que, em termos europeus, vai dar ao mesmo.
O problema é que com Sócrates já abandonou as raízes á muito. Hoje, eu como muitos socialistas mesmo com cartão vão votar no BE, esse papão que se transformou no grande pesadelo do Sr. Aroso. É engraçadom ver os humens do PSD a defenderem o Sócrates e a fazerem do BE, que é que pode prejudicar a vitória do Sócfrates, o principal inimigo. Pudera! Sabem bem quem lhes defende os privilégios e sabem também quem pode mexer nesta choldra!
Se voltassemos a votar Socrates e lhe dessemos outra maioria passado uns dias estamos outra vez arrependidos e enojados de nós mesmos. Se o PS ganhar e tiver de governar com o BE, então teremos um PS partido de esquerda. Á solta, com Socreates nesse caso,tenderá sempre para se subjugar ao dinheiro, aos grande interesses, as negociatas. E a seguir temos as presidenciais. A esquerda será claramente maioriatária no parlamento, mesmo que o PS não seja o mais votado, copm Alegre na presidência teremos governo estável de esquerda para fazer o que Portugal precisa. Nenhuma força de esquerda se conseguirá pôr de fora numa situação dessas.Importante é nesta eleição reforçar a Esquerda. O BE está a fazer-se, nãs será mais do que uma componente, mas sem ele forte não haverá governo de esquerda. Isto é assim para o Governo e como o Batista referiu tantas vezes é assim para a Câmara do Porto que se fisessem o que ele disse a presidência da Câmara seria do PS, com uma vereação de esquerda e com o Rui Rio no lugar de onde nunca devia tar saido.
Oh Senhor Sérgio, não fique nervoso.
Quem não tem argumento arma-se em ansiolítico. Tá no seu direito.
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